O Éden foi fechado. A comunhão
foi rompida. A saudade do eterno passou a habitar o coração humano como uma
chama silenciosa. E por gerações, o homem tateou na escuridão, buscando o
caminho de volta. Altares foram erguidos, sacrifícios oferecidos, leis estabelecidas.
Mas nada era suficiente. O abismo entre Deus e o homem permanecia aberto. Até que a cruz foi levantada.
Não como símbolo de derrota, mas
como ponte. Não como instrumento de tortura, mas como altar de redenção. A cruz
é o ponto onde o céu toca a terra, onde a justiça encontra a misericórdia, onde
o exílio começa a ser desfeito.
“Mas Deus prova o seu amor
para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” —
Rom. 5:8
Jesus não veio apenas ensinar —
Ele veio morrer. Sua vida foi perfeita, mas sua morte foi necessária. Porque o
preço do pecado não podia ser ignorado. E o amor de Deus não podia ser contido.
Na cruz, o Cordeiro foi imolado. O véu foi rasgado. O caminho foi aberto.
“Eu sou o caminho, a verdade e
a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” — Jo. 14:6
A cruz é mais do que um evento
histórico — é um portal eterno. Quem passa por ela não apenas encontra perdão,
mas reencontra identidade. O exilado torna-se filho. O perdido torna-se
herdeiro. O que antes era saudade, agora é esperança.
E essa esperança não é vaga. Ela
tem nome, tem rosto, tem sangue. É Cristo — o caminho de volta ao Pai. A cruz
não é o fim da dor, mas o início da reconciliação. E cada passo em direção a
ela é um passo em direção ao lar.
Oração do redimido
Senhor, diante da cruz, eu
reconheço minha queda, minha saudade, meu exílio. Mas também reconheço Teu
amor, Teu sacrifício, Teu chamado. Que eu nunca me esqueça que foi ali, entre
dor e graça, que o caminho foi aberto. Que minha vida seja resposta ao Teu
amor. Amém.
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