Sala do Trono

Uma porta aberta no céu – João contempla o trono de Deus, antes de contemplar os dramas da história. Muitas vezes, sentimos como se o céu estivesse fechado para nós: “Tornamo-nos como aqueles sobre quem Tu nunca dominaste e como os que nunca se chamaram pelo Teu nome. Oh! se fendesses os céus e descesses! [...] para fazeres notório o Teu nome aos Teus adversários”(Is 63:19-64:2).
João viu um Trono no céu. O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, onde Ele sairá vitorioso.

Todas as cousas são governadas por Aquele que está assentado no Trono. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono: sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono. O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus. O Trono é o verdadeiro centro do Universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. O universo na Bíblia não é geocêntrico, nem heliocêntrico, mas teocêntrico. Aqui temos a verdadeira filosofia da história.

João viu o glorioso Deus assentado sobre o Trono. Para uma igreja perseguida, torturada, martirizada (Roma, perseguições ao longo da história e Anticristo) esta é uma mensagem consoladora: saber que o seu Deus está no trono (Is 6:1; Sl 99:1). O que João descreve não é Deus mesmo, mas o seu fulgor, seu esplendor, porque a Ele não se pode descrever (Ex 20:4). Não há descrição do trono nem da pessoa que está assentado nele. O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho de pedras preciosas.

João descreve a Deus como um ser absolutamente misterioso, único, singular, o totalmente outro. João diz que Ele é semelhante, no aspecto, à pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição). É o nosso diamante. Há uma abundância de luz que emana dessa pedra. E de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). João vê beleza, riqueza, abundância de luz. Deus é luz e Ele habita em luz inacessível. A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e o sardônio (vermelho) o seu juízo. Tal é Deus, Santo e Justo!

A Sala do trono era o lugar dos decretos, das audiências e dos segredos. Era o lugar onde o Rei tomava a suas decisões, onde ele exercia o seu cetro Um lugar separado onde só poderia entrar aqueles que tinham a permissão do Rei e aqueles que tinham mais intimidade. 240 Deus também tem a sua sala do trono aonde ele exerce a sua vontade. O lugar onde ele toma a suas decisões e faz os seus decretos. E ele lhe convida a entrar nesta sala, pois agora pelo sangue de Jesus temos acesso a Ele, e podemos compartilhar com ele os nossos segredos e os nossos dilemas. Ele também tem segredos para nos revelar e coisas a nos dizer. Ao invés de ficar perdendo o seu tempo com coisas fúteis entre na sala do trono. Pois ele quer ter mais intimidade com você, fale com ele, confia nele e ele tudo fará Você como filho do rei tem liberdade no palácio do Pai, desfrute então dos seus direitos como herdeiro do Reino de Deus. 

O Trono de Deus é um trono de Graça e Misericórdia - Ao redor do trono há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. O arco-íris é o símbolo da Graça e Misericórdia de Deus, da sua aliança com o seu povo, de que não mais o destruiria. Normalmente o arco-íris aparece depois da tempestade, mas aqui, ele aparece antes dela. - Para os filhos de Deus a tempestade já passou, porque Cristo já deu a Si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo. Agora, temos o sol da justiça brilhando sobre nós. Ainda que o juízo venha sobre os homens, a igreja de Cristo será poupada. O que foi redimido não pode ser destruído.

Ainda que o mal nos alcance, Deus fará com que todas as coisas aconteçam para o nosso bem. - Antes de Deus derramar o seu juízo sobre a terra, Ele oferece a sua misericórdia. Antes das taças do juízo, ele envia as trombetas de alerta.

O Trono de Deus é um trono de Juízo - Os relâmpagos, as vozes e os trovões são evidências de juízo e ira. O arco-íris foi visto antes dos relâmpagos. A graça sempre antecede ao julgamento. Aqueles que recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino. - Hoje os homens escarnecem de Deus. Cospem no seu rosto. Zombam da sua Palavra. A mídia diz que Deus está errado. Mas Deus está no trono e derramará o seu juízo. Precisamos tomar posição. Arco-íris vem antes dos relâmpagos e trovões. A graça vem antes do juízo. (Is 61:1-2 com Lucas 4:1721). Na primeira vinda Jesus veio em graça, na segunda vinda virá em juízo. - O trono de Deus se manifesta em juízo contra os homens ímpios (Dilúvio, Sodoma, Egito, Babilônia, Jerusalém). - Esse juízo de Deus muitas vezes é em resposta às orações da igreja. - O trono de Deus não é passivo. O cálice da ira de Deus está se enchendo. O juiz de toda a terra fará justiça. Ninguém escapará!

O Trono de Deus é um trono de santidade e transparência - Esse mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado (Is 57:20). Para estar diante do trono de Deus é preciso ser purificado, estar limpo. Não há sujeira diante do trono de Deus. Não há corrupção. Tudo é transparente, limpo, puro. Deus é Santo. No céu não entra nada contaminado. Deus não se associa com o mal. Ele abomina o mal. Embora ame a todos, Ele não ama a tudo.

Ao redor do Trono há também vinte e quatro tronos. Esses tronos estão ao redor e não no centro. Deus está no alto e sublime trono. Ele reina sobre todos os outros tronos. Assentados neles, vinte e quatro anciãos. Assentado fala de uma posição de autoridade e poder.

A igreja tem a honra não apenas de ser salva, mas também de reinar no céu e ser assistente de Deus no seu julgamento (Mt 19:27-29; 1 Cor. 6:2). Fomos constituídos reinos e sacerdotes (Ap 1:6). Os sacerdotes estavam divididos em 24 turnos (1 Cr 24:7-18). Aqui somos divididos em igrejas, denominações. Mas no céu seremos uma só igreja: os que foram lavados no sangue do Cordeiro. Fomos constituídos. Nós julgaremos o mundo e os anjos (1 Cor. 6:2-3). Os 24 anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Testamento. A igreja dos Patriarcas e Apóstolos. A totalidade da igreja de Deus na história. Esses vinte e quatro anciãos são identificados por suas roupas (brancas), incumbência (assentam-se em tronos para reinar e julgar) e posição (coroas de vencedores).

Os 24 anciãos estão vestidos de branco, e usando coroas de ouro. A vestiduras brancas falam da justificação. A vestiduras brancas são as vestimentas que se prometem aos fiéis. Não há redenção para os anjos e sim para os homens. Portanto, os 24 anciãos não são anjos, mas homens remidos. O número vinte e quatro representa a igreja na sua totalidade. É uma visão não do que é, mas do que há de ser. A igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.

As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestígio dos remidos no céu. Essas coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da morte.

Quem são esses quatro seres viventes que estão no meio e ao redor do Trono? Representam os quatro Evangelhos – O leão mostra Jesus como Rei (Mateus). O novilho mostra Jesus como servo (Marcos). O homem mostra Jesus como o homem perfeito (Lucas) e a Águia mostra Jesus como aquele que veio do céu e volta ao céu (João). Representam a totalidade da natureza – Os quatro seres viventes representam todo o nobre, forte, sábio e rápido da natureza. Cada figura tem preeminência em sua própria esfera. O leão é supremo entre os animais selvagens. O boi entre os animais domésticos. A águia é a rainha das aves. O homem o supremo entre todas as criaturas viventes. Os quatro seres viventes, representam toda a grandeza, poder e beleza da natureza.

Aqui vemos o mundo natural trazendo sua doxologia ao que está no trono. A natureza louva ao Criador. Representam seres angelicais – Esses quatro seres viventes são querubins (Ez 10:20), anjos de uma ordem superior. Os querubins guardam as coisas santas de Deus (Gn 3:24; Ex 25:20). A canção deles é a canção dos anjos (Is 6:1-4). Eles são descritos como leão, novilho, homem e águia (fortaleza, capacidade para servir, inteligência, rapidez). Essas são características dos anjos (Sl 103:20,21; Hb 1:14; Dn 9:21; Lc 12:8; 15:10). Quando a Bíblia quer usar a linguagem de toda criatura, o faz com precisão.

O que esses quatro seres viventes fazem? Eles proclamam sem cessar. O livro de Apocalipse está cheio de cânticos de exaltação a Deus.

a) A santidade de Deus – Santo (descrição). Santo, Santo (ênfase). Santo, Santo, Santo (plenitude de santidade).

b) A onipotência de Deus – O Todo-poderoso. As pessoas para quem se escreveu o Apocalipse estavam sob ameaça de morte. Saber que Deus é soberano implica confiança no triunfo final.

c) A eternidade de Deus – Aquele que era, que é e que há de vir. Os impérios podem levantar-se e cair, mas Deus permanece para sempre. Eles dão a Deus glória, honra e ação de graças. O céu é lugar de celebração, louvor, glorificação ao nome de Deus. Veja que eles não cessam de proclamar!

O objeto da Adoração. Os remidos adorarão àquele que vive pelo século dos séculos. Também adoram o Espírito Santo. Igualmente adoram o Cordeiro.

Os atos de Adoração. A igreja se prostra diante daquele que está assentado no Trono. A glória deles é glorificar ao que está assentado no Trono. Depositarão suas coroas diante do Trono – Sinal de total submissão e rendição.

As palavras da Adoração. O que está assentado no Trono é Senhor e Deus – “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder”. Ele é digno de receber a glória, eles não são dignos de glorificar, por isso, se prostram e depositam suas coroas diante do Trono. A visão do Trono de Deus levou Haendel a escrever a sua obra maior “Aleluia”. O que está assentado no Trono é o Criador de todas as coisas – O mesmo Deus que criou tudo, sustenta tudo, levará o mundo, a história e a igreja à consumação final.

O Trono de Deus está no centro do Universo. Tudo acontece a partir do Trono. Tudo está ao redor do Trono. Graça e Juízo emanam do Trono. Todo o louvor e glória são dirigidos àquele que está assentado no Trono.

A Sala do Trono

O Reino de Judá estava vivendo uma crise avassaladora, uma crise política, econômica, moral e espiritual. Nesse tempo, o grande Rei Uzias, homem que reinou 52 anos em Jerusalém, que granjeou fortunas, respeito e admiração, estava morto. O trono estava vazio.

Há momentos em que os tronos da terra entram em crise, os reinos do mundo se abalam, os homens, perplexos, olham para o horizonte e não veem uma luz no fim do túnel, não veem uma saída. Há momentos em que somos encurralados pelas crises e a solução se recusa a vir da terra.

Muitas vezes somos encurralados por circunstâncias absolutamente adversas, tempestades terríveis desabam sobre nós, somos entrincheirados por situações que não temos controle sobre elas; somos assolados por sentimentos pavorosos, por crises medonhas, por situações que são como um rolo compressor que passam sobre nós.

Nesse momento, o profeta, em pânico, aflito, desesperado, diante de tantas crises açoitando a nação, diante do desespero, do desânimo, do temor em relação ao futuro, vai ao templo. Talvez buscando uma resposta, procurando um sinal do favor de Deus. E quando entra no templo, ele se depara com a realidade que transforma a sua visão, que impacta o seu coração, que vai mudar por completo o rumo da sua história. Quando ele entra no templo, num dia de luto para a nação, com o trono vazio, ele descobre que Deus, o Todo-poderoso, o Senhor dos Exércitos, está assentado sobre um alto e sublime trono. Mais do que nunca, é importante entender que Deus, o Soberano Senhor do Universo, está no trono.

Mesmo que nas crises os homens tenham perdido o controle, mesmo que as rédeas da nação pareçam soltas, mesmo que a economia esteja abalada, mesmo que as famílias estejam vivendo um drama existencial, mesmo que cresça o desemprego, mesmo que a inflação mostre sua carrasca, precisamos entender que Deus não perdeu o controle e as rédeas da história. O homem está nas mãos do Deus Todo-poderoso e Ele está no trono, Ele reina, Ele governa!

Quando Isaías olha, diz que este Deus é Santo, e que toda a terra está cheia da Sua glória. É importante entender que Deus é real, que Deus existe, que Deus não é invenção do homem, que Deus não é a criação da religião, que Deus não é um ser mitológico criado pelo medo do coração humano.

Deus é o Senhor Absoluto, Criador dos céus e da terra; Ele é soberano, Ele governa as nações, Ele reina supremo em todo o Universo, Ele é o Deus que tem o controle da história em Suas poderosas mãos. Ele está assentado na Sala de Comando do Universo. O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, onde sairá vitorioso.

Todas as cousas são governadas por Aquele que está assentado no Trono. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono: sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono. O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus. O Trono é o verdadeiro centro do Universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. O universo na Bíblia não é geocêntrico, nem heliocêntrico, mas teocêntrico. Aqui temos a verdadeira filosofia da história.

Jamais poderemos sair da crise que nos assola sem antes voltarmos para Deus, e reconhecermos que Ele é Santo, porque isso é o que vai trabalhar o nosso coração, para os valores morais absolutos, para valorizarmos as coisas que verdadeiramente tem importância, para resgatarmos o valor da família, o valor da ética, o valor dos compromissos firmados. É isso que vai nos levar a respeitar a vida do outro, o nome do outro, os bens do outro, a honra do outro, a fim de que sejamos restaurados pela mão onipotente de Deus.

Assentado no trono, Deus não cede a pressão alguma. Porque quem trabalha no campo da urgência sempre é o homem. Deus não trabalha no campo da urgência. Deus não perde o controle, não se desespera. Deus não é urgente, Deus está assentado no trono!

Estamos gritando, arrancando os cabelos, quebrando os pratos, e Deus está assentado no trono recebendo adoração, como sempre esteve. O nosso desespero não desespera Deus, a nossa urgência não torna Deus urgente, mas o diabo pega para o nosso desespero, olha para a nossa vulnerabilidade, e usa pessoas, complôs, mentiras, para tentar trazer dissimulação, medo ou respostas mentirosas.

Vemos hoje nas igrejas os processos eclesiásticos cheios, cargas religiosas, ritualistas, pessoas querendo responder: "não, não, Deus vai ter que responder! Vamos para o monte, eu estou sentindo, é resposta, é manto, e é não sei o que! E vamos responder e vamos colocar o rosto no pó porque Deus vai falar; vamos lá, é na humilhação, igreja, vamos lá, Deus vai falar, e vamos ritual, e não sei o que, eu sou autoridade espiritual, eu sou sua cobertura, eu sou seu pai, eu não sei o que". Aí traz um engodo dentro da igreja, traz uma aparência de satisfação, pessoas lutando por respostas, que Deus está falando.

"Não vou lhe dizer isso, não lhe compete saber isso, eu não tenho que lhe prestar um relatório, o meu compromisso é lhe dar vida, e vida em abundância e não lhe dar um manual da vida em abundância".

Deus está no trono! Você quer colocar a comida no micro-ondas e em trinta segundos está quentinha, ou você quer abrir o micro-ondas e entender fusível, fio, arame e lataria, cor da tinta. Não estou nem aí o que entender de micro-ondas, eu só quero que em trinta segundos a minha janta esteja quente!

Não temos respostas, mas temos um caminho, temos direção daquele que está assentado no trono e governa o Universo. Não temos respostas, mas temos uma Verdade, temos uma suficiência. Não temos respostas, mas temos Vida, temos segurança. não morremos porque a nossa vida está nas mãos de Deus. não fracassamos porque a nossa vida está nas mãos de Deus. E se Ele não responder, vamos nos revoltar?

O homem precisa voltar-se para Deus. Hoje, é da mais alta importância conhecermos este Deus. A essência da vida é conhecer a Deus; a vida eterna, é conhecer a Deus que nos criou para Ele e a nossa vida não tem sentido enquanto não nos voltarmos para Ele. Nada neste mundo pode dar significado pleno à nossa vida, nem o dinheiro, nem o sucesso profissional, nem os prazeres da vida, nem a saúde inabalável, nem mesmo a família, nem os amigos mais chegados; somente Deus pode preencher o vazio do nosso coração.

Conheçamos a Deus, prossigamos em conhecer a Deus, sabendo que Ele é Soberano, Santo, que está no controle da história, que dirige o Universo, que pode mudar a nossa vida, que pode transformar nossa história, que pode dar a nós, a vida eterna.

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele. Cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” Os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e o templo se encheu de fumaça. Então eu disse: — Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma pinça. Com a brasa tocou a minha boca e disse: — Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: — A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Eu respondi: — Eis-me aqui, envia-me a mim. Então ele disse: — Vá e diga a este povo: “Ouçam; ouçam, mas sem entender. Vejam; vejam, mas sem perceber.” Torne insensível o coração deste povo, endureça-lhes os ouvidos e feche os olhos deles, para que não venham a ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e entender com o coração, e se convertam, e sejam curados. Então eu perguntei: “Até quando, Senhor?” Ele respondeu: “Até que as cidades estejam em ruínas e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores e a terra esteja em ruínas e devastada, e o Senhor afaste dela o povo, e no meio da terra sejam muitos os lugares abandonados. Mas, se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser destruída. Como o terebinto e como o carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco, assim a santa semente será o seu toco.” Isaías 6.1-13.

A Trilha para o Trono


De acordo com Paulo, nós que cremos em Jesus fomos levantados da morte espiritual e assentados com Ele no reino espiritual.

"Estando nós mortos em nossos delitos, (Deus) nos deu vida juntamente com Cristo...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef. 2,5-6).

Então, onde é esse lugar celestial onde estamos assentados com Jesus? É nenhum outro senão a própria sala do trono de Deus - o trono da graça, a habitação do Todo-Poderoso. Dois versículos adiante, lemos como fomos levados a esse lugar maravilhoso:


“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (2:28).

Essa sala do trono é a moradia de todo poder e domínio. É de onde Deus governa sobre todos os principados e potestades, e reina nas coisas dos homens. Aqui da sala do trono, Ele monitora cada movimento de Satanás e examina todo pensamento do homem.

E Cristo está assentado à destra do Pai. As escrituras nos dizem: “Todas as cousas foram feitas por intermédio dele” (João 1:13), e, “nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9). Em Jesus reside toda a sabedoria e paz, todo poder e toda energia, tudo que é necessário para viver uma vida vitoriosa e frutífera. E nos é concedido acesso à todas essas riquezas que estão em Cristo.

Paulo está nos dizendo, “Tão certo quanto Cristo foi levantado dentre os mortos, nós fomos levantados com Ele pelo Pai. E, tão certo quanto foi levado para o trono de glória, fomos levados com Ele ao mesmo glorioso lugar. Porque estamos nEle, estamos também onde Ele está. Esse é o privilégio de todos os crentes. Quer dizer que estamos sentados com Ele no mesmo lugar celestial onde habita”.

É claro que o mundo tem todo o direito de questionar esse conceito. Como um cristão poderia estar vivendo no espaço celestial, assim como na terra? Mesmo crentes admitem que não compreendem o ensinamento de Paulo aqui. E confessam não experimentar essa verdade em suas vidas diárias.

Nem temos de olhar para o exemplo de uma igreja confusa e desesperada para vermos isso. Só temos de examinar o nosso próprio caminhar com Cristo. Multidões de cristãos estão derrubados e com medo; vão à igreja, cantam louvores a Deus, e testificam do poder vitorioso em suas vidas. Mas para muitos dentre estes mesmos cristãos, a vida é uma constante série de altos e baixos. Eles são aniquilados pelos cuidados e problemas do mundo; ao enfrentar provações são quebrados, e a fé some em um instante.

Eu lhe pergunto: isso reflete a vida celestial que Paulo descreve? Essa é a idéia que você tem em relação à vida do trono? Lemos que o próprio Cristo nos levou à uma posição celestial com Ele. Mas se é assim, então muitos cristãos estão vivendo muito abaixo das promessas concedidas por Deus. Pense nisso: se estamos efetivamente vivendo em Cristo, assentados com Ele na sala do trono celeste, então como algum crente pode ainda estar escravizado à carne? Recebemos uma posição nEle com um objetivo. Mas muitos no corpo de Cristo não a reivindicaram ou não se apropriaram dela.

Leia cuidadosamente as palavras de Paulo:

“O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à Igreja” (Efésios 1:20-22).

A maioria dos cristãos não tem nenhuma dificuldade em crer que Cristo está lá. A gente prega: “Jesus está agora no trono. Está acima de toda potestade e poder, muito acima do alcance de Satanás”. Contudo achamos difícil aceitar a verdade que se segue:


“E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (2:6).

Podemos crer que Cristo já está nesta posição celestial, assentado com o Pai. Mas não conseguimos aceitar que nós também estamos assentados lá, na mesmíssima sala do trono. No entanto, o próprio Jesus já nos disse: “Vou preparar-vos lugar” (João 14:2), não apenas na glória, mas agora mesmo.

Para muitos, isso soa como fantasia, uma ilusão teológica: “Você quer dizer que não tenho de viver uma vida quente e fria, um dia no alto, outro lá embaixo? Quer dizer que quando for abalado pela tribulação, não preciso hesitar? Que eu posso manter intacta a minha intimidade com Cristo?”.

Sim, exatamente. Paulo declara:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1:3).

Note onde Paulo diz é concedida toda bênção espiritual: na sala do trono. Todas as riquezas de Cristo estão à nossa disposição lá: firmeza, poder, descanso, paz crescente.

Então, por que há tantos cristãos bem intencionados perdendo essas coisas? Seria porque não estamos ocupando a nossa posição no lugar celestial com Cristo? Será porque ouvimos tanta falação atualmente quanto à necessidade de avivamento? Seria porque multidões de crentes simplesmente não estão vivendo a vida ressurreta?

Paulo deixa claríssimo: para ter as bênçãos de Cristo fluindo através de nós, temos de estar assentados com o Senhor na sala do trono nos céus.

Satanás está devastando a casa de Deus, e não está sendo desafiado. Pelo contrário, ele prossegue livre enganando muitos no corpo de Cristo, causando desespero e confusão, e trazendo ruína aos que serviram Deus por toda uma vida.

Um sociólogo agnóstico escreveu um livro sobre a situação da igreja. Ele conclui o seguinte em relação aos cristãos: “Longe de viverem no ‘outro mundo’ (céu), os fiéis são notavelmente iguais ao mundo secular... Na prática, não são do jeito que deveriam ser em sua teologia... A cultura os atropelou... A conversa sobre inferno, condenação e mesmo pecado foi substituída pela linguagem não condenatória da compreensão e da empatia”. C. S. Lewis disse algo parecido há décadas atrás: “O maior inimigo da igreja é o ‘mundanismo satisfeito’”.

Parece que a igreja desabou, cedendo aos problemas que estão em torno de nós. Em termos simples, deixamos de nos concentrar na vitória de Cristo ou em vivermos vida vitoriosa. Vejo sintoma disso na proliferação de conselheiros. Por que? Porque poucos cristãos crêem ser possível viver a vida celestial nesses tempos difíceis. Pelo contrário, correm atrás de aconselhamento, chorando, “Tive um dia terrível. Por favor, me dê algo que me ajude chegar até amanhã”.

Nos deparamos com o mesmo foco em muitas das pregações modernas. A maioria dos sermões de hoje se concentra em atender às necessidades das pessoas, ao invés da vida vitoriosa que temos em Cristo. Os pastores oferecem três passos para sobrevivência para mais um dia, um plano do tipo “Como aprender a” - para simplesmente se ir levando. Essas mensagens negligenciam completamente a sala do trono, e o posicionamento celestial que nos foi dado em Cristo.

A verdade é: esse mundo sempre foi complicado. Sempre esteve sob a ameaça de tragédias, à beira do colapso. Tal tem sido a mentalidade de piedosos pastores durante séculos. A minha biblioteca em casa contém poderosas mensagens pregadas por ministros Puritanos do século 17. Eles advertem quanto à bebedeira, à delinqüência juvenil, à fornicação, à bestialidade, à agitação política, aos transtornos familiares desenfreados. Resumindo, eles falaram há centenas de anos atrás sobre todas as coisas que vemos acontecendo hoje. E alguns deles achavam que Deus não teria como suportar tanta corrupção por outros cinqüenta anos.

Em 1860, um pastor cheio do poder em Nova Jersey prevenia quanto à “amplidão das trevas” que estavam envolvendo o país. Ele pregava sermões flamejantes gritando contra a apatia e o mundanismo da igreja. Esse homem também escreveu um livro chamado “The Millenial Experience” onde descrevia doutrinas e cultos falsos que brotavam por todo lado. Ele, também, pregou sobre as mesmas coisas que vemos tendo lugar hoje.

O povo de Deus sempre enfrentou um inimigo que ataca de todos os lados. As coisas hoje podem estar bem piores do que no tempo dos Puritanos, mas enfrentamos o mesmo diabo. E aqueles mesmos pastores ensinavam que toda bênção profetizada para o futuro estava disponível então ao povo de Deus. Não importa se vemos a corrupção aumentando em torno de nós. Segundo Paulo, a graça de Deus nos vem muito maior do que essa.

Então, por que não crer em Deus visando hoje essas mesmas bênçãos espirituais? Por que deixamos de crer que Ele nos responde antes de pedirmos? Se estamos em Cristo - se Ele ao mesmo tempo está dentro de nós, e à destra do Pai - por que as nossas vidas não refletem isso?

O que quero dizer com grande despertamento? Estou falando a respeito do que Paulo descreve como revelação e iluminação:

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Efésios 1:17-19).

Paulo está dizendo aos efésios: “Oro para que Deus lhes dê uma renovada revelação, que abra os seus olhos para o chamado que lhes tem enviado. Peço que dê a vocês nova compreensão quanto à vossa herança, às riquezas de Cristo que lhes pertencem. Há um poder arrebatador que Deus deseja liberar em vocês. É o mesmo poder que estava em Jesus. Sim, o mesmo poder que está no Cristo celestial entronizado, está em vós agora mesmo”.

Segundo Paulo, o tremendo poder de Deus “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à Sua direita nos lugares celestiais”, corresponde à mesma “suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (1:20,19). Por essa razão, Paulo exorta: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé” (2 Cor. 13:5).

Como devemos nos examinar? Fazemos isso medindo-nos em relação às impressionantes promessas de Deus. Devemos nos perguntar: “Eu recorro e valho-me dos recursos de Cristo para resistir ao diabo? Eu acesso o Seu poder para vencer o pecado? Eu vivo continuamente na alegria, na paz e no descanso que Jesus prometeu a todo crente sem exceção?”.

Amado, a vida do trono não é fantasia. Não se trata de um ilusionismo teológico qualquer. É uma provisão tornada possível a nós através da cruz de Cristo. Logo, se algum crente não possuir essa vida do trono, ele só pode concluir uma coisa: “Eu ainda não me apropriei da posição celestial que me foi dada com Cristo. Se não posso ver Seu gigantesco poder em ação em mim, então não assumi o meu lugar nEle”.

O seu “grande despertamento” pessoal chega no dia em que você olha para a sua vida e clama:

“É preciso haver mais do que isso na vida em Cristo. Todos os planos que eu tinha foram desmanchados, os meus sonhos destruídos. Vivo como um escravo dos meus medos e dos desejos da carne. Mas não agüento mais isso”.

“Sei que o Senhor me chamou para mais do que essa vida de derrota. E não serei hipócrita. Oh, Deus, há de verdade um jeito de Tu me concederes a força para eu viver em vitória? Tu estás verdadeiramente querendo me tornar mais do que vencedor em minhas provações? É mesmo verdade que Tu tens como me conceder perfeita paz em meio às batalhas?”

“Seria realmente possível eu ter contínua intimidade contigo? Seria verdade eu não ter mais de escorregar para a apatia, ou ter de lutar para Lhe agradar? Será que há mesmo um lugar de descanso em Ti onde nunca mais precisarei de avivamento - pelo fato da minha fé estar constante e leal?”

Você está preste a despertar quando admite: “Amo Jesus, mas não estou experimentando a vida do trono da qual Paulo fala”. Esse é o momento em que você está sendo direcionado à revelação e à iluminação. O próprio Deus o escolheu - não para viver uma vida sem alegria e em desespero sob a pressão do inimigo, mas para ter uma posição celestial. E chegou a hora de você olhar para o alto e reivindicar esse lugar em Cristo.

Não se chega a esse lugar celestial pelo choro. Não dá para entrar lá por meio do estudo ou de obras. Não, o único caminho em direção à vida do trono é por meio de um sacrifício vivo: “Apresentei os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rom. 12:1).

Paulo está falando aqui por experiência própria. Eis aqui um homem que foi rejeitado, tentado, perseguido, surrado, aprisionado, vítima de naufrágio, apedrejado. Paulo também tinha sobre si todos os cuidados da igreja. Mesmo assim, testifica: “Em todas as situações vivo em contentamento”.

Agora ele está nos dizendo: “Então, você quer saber como eu cheguei ao conhecimento desse caminhar celestial? Quer saber como cheguei ao contentamento seja qual for a situação na qual eu esteja, ou como consegui encontrar descanso verdadeiro em Cristo? Eis a trilha, eis o segredo para se apropriar de sua posição celestial: apresente o seu corpo como sacrifício vivo ao Senhor. Cheguei ao contentamento unicamente pelo sacrifício de minha própria vontade”.

A raiz grega para “vivo” aqui sugere “por toda a vida”. Paulo está falando de um comprometimento de união, um sacrifício feito de uma vez por todas. Contudo, não se engane: esse não é um sacrifício que tenha a ver com a propiciação pelo pecado
– o sacrifício de Cristo na cruz é a única propiciação válida: “Agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hebreus 9:26).

Não, Paulo está falando de um tipo diferente de sacrifício. Mas ainda assim, não se engane: Deus não tem prazer no sacrifício fabricado pelo homem no Velho Testamento. Hebreus nos diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado”
(10:6). Por que tais sacrifícios não eram agradáveis ao Senhor? Colocando em termos simples: porque não exigiam coração.

Mas o sacrifício que Paulo descreve é do tipo no qual Deus tem grande prazer, precisamente porque envolve o coração. Que sacrifício é esse? É o sacrifício da morte da nossa vontade, de pôr de lado a nossa auto-suficiência, e do abandono de nossas ambições.

Quando Paulo exorta: “Apresentei os vossos corpos”, está dizendo basicamente, “Chegue-se ao Senhor”. Mas, o que isso significa exatamente? Significa nos aproximar de Deus com o propósito de ofertar-nos inteiros a Ele. Significa ir a Ele não em nossa própria suficiência, mas como filho ressurreto, como santificado na retidão de Jesus, como aceito pelo Pai através de nossa posição em Cristo.

O próprio Jesus ofereceu Sua vida como sacrifício vivo. Não estou falando do sacrifício que Ele fez por nossos pecados na cruz. Não, houve dois aspectos em relação ao sacrifício de Cristo. Primeiro, houve a Sua propiciação pelo pecado. E então houve o abandono de Sua vontade ao Pai. Para resumir, Jesus se deu não só como sacrifício por nossos pecados, mas como sacrifício vivo para ser usado como instrumento pelo Pai. Veja o Seu testemunho:

“Eis aqui estou...para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10:7). “Não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro” (João 7:28). “Nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai e ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (8:28,29). “Eu falo das cousas que vi junto de meu Pai” (8:38).

Todo cristão é chamado a participar desse aspecto do sacrifício de Cristo. Devemos nos apresentar a Deus, submeter nossa vontade a Ele, e ingressarmos numa vida inteiramente dependente dEle. Devemos ir a Ele dizendo: “Senhor, renuncio à minha vontade em favor de Ti. Troco a minha vontade pela Tua. Estou me comprometendo a nunca mais dizer ou fazer qualquer coisa a menos que me dirijas a isso”.

É claro que Jesus é o nosso exemplo nisso. Ele não agiu segundo a Sua vontade, mas falou e agiu apenas segundo o direcionamento do Pai. E fez tudo isso com um propósito: conduzir “muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10). Em resumo, Cristo nos mostrou a trilha para o trono. Estava dizendo: "Siga-me, pondo de lado a tua vontade, teus planos, os teus sonhos. Comprometa-se com uma vida totalmente dependente do Pai. Então a tua vida trará glória para Ele".

Eis aqui a glória à qual todo cristão é escolhido a cumprir. Veja, muitos são chamados como filhos do Pai, com todos os privilégios de filiação - mas nem todos caminham nessa glória, mesmo tendo nós sido destinados a apropriarmo-nos dela. Bem, uma incrível glória será manifesta quando Cristo voltar para levar Seus servos. Mas há também uma glória direcionada para ser manifesta na igreja de Deus aqui na terra. Estou falando da glória de estar em Cristo onde Ele está agora: "Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu" (Hebreus 2:13).

Essa glória espera o servo que vai ao altar para apresentar seu corpo como sacrifício vivo. Ele abandonou todos os seus planos e ambição, porque experimentou as terríveis conseqüências de caminhar segundo sua própria vontade. Ele está esgotado de tanto lutar para acertar seus problemas. E não agüenta mais ver planos fracassarem, sonhos ficarem travados. Então ele vai ao altar para resolver a questão de uma vez por todas: submeter-se inteiramente à vontade de Deus.

Tal é o sacrifício que todo crente deve fazer se quiser conhecer a mente de Deus. O Senhor nunca compartilha Seus planos com os que se agarram aos próprios esquemas. Por que Ele irá direcionar alguém que esteja determinado a fazer o que já resolveu? Eu conheço um pouco os dois lados dessa trilha. Em várias ocasiões, segui minha própria vontade. Mas eu também conheço a liberdade que vem por se poder declarar, de uma vez por todas: “Nada tenho a fazer senão cumprir a vontade de Cristo. Não tenho necessidade de levantar um grande trabalho. E não preciso estar envolvido em coisas boas, a menos que Ele me leve a isso. Não tenho de provar nada a ninguém. Eu só quero é confiar em Jesus e depender inteiramente dEle”.

Posso dizer por experiência própria: esse ponto de quebrantamento e confiança é que lhe leva a encontrar o despertamento e o iluminar do qual Paulo fala:

“Todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rom. 8:28).

Você desiste de enfrentar as durezas da vida com sua própria força. Você já teve o suficiente de hesitação na fé, de medo que não sai, de nunca ter certeza quanto ao quê fazer. Então você leva tudo ao altar – o seu ego, seu orgulho, seus planos – e vai a Jesus com espírito quebrantado e coração contrito. Você chegou ao ponto em que confia unicamente nEle para que tudo coopere para o bem.

No momento que você renuncia à sua vontade para a dEle, o sacrifício foi feito. Acontece quando você simplesmente desiste de lutar para tentar agradar a Deus por si. Você não consegue ter méritos para Lhe agradar através de uma vida correta ou praticando boas obras. Não, você está compromissado simplesmente a confiar nEle. E quando apresenta seu sacrifício vivo a Jesus, eis a resposta dEle: “Sim, venha e arrazoemos. Se você sacrificou sua vontade, não é razoável você vir e assumir
o seu lugar comigo pela fé?”.

Na verdade, esse ato de fé é o “culto racional” ao qual Paulo se refere: “Apresentei os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rom. 12:1). Trata-se de confiar nEle com a nossa vontade, crendo que
Ele concederá todas as bênçãos que necessitamos.

Pense nisso: deixa de ser racional abrir mão de sua vontade - mas não crer que pode ingressar na plenitude de Cristo. Ele lhe chamou para tomar a vontade dEle, pela fé: “Se tu queres a Minha vontade – se queres viver uma vida na qual poderá sacar da Minha paz, do Meu descanso, da Minha sabedoria o tempo todo – então venha à sala do trono pela fé. Aqui, tu estás em Mim. Quando orar, será como se Eu estivesse orando através de ti. Tu estarás onde Eu estou”.

Se você está cansado de lutar, está na hora de se perguntar: estou pronto para me oferecer no altar, como sacrifício vivo? Está pronto para dizer: “Não seja feita a minha vontade, Jesus, mas a Tua. Cansei de tentar dirigir minha própria vida.

Eu a destrocei completamente. Agora estou pronto para confiar em Ti totalmente. Tu apenas possuis o poder, a autoridade, as orientações que preciso. Então, vou a Ti pela fé. E confio que falarás a mim fielmente, dizendo, ‘Eis o caminho, andai por ele’”.

Se isso lhe descreve, então você está pronto para pegar seu lugar celestial com Cristo. Mas fique avisado: Satanás fará tudo que puder para tentar abalar sua postura de retidão. Os seus problemas e sofrimentos não vão acabar simplesmente porque está assentado com Cristo. Em verdade, podem aumentar. Mas agora possuirá os recursos interiores para enfrentar suas dores, porque o poder de Deus está operando em você. E você pode informar ao diabo:

“Oh vil serpente, fique sabendo: eu não estou mais no endereço velho. Não moro mais na rua do Desespero. Eu assumi uma nova posição, na sala do trono de Deus. E estou residindo em um novo lugar, nas regiões celestiais com Cristo. Então, se você quiser me atingir, terá de fazê-lo aos cuidados do Deus Todo-Poderoso. Ah, eu também atendo por um nome novo. Agora você pode me chamar de ‘príncipe vencedor com Deus’”.

Prezado santo, a sala do trono agora lhe está aberta. Aceite o que Cristo fez, e ousadamente assuma a sua posição com Ele, pela fé. Ele aceita a renúncia de sua vontade. Agora, peça que Ele abra os olhos do seu entendimento. E confesse, “Creio naquilo que o Senhor diz a respeito de mim: que sou um príncipe de conquistas. Também creio que estou onde Ele diz que estou: na sala do trono dos céus. Estou assentado com Ele num lugar de autoridade sobre toda obra de Satanás. Aleluia, Ele me mostrou o caminho para o Seu trono. E agora a minha habitação diária é nEle”. (Pr. David Wilkerson).


Ao Que Está Assentado No Trono


Deus está assentado no trono do universo e governa o nosso destino.

João viu um trono no céu e trono é lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. O mesmo Deus que criou todas as coisas e está no controle de tudo levará a história para uma consumação final. O que João descreve não é Deus mesmo, mas o seu esplendor, porque a ele não se pode descrever (Ex 20.4). Não há descrição do trono nem da pessoa que está assentado nele. O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho de pedras preciosas. João descreve a Deus como um ser absolutamente misterioso, único, singular, o totalmente outro. João diz que ele é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição) e de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e a de sardônio (vermelha), o seu juízo.

O trono de Deus é o trono de graça, misericórdia, juízo e santidade.

Ao redor do trono há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. O arco-íris é o símbolo da graça e da misericórdia de Deus, da sua aliança com o seu povo. Normalmente o arco-íris aparece depois da tempestade, mas aqui, ele aparece antes dela. Para os filhos de Deus a tempestade já passou, porque Cristo já se deu a si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo. Agora, temos o sol da justiça brilhando sobre nós. Antes de Deus derramar o seu juízo sobre a terra, ele oferece a sua misericórdia. Antes das taças do juízo, ele envia as trombetas de alerta. Mas, o trono de Deus é, também, um trono de juízo. Os relâmpagos, as vozes e os trovões são evidências de juízo e ira. O arco-íris foi visto antes dos relâmpagos. A graça sempre antecede ao julgamento. Aqueles que recusam receber a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino. Mas, o trono Deus é, ainda, o trono de santidade. O mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado. Para estar diante do trono de Deus é preciso ser purificado. Não há sujeira nem corrupção diante do trono de Deus. Tudo é transparente, limpo e puro. Deus é santo. Ele não se associa com o mal. Ele abomina o mal. Embora ele ame a todos, não ama a tudo.

Aquele que está assentado no trono deve ser adorado.

Os remidos adorarão àquele que vive pelo século dos séculos. A igreja se prostra diante daquele que está assentado no trono. A glória deles é glorificar ao que está assentado no trono. Depositarão suas coroas diante do trono em sinal de total submissão e rendição.

Ele é digno de receber a glória; eles não são dignos de glorificar, por isso, se prostram e depositam suas coroas diante do trono. O que está assentado no trono é o criador de todas as coisas. O mesmo Deus que criou tudo e sustenta tudo levará o mundo, a história e a igreja à consumação final. João é chamado ao céu para ver o trono e o entronizado. O trono de Deus está no centro do universo. Tudo acontece a partir do trono. Tudo está ao redor do trono. Graça e juízo emanam do trono. Todo o louvor e glória são dirigidos àquele que está assentado no trono. Não precisamos temer o ano que se inicia. Tudo está sob controle daquele que está assentado no trono! (Pr. Hernandes).


O Encontro Na Sala do Trono

Existem certos encontros com Deus que homens e mulheres na Bíblia tiveram e que precisamos ter em nossas vidas. Esses encontros transformaram a vida destas pessoas e se nós os tivermos, também seremos marcados e transformados.

Não falo de imitações, pois Deus tem uma forma especial de fazer com cada um. Mas, Ele nos levará a um resultado parecido, para sermos transformados segundo o Seu caráter de acordo com Sua vontade e tempo.

Isaías foi um profeta poderosamente usado nas mãos de Deus, com revelações sobrenaturais da salvação que o Senhor planejava para o Seu povo.

Alguns ousam chamar o seu livro de “Evangelho de Isaías”, em razão das inúmeras referências ao “Maravilhoso Conselheiro, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).

O livro de Isaías começa, desde o primeiro até o quinto capítulo, com uma série de “Ais” para o povo de Israel.

“Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás” (Isaías 1.4).

“Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!” (Isaías 5.8)

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5.20).

Todos os “Ais” que constam nesses capítulos se referem ao povo de Israel e aos seus maus comportamentos. Mas a história muda.

Em Isaías 6, encontramos descrita uma visão do profeta. A visão da sala do Trono.

Imagine que visão memorável: ele viu o Senhor assentado num alto trono, no templo, e os serafins enchiam aquele lugar clamando “Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos. Toda terra está cheia da sua glória”.

Então, aquele lugar tremeu e se encheu de fumaça.

Naquele ambiente transbordante da presença de Deus, Isaías se dá conta de quem é, da sua injustiça perante a santidade do Senhor e diz: “Ai de mim, que sou homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo que tem impuros lábios e os meus olhos viram o rei” (Isaías 6.5).

Um dos serafins traz uma brasa viva, toca os lábios de Isaías e aquele toque trouxe perdão da parte de Deus para ele.

Precisamos de um encontro na sala do trono com o Senhor para perceber os nossos erros e faltas perante Deus!

Às vezes, nos colocamos em uma posição de julgadores do próximo, exibindo uma falsa justiça em nossas vidas e nem damos conta de que caímos nos mesmos erros de quem estamos julgando.

Temos que ser levados à sala do Trono para entender a nossa limitação e pequenez diante da santidade de Deus e então, reconhecer a nossa dependência e necessidade de mais dEle.

Quando reconhecemos as nossas falhas e necessidade de transformação, o Senhor nos toca e esse toque traz perdão e vida!

Entre na sala do trono, vislumbre a santidade do Senhor, reconheça sua necessidade dEle e o Seu toque virá para trazer renovo! (Daniel G. Rocha).




A Sala do Trono


A Sala do Trono tem o trono, o rei, suas vestes reais, a coroa, o cetro na mão. É onde se revela toda glória e beleza de um rei. Na Sala do Trono só entrava aquele a quem Ele estendia o cetro, os mais íntimos.

Maravilhoso é que João viu a Porta da Sala do Trono do Rei dos reis aberta. Estamos falando da Sala que governa todo Universo, que governa a minha e a sua vida, que governa a igreja e que governa tudo. A porta está aberta! E qual é o segredo? 

A pior coisa que existe é você depender de alguém e quando você procura encontra a porta fechada e uma plaquinha lá: só vamos abrir ao meio dia, ou, estamos em greve. Esta aqui foi aberta há 2000 anos! Lá no alto do calvário! 

O Escritor aos Hebreus disse que, pelo véu, que é a carne de Jesus rasgada por nós no alto do Calvário - agora temos acesso a Deus, ou seja, a porta está aberta! 

Então deixe de ser pedinte! Não mendigue mais! Vá direto a Deus! Porque a Porta da Sala do Trono dEle está aberta! Não tem feriado! Não tem fim de semana! Os anjos não entram em greve! Não há eleição para tirá-lo de lá! Ele é eleito desde a eternidade! 

E quem entra lá? Entra o branco, entra o negro, o rico, o pobre. Basta ser lavado e redimido pelo sangue de Jesus! 

A porta está aberta! O sábio Salomão disse que ela funciona de madrugada: “Eu amo aqueles que me amam, e os que de madrugada me buscam, me acharão.” E diuturnamente. Ela não fecha nunca. Entra por ela... 

O cristão que entra ali e não entra lá, entra vazio e sai vazio; o cristão que entra aqui e não entra lá, entra cabisbaixo e sai triste; o cristão que entra aqui e não entra lá, entra precisando de vitória e sai precisando de vitória. 

Mas o cristão que entra aqui e entra lá, entra vazio e sai cheio; o cristão que entra aqui e entra lá, entra triste e sai alegre; o cristão que entra aqui e entra lá, entra precisando de vitória e sai com a vitória garantida; o cristão que entra aqui e entra lá,  entra perseguido, mas sai com a bandeira na mão dizendo: O Trono me recebeu! Sou mais do que vencedor, por Aquele que me amou! (Pr. Elson de Assis).

A Sala de Comando do Universo

A primeira visão foi do Cristo da glória no meio da sua igreja – Depois da primeira visão do Cristo exaltado que cuida de sua igreja e a protege, começa a revelação “do que acontecerá depois destas cousas”. Primeiro, Cristo revelou-se como aquele que conhece a sua noiva no íntimo. Ele conhece todas as virtudes e fraquezas da sua noiva. Nenhum defeito da sua noiva está oculto diante dos seus olhos. Contudo, o Cristo exaltado aponta para a sua noiva o caminho de retorno e diz que ele é o remédio para a sua própria igreja. Ele não rejeita a sua noiva, mas é o remédio para ela.

Agora a visão que segue será das grandes tensões que a Noiva enfrentará até a segunda vinda do Noivo – Esta revelação inclui a destruição dos poderes do mal, de Satanás e da morte. Mas, antes de serem destruídas, estas forças más se empenharão num esforço desesperador de frustrar os planos de Deus, tentando destruir o povo de Deus. Essa é a grande tensão entre o Reino de Deus e o reino de Satanás.

A mensagem central do livro de Apocalipse é mostrar para a Noiva perseguida, que o seu Deus está no Trono do Universo – Antes do mundo perseguir a igreja (a abertura dos sete selos), e Deus visitar o mundo com o seu juízo parcial (sete trombetas) e o seu juízo final (sete taças) é revelado a João que Deus está entronizado e governando o seu universo. Não importa quão temíveis ou incontroláveis forças do mal pareçam ser na terra, elas não podem frustrar os desígnios de Deus nem vencer a igreja, pois Deus está governando o Universo, a partir do seu trono.

O destino da Noiva não está nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus – Quando o mundo está incendiado pelo ódio, guerras, conflitos; quando a terra está cambaleando, bêbada de sangue, precisamos levantar os nossos olhos e ver o nosso Deus assentado sobre um Alto e Sublime Trono (Is 6:1).

Ele é quem governa o universo. No meio das provas e tribulações, precisamos fixar nossos olhos naquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Somente quando olhamos todas as coisas (inclusive nossas tribulações, é que alcançamos o verdadeiro discernimento da história.

Uma porta aberta no céu – O conhecimento do futuro não é alcançado mediante artes mágicas, ou leitura dos astros, nem mesmo por profecias humanas. Nós não podemos conhecer nada do futuro, a não ser que Deus revele para nós.

O futuro estará coberto por um véu, até que Deus abra a porta do céu. O céu aberto não libera apenas acontecimentos, mas também entendimento, pois João contempla o trono, antes de contemplar os dramas da história. Muitas vezes, sentimos como se o céu estivesse fechado para nós: “Tornamo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e como os que nunca se chamaram pelo teu nome. Oh! se fendesses os céus e descesses! [...] para fazeres notório o teu nome aos teus adversários” (Is 63:19-64:2).

No começo de Apocalipse aparecem as 3 portas mais importantes da Vida:

1) A porta da oportunidade;
2) A porta do coração humano;
3) A porta da revelação.

Uma voz como de trombeta – Em Apocalipse 1:10, Jesus revelou-se a ele da mesma forma. Lá bastou João voltar-se para ver Jesus. Agora, João precisa subir ao céu. Não muda apenas de posição, mas de lugar, pois agora não se trata mais de vislumbrar o presente, mas o futuro e o futuro vêm sobre nós a partir do Trono de Deus.

Sobe para aqui e te mostrarei o que deve acontecer depois destas cousas – João é chamado ao céu para ver não o aspecto cíclico da história, não a história sem freios e sem rumo, não a história dirigida pelos homens, mas para ver o que deve acontecer. O Deus que está no trono é quem determina tudo o que acontece. Não há acaso nem falta de controle. O futuro está nas mãos de Deus. Não precisamos temer. Tudo o que acontece sobre a terra resulta de algo que sucederá no céu. A causa está no céu, e o efeito se verifica sobre a terra.

Imediatamente, eu me achei em espírito – João já não vê com os olhos físicos nem escuta com os ouvidos físicos. Ninguém jamais viu a Deus. Ele habita em luz inacessível. Em carne e sangue João não suportaria contemplar o esplendor da glória. Então, ele tem uma visão.

II. DEUS ESTÁ ASSENTADO NO TRONO DO UNIVERSO.

João viu um Trono no céu
O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. O livro de Apocalipse é o livro da Soberania de Deus, da vitória de Deus. Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, onde ele sairá vitorioso.

A essência desta revelação é mostrar que todas as cousas são governadas por aquele que está assentado no Trono.

• Das 67 passagens do NT que aparece “TRONO”, 47 estão no livro de Apocalipse e 12 vezes só neste capítulo 4. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono: sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono. O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus.
• O Trono é o verdadeiro centro do universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. O universo na Bíblia não é geocêntrico, nem heliocêntrico, mas teocêntrico. Aqui temos a verdadeira filosofia da história. João viu o glorioso Deus assentado sobre o Trono.
• Para uma igreja perseguida, torturada, martirizada (Roma, perseguições ao longo da história e Anticristo) esta é uma mensagem consoladora: saber que o seu Deus está no trono (Is 6:1; Sl 99:1).
• O que João descreve não é Deus mesmo, mas o seu fulgor, seu esplendor, porque a Ele não se pode descrever (Ex 20:4). Não há descrição do trono nem da pessoa que está assentado nele. O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho de pedras preciosas. 20 João descreve a Deus como um ser absolutamente misterioso, único, singular, o totalmente outro. João diz que ele é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição). É o nosso diamante. Há uma abundância de luz que emana dessa pedra. E de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). João vê beleza, riqueza, abundância de luz. Deus é luz e ele habita em luz inacessível.
• A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e o sardônio (vermelho) o seu juízo. Tal é Deus, santo e justo!

Quais são as características do Trono de Deus

A. O Trono de Deus é um trono de Graça e Misericórdia - Ao redor do trono há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. O arco-íris é o símbolo da Graça e Misericórdia de Deus, da sua aliança com o seu povo, de que não mais o destruiria. Normalmente o arco-íris aparece depois da tempestade, mas aqui, ele aparece antes dela. - Para os filhos de Deus a tempestade já passou, porque Cristo já se deu a si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo. Agora, temos o sol da justiça brilhando sobre nós. Ainda que o juízo venha sobre os homens, a igreja de Cristo será poupada. O que foi redimido não pode ser destruído. Ainda que o mal nos alcance, Deus fará com que todas as coisas aconteçam para o nosso bem. - Antes de Deus derramar o seu juízo sobre a terra, Ele oferece a sua misericórdia. Antes das taças do juízo, ele envia as trombetas de alerta.

B. O Trono de Deus é um trono de Juízo - Os relâmpagos, as vozes e os trovões são evidências de juízo e ira. O arco-íris foi visto antes dos relâmpagos. A graça sempre antecede ao julgamento. Aqueles que recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino. - Hoje os homens escarnecem de Deus. Cospem no seu rosto. Zombam da sua Palavra. A mídia diz que Deus está errado. Mas Deus está no trono e derramará o seu juízo. Precisamos tomar posição. Arco-íris vem antes dos relâmpagos e trovões. A graça vem antes do juízo. (Is 61:1-2 com Lucas 4:17- 21). Na primeira vinda Jesus veio em graça, na segunda vinda virá em juízo. - O trono de Deus se manifesta em juízo contra os homens ímpios (Dilúvio, Sodoma, Egito, Babilônia, Jerusalém). - Esse juízo de Deus muitas vezes é em resposta às orações da igreja. - O trono de Deus não é passivo. O cálice da ira de Deus está se enchendo. O juiz de toda a terra fará justiça. Ninguém escapará!22 - O Espírito de Deus aqui não se manifesta como pomba, mas como sete tochas de fogo (símbolo de combate – Gideão).

C. O Trono de Deus é um trono de santidade e transparência - Esse mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado (Is 57:20). Para estar diante do trono de Deus é preciso ser purificado, estar limpo. Não há sujeira diante do trono de Deus. Não há corrupção. Tudo é transparente, limpo, puro. Deus é santo.
No céu não entra nada contaminado. Deus não se associa com o mal. Ele abomina o mal. Embora ele ame a todos, ele não ama a tudo.

III. A IGREJA GLORICADA PARTICIPA DO REINADO E DO JULGAMENTO DO MUNDO

Ao redor do Trono, há também, vinte e quatro tronos

• Esses tronos estão ao redor e não no centro. Deus está no alto e sublime trono. Ele reina sobre todos os outros tronos. Assentados neles, vinte e quatro anciãos
• Assentado fala de uma posição de autoridade e poder. A igreja tem a honra não apenas de ser salva, mas também de reinar no céu e ser assistente de Deus no seu julgamento (Mt 19:27-29; 1 Cor. 6:2).
• Fomos constituídos reinos e sacerdotes (Ap 1:6). Os sacerdotes estavam divididos em 24 turnos (1 Cr 24:7-18). Aqui somos divididos em igrejas, denominações. Mas no céu seremos uma só igreja: os que foram lavados no sangue do Cordeiro.
• Fomos constituídos. Nós julgaremos o mundo e os anjos (1 Cor. 6:2-3).
• Os 24 anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Testamento. A igreja dos Patriarcas e Apóstolos. A totalidade da igreja de Deus na história. Esses vinte e quatro anciãos são identificados por suas roupas (brancas), incumbência (assentam-se em tronos para reinar e julgar) e posição (coroas de vencedores). Os 24 anciãos estão vestidos de branco, e usando coroas de ouro
• A vestiduras brancas falam da justificação. A vestiduras brancas são as vestimentas que se prometem aos fiéis. Não há redenção para os anjos e sim para os homens. Portanto, os 24 anciãos não são anjos, mas homens remidos.
• O número vinte e quatro representa a igreja na sua totalidade. É uma visão não do que é, mas, do que há de ser. A igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.
• As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestígio dos remidos no céu. Essas coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da morte.

IV. A DOXOLOGIA DOS QUATRO SERES VIVENTES AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO

Quem são esses quatro seres viventes que estão no meio e ao redor do Trono?
• Representam os quatro Evangelhos – O leão mostra Jesus como Rei (Mateus). O novilho mostra Jesus como servo (Marcos). O homem mostra Jesus como o homem perfeito (Lucas) e a Águia mostra Jesus como aquele que veio do céu e volta ao céu (João).
• Representam a totalidade da natureza – Os quatro seres viventes representam todo o nobre, forte, sábio e rápido da natureza. Cada figura tem preeminência em sua própria esfera. O leão é supremo entre os animais selvagens. O boi entre os animais domésticos. A águia é o rei das aves. O homem o supremo entre todas as criaturas viventes. Os quatro seres viventes, representam toda a grandeza, poder e beleza da natureza. Aqui vemos o mundo natural trazendo sua doxologia ao que está no trono. A natureza louva ao Criador.
• Representam seres angelicais – Esses quatro seres viventes são querubins (Ez 10:20), anjos de uma ordem superior. Os querubins guardam as coisas santas de Deus (Gn 3:24; Ex 25:20). A canção deles é a canção dos anjos (Is 6:1-4). Eles são descritos como leão, novilho, homem e águia (fortaleza, capacidade para servir, inteligência, rapidez). Essas são características dos anjos (Sl 103:20,21; Hb 1:14; Dn 9:21; Lc 12:8; 15:10). Quando a Bíblia quer usar a linguagem de toda criatura, o faz com precisão. 2. O que esses quatro seres viventes fazem?
• Eles proclamam sem cessar. O livro de Apocalipse está cheio de cânticos de exaltação a Deus.

a) A santidade de Deus – Santo (descrição). Santo, Santo (ênfase). Santo, Santo, Santo (plenitude de santidade).
b) A onipotência de Deus – O Todo-poderoso. As pessoas para quem se escreveu o Apocalipse estavam sob ameaça de morte. Saber que Deus é soberano implica confiança no triunfo final.
c) A eternidade de Deus – Aquele que era, que é e que há de vir. Os impérios podem levantar-se e cair, mas Deus permanece para sempre.
• Eles dão a Deus glória, honra e ação de graças.
• O céu é lugar de celebração, louvor, glorificação ao nome de Deus. Veja que eles não cessam de proclamar!

V. A DOXOLOGIA DA IGREJA AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO. O objeto da Adoração

• Os remidos adorarão àquele que vive pelo século dos séculos. Também adoram o Espírito Santo. Igualmente adoram o Cordeiro. Os atos de Adoração
• A igreja se prostra diante daquele que está assentado no Trono. A glória deles é glorificar ao que está assentado no Trono.
• Depositarão suas coroas diante do Trono – Sinal de total submissão e rendição.
As palavras da Adoração
• O que está assentado no Trono é Senhor e Deus – “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder”. Ele é digno de receber a glória, eles não são dignos de glorificar, por isso, se prostram e depositam suas coroas diante do Trono. A visão do Trono de Deus levou Haendel a escrever a sua obra maior “Aleluia”.
• O que está assentado no Trono é o Criador de todas as coisas – O mesmo Deus que criou tudo, sustenta tudo, levará o mundo, a história e a igreja à consumação final. João é chamado ao céu para ver o Trono e o Entronizado.

O Trono de Deus está no centro do Universo. Tudo acontece a partir do Trono. Tudo está ao redor do Trono. Graça e Juízo emanam do Trono. Todo o louvor e glória são dirigidos àquele que está assentado no Trono.

O Rio Que Flui do Trono

Depois disto, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saíam águas de debaixo do limiar do templo. Ez.47.1 . Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Salmo 46. 

Primeira premissa: Todos nós almejamos ir morar no céu! Todos nós queremos passar a eternidade no céu! Isto é muito bom. Porém, lamentamos o fato de conhecermos pouco ou quase nada acerca das coisas celestiais. Você já parou para pensar nisto? No máximo que abrangemos em nosso conhecimento apenas 1% das coisas concernentes ao céu, isto é, de todo conhecimento adquirido na escola, na vida, nas experiências, não abrange 1% do entendimento das coisas celestiais; ou seja, somos muito terrenos.
De fato, cerca dos outros 99% do nosso conhecimento estão em coisas concernentes a esta Terra, ao mundo ao nosso redor, a esta vida e o meio pelo qual interagimos com ela, em nosso trabalho, profissão, sustento, relacionamento familiar e etc. É de se alarmar o fato de sabermos tão pouco acerca das coisas concernentes ao céu e estarmos tão vinculados a esta terra. Assim, esquecemos ou nos alienamos em buscar a sabedoria do alto e as coisas lá de cima. 
“Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” 1 Coríntios 2:9 
 Ao Jesus vir para este mundo, Ele tinha um tema central. E o tema central de Jesus é o Reino dos céus: “É chegado o reino dos céus.” (Seu sermão, suas parábolas, etc.) 

Logo, se vamos passar a eternidade no céu, não seria coerente conosco mesmo se pudéssemos aprender mais acerca das coisas celestiais. Deveríamos nos ocupar com as duas coisas do alto onde Cristo está. Da mesma forma Você já parou para meditar em como será sua vida celestial, e que esta realidade espiritual está mais próxima do que você possa imaginar. Devemos meditar nisto porque o tempo está findando (estimulo) “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” Hebreus 10:37 “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.’ Apocalipse 22:12 

BREVIDADE DE NOSSA VIDA HUMANA 

 Outro aspecto que quero abordar trata-se da brevidade de nossa vida terrena contrastada com nossa vida eterna. 

“Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade. Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará. E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança” Sl.39.4-7. 

Jonh Bevere compara nossa vida terrena com uma fração de zero comparada com a vida celestial; pois qualquer que seja a longevidade de nossos dias aqui na terra, é considerado quase nada comparado com o tempo ilimitado que teremos na eternidade. Isto não é novidade, novidade é saber que se passaremos tão pouco tempo neste mundo, e que apesar disto, vivemos neste mundo pensando somente como se nunca viéssemos a sair dele. Passamos a absoluta parte de nosso tempo aqui na terra dispensando este pouco tempo justamente para estas coisas terrenas. 

Sabendo que tal, pode inferir e agregar em maior ou menor valor a nosso tempo celestial. Ora, se vamos passar este curto período de tempo aqui, não seríamos mais justos conosco mesmo se pudéssemos administrar nosso tempo e utilizá-lo como recurso para investir onde de fato passaremos a eternidade. Queridos, não lhes peço para viver num ostracismo, isto é, uma vida alienada das coisas que acontecem a nosso redor. E sim, uma vida de equilíbrio, isto é 50% e 50%. Jesus disse: 

“Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos. Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” Jo.17.13-18. 

 Glória a Deus! Pois estamos neste mundo, mas não devemos ser contagiados por ele. Jesus nos envia para este mundo com um propósito, influenciarmos o mundo. Todavia, sabendo que não pertencemos a ele. Como embaixadores, estamos numa terra, mas sabendo que nossa vida não é ali. Desejando, portanto, nossa verdadeira pátria celestial. "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Filipenses." 3:20.  

Outra verdade que precisamos enfatizar é que nós já recebemos a cidadania celestial. Nós não estamos lutando para se tornar cidadãos celestiais, nós já somos celestiais. Nós não estamos a procura da eternidade, nós já temos dentro de nós, o novo nascimento, isto é a salvação, que nos garante a vida eterna. Já temos o Espírito Santo, que não é apenas o passaporte, mas a certificação de nossa cidadania celestial. 

1. O QUE É O CÉU E COMO ELE É? 

 “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mateus 6:9,10. 

“Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens”Salmos 115:16.  

Começaremos bem. Pois aprendemos na oração modelo que os céus é o lugar onde Deus está. Pois do céus, está o trono de Deus. Talvez você diga. “Isto eu já sabia.” 

 2. O CÉU E O REINO DOS CÉUS. 

Todavia, quando falamos acerca dos céus, falamos em termos muito abrangente. Pois, o termos “céus” compreende muitas coisas; assim, devemos saber classificá-las, afim de que tenhamos correto esclarecimento espiritual e entendimento da Palavra. A palavra céus é muito abrangente; linguisticamente falando, é semelhante ao símbolo e significado do vocábulo água, por exemplo: De água, podemos falar de: rio, mar, nuvem, vapor, chuva, gelo, iceberg, etc. Falamos acerca do mesmo elemento, porém em estados diferentes, e de suas diferentes peculiaridades. Desta forma; Embora falemos de céus, como se fosse o mesmo elemento, todavia, tal possui diferentes peculiaridades. Pois há uma diferença entre céus e reino dos céus. (Parece que colocamos tudo numa mesma panela e mexemos; ou seja, parece igual, porém é diferente em sua peculiaridade.) 

“No entanto, quem seria capaz de lhe edificar a casa, visto que os céus e até os céus dos céus o não podem conter? E quem sou eu para lhe edificar a casa, senão para queimar incenso perante ele?” 2 Crônicas 2:6 

“Mas, de fato, habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.” 2 Crônicas 6:18  

Deus é tão grande que nem o universo pode contê-lo; o universo está contido nEle, 

“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” Col.1.16,17. 

O céu é o local da sede de seu governo e de lá estende seu domínio.  

Nos céus, estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo Salmos 103:19 

O Senhor está no seu santo templo; nos céus tem o Senhor seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. Salmos 11:4  

O Senhor olha dos céus; vê todos os filhos dos homens Salmos 33:13  

 Acaso, alguém ensinará ciência a Deus, a ele que julga os que estão nos céus? Jó 21:22 

Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Deuteronômio 10:14  

Deus está nos céus fundamentado na base de seu trono e de lá estende o seu domínio, o qual é o seu reino para sempre (chamado reino dos céus). 

Na época de Jesus existia o império romano. E assim como no império romano, a extensão de seu reino abrangia da Europa, norte da África e oriente médio; todavia, existia uma capital: Roma; assim, Deus dos céus, governa o seu reino, isto é: a extensão de seu domínio, ou seja, o reino dos céus. O seu reino compreende todas as coisas. (SP e RJ) É chegado o reino dos céus para o novo convertido. E para nós convertidos, estamos no Reino dos céus, como embaixadores expandindo Seu reino, alastrando seu reino. 

 Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Mateus 3:2 

Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Mateus 4:17  

Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus. Mateus 16:19  

3. O REINO DOS CÉUS 

Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedidoMateus 13:11  

Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Mateus 11:12  

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Mateus 18:3-4. 

Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. Mateus 19:14 

Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. Mateus 5:3

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céusMateus 5:10 

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus

Todos estes versículos falam da expansão do reino. De certa forma, podemos afirmar que “céus” é a sala do trono de maneira específica. Logo, quando afirmamos que moraremos no céu, de certa forma não estaria errada esta sentença, porque de fato, moraremos lá. Todavia, não é a expressão mais precisa e acurada a ser afirmada; pois, não poderíamos morar no trono de Deus; mas estaremos em suas moradas. (Não teremos nossa casinha do lado do trono, para isto Deus prometeu uma cidade.) 

Para entenderemos melhor esta afirmação, vejamos: 

4. AS MORADAS DA CIDADE DE DEUS 

 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhãSalmo 46. 4-5

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. João 14.

 Após o trono, Deus colocou uma expansão: A Nova Jerusalém. Aleluia! Deus prometeu um lugar onde iremos morar. 

 5. O PARAÍSO 

 É correto afirmar que moraremos no paraíso? Também de certa forma não estaria errada esta sentença, mas, não é a expressão mais precisa e acurada a ser afirmada, porque moraremos num lugar melhor do que o paraíso. Moraremos na cidade de Deus onde estão as suas moradas. Deveras, não temos entendimento e falamos de maneira genérica, à medida que detalhamos biblicamente adquirimos um esclarecimento melhor. Logo, o que é o Paraíso? O paraíso é o jardim do reino de Deus, isto é, o jardim do Reino dos céus. A palavra paraíso no caldeu e depois para o grego significa jardim, e depois evoluiu para parque. 

Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. (Aqui, é necessário uma descrição detalhada) 2 Coríntios 12. 

Expressa o quintal de Deus. Assim, como o quintal fica na extensão de nosso terreno, o quintal de Deus é a expansão de seu território. O paraíso é apenas o começo de seu território fechado. 

 Vejamos: Subir ao trono… Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. Is.14. 12-15 

Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Ezequiel 28:13 

Os cedros no jardim de Deus não lhe eram rivais; os ciprestes não igualavam os seus ramos, e os plátanos não tinham renovos como os seus; nenhuma árvore no jardim de Deus se assemelhava a ele na sua formosura. Ezequiel 31:8 

Formoso o fiz com a multidão dos seus ramos; todas as árvores do Éden, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja deleEzequiel 31:9 

Descer ao jardim…  Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes! Cantares 4:16

Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados… Cantares 5:16:2 

O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para pastorear nos jardins e para colher os lírios… Cantares 6:11 

 Desci ao jardim das nogueiras, para mirar os renovos do vale, para ver se brotavam as vides, se floresciam as romeiras. 

6. A TERRA É A EXTREMIDADE DE SEU DOMÍNIO. 

Deus planejou implantar aqui na terra um jardim… Cujas arvores fossem sempre frutíferas.  
E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços… Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. Gênesis 2:8 

O diabo, tentou estragar o jardim de Deus.  

O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Gênesis 3:23:24

A partir do momento que Adão entregou o governo da terra ao homem, Deus teve que reimplantar o Seu Reino. Através de Jesus.  

No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. (O grão de trigo) João 19:41 

Mas, o que há em um jardim? Flores, pomar… O que Deus espera de seu jardim? Deus espera que de seu jardim nasça bons frutos! Se dermos bons frutos, estamos dentro do jardim, e de Seu reino. Se dermos maus frutos, ou somos infrutíferos, estamos fora. Figueira, Videira, a oliveira e etc. 

Há uma expectativa divina de boa colheita. Para isto, Deus extrai o que há de melhor de nós; mesmo através de lutas na vida.  

O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. Isaías 58:11 

Porque o Senhor tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do Senhor; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de músicaIsaías 51:3 

Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel. Lucas 22:29

7. TERRA, UM TERRENO INÓSPITO A SER RECICLADO DE SEU LIXO, E REIMPLANTADO COMO JARDIM DO REINO. 

A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Gn.1.2. 

Nós, seres humanos temos um grande problema. É que ainda que saibamos que não somos o centro do universo, mesmo assim, ainda imaginamos e vivemos como se fôssemos. Mesmo tendo o conhecimento cultural e científico, insistimos em viver assim.  A terra não é o centro do universo e sim a sua extremidade. (Comparação científica). 

O relato de Galileu Galilei há 500 anos atrás:

Galileu provou que a terra não era o centro. Talvez a maior controvérsia na época, é que o homem sabia que tinham que renunciar o fato de ser o centro de todas as coisas. Mas apesar disto, 500 anos depois, existem pessoas que vivem como se a terra fosse o centro de tudo, e pasmem, como se o mundo estivesse orbitando em redor de seu próprio Ego. 

O pai vive para ele; a mãe vive para ele; os filhos vivem para ele; o pastor vive para ele; o trânsito orbita ao redor de seu carro… Tudo é dele. Todo aquele que acha que o seu ego é o centro de todas as atenções, compete contra o reino de Deus e Deus não está nele. Se as coisas orbitam ao teu redor, em ti não está o reino dos céus. (Porque não pode existir dois centros). Por isso se quisermos ser cristãos, devemos deixar de sermos egoístas ou egocêntrico e aceitar Deus como senhor de tudo, e submetermos ao seu reino. Deus no centro e por sua Palavra cria e expande tudo à medida que ecoa… 

A correlação do planeta terra com o tamanho do universo. E o tamanho do homem 

Quão grande é o amor de Deus, em nos salvar, sendo nós tão insignificantes quando estávamos sem Deus. Mas agora, com Jesus, somos filhos… Pois a medida que compreendemos a insignificância de nossa pequenez sem Cristo, tão somente realça a grandeza de seu amor. 

8. GEENA, ABISMO E O LAGO DE FOGO, O LIXÃO IRREPARÁVEL.  

Toda casa tem uma lixeira. Deixa-me falar algo que irá ferir o nosso orgulho! A terra é um terreno inóspito que necessita ser reciclado de seu lixo. O que fazemos com aquilo que não presta mais? E aonde jogamos o que não nos presta mais? Deus não tendo aonde colocar satanás, remove-o de seu reino e lança-o na lata de lixo. O problema é que satanás quis reivindicar esta lata de lixo reciclável! 

Então, Deus envia seu filho a esta escória para reaver seu reino. 

Porém há um lugar irreparável do universo, onde são lançado aqueles que não deram bons frutos, no jardim de Deus. Fazendo alusão ao lixão público de Jerusalém, chamado “Gay hinon”; em várias vezes Jesus faz alusão a perdição eterna como Geena. No lixão público de Jerusalém ardia continuamente um fogo para queimar os detritos. É assim que Deus fará com o diabo, seus anjos caídos e todos que não deram frutos na expansão de seu reino. 

9. O RIO DAS ÁGUAS DE DEUS 

Permita-me falar do curso do rio de Deus que sai do trono até nós. Deus permitiu certa verdade espiritual pudesse ter uma correlação com algumas verdades naturais, de forma que estas verdades naturais correspondem a uma verdade espiritual mais intensa e revelada. Algumas funções do rio das águas de Deus. 

SIMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO: 

 a) ÁGUAS QUE HIDRATAM. (Cristão murcho) João 7:38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. 

 b) ÁGUAS QUE MATAM A SEDE João 7: 37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 

 c) ÁGUAS PURIFICADORAS (LIMPADORA)  
Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo. Tito 3:5

d) ÁGUAS QUE CURAM  
Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação2 Reis 5:12 

e) ÁGUAS QUE ALEGRAM 
Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Salmo 46. 4 

f) ÁGUAS QUE REFRESCAM 
Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; 3 refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.Sl.23. 2  

g) ÁGUAS QUE IRRIGAM. E TRAZEM VIDA
Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis. Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio… Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio.  Ez.47. 

As águas dos rios são como as artérias do corpo; assim como o corpo precisa de artérias para fluir o sangue e levar vida ao corpo; assim o rio de Deus traz vida a igreja. Por onde ele passa, Deus traz vida. 

Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Ap.22. 

E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates. Gn.2.  

A INTERRELAÇÃO ENTRE RIO E A PROMESSA 

Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates. Gênesis 15:18  

A INTERRELAÇÃO ENTRE RIO E A EXPERIÊNCIA 

Do rio subiam sete vacas formosas à vista e gordas e pastavam no carriçal. Gênesis 41:2  

Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. Êxodo 2:5  

Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. Ezequiel 1:1 

Quando a visão me veio, pareceu-me estar eu na cidadela de Susã, que é província de Elão, e vi que estava junto ao rio Ulai. Daniel 8:2  

Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galileia e por João foi batizado no rio Jordão. Marcos 1:9

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