"Então vi um anjo posto em pé no Sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes." Ap. 19,17-18.
Logo após relatar a visão sobre a Ceia das Bodas do Cordeiro, João anotou uma outra revelação que Deus lhe mostrou. Nessa nova revelação, João foi levado, em espírito, a contemplar um ambiente escuro, tétrico, fétido, onde estaria acontecendo uma outra ceia. Ele contemplou a visão, e relatou o que viu:
O significado da ceia:
1. A facilidade com que se alcançou a vitória. Não será uma luta difícil para Cristo. Será uma ceia, ou como podem dizer alguns, "uma barbada". Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de Deus na terra será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o campo da batalha. É chamada a “ceia do grande Deus”, porque Deus a ordenará para as aves de rapina.
2. A palavra ceia, indica, que haverá um último esforço, a última grande oposição, assim como a ceia (ou jantar) é a última refeição do dia. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom. Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e impiedade deste mundo.
A terceira ceia, uma festa de morte: Os que procuraram assassinar a verdade, indivíduos de todos os povos, representando todas as classes, jazem ali, mortos pela Palavra a qual rejeitaram.
Enquanto Cristo volta para o Céu com os remidos, as aves do céu devoram os corpos dos que foram mortos. Esta ceia é uma festa da morte. O anjo convida as vorazes aves de rapina para participar dessa ceia dos mortos. Reis, capitães, homens poderosos, cavalos e seus cavaleiros, livres e cativos, pequenos e grandes ali jazem no silêncio da morte. Os seus corpos são presas das aves do céu. Eles foram mortos pela espada. Cristo fala e, de imediato, o juízo cai sobre as hostes opositoras ali reunidas. Os que foram mortos levantam-se outra vez, depois de terminados os mil anos.
Lemos cinco vezes que a carne é alimento para as aves do céu. Essas aves estão se alimentando daqueles que ousaram lutar e conspirar contra o Senhor, mas as suas táticas e armas se mostraram ineficientes.
A Batalha do Armagedom se transforma numa carnificina, ou numa grande ceia para as aves de rapina. Que fim humilhante para o orgulho, a pompa, o poder e a nobreza dos seres humanos! Os corvos, as águias e outras aves de rapina alimentando-se com a carne dos grandes e poderosos, cujos nomes podem estar gravados nas páginas da história.
"E todas as aves se fartaram das suas carnes" (Ap. 19,21). Elas comem até se fartarem.
O convite do anjo desta vez não é feito aos homens, porque já terão sido destruídos pelo resplendor da presença de Cristo. Mas será feito a todas as aves do céu.
As carcaças dos inimigos de Deus serão alimento para todas as aves do céu. Isso está de acordo com uma tradição judaica, Synopsis Sohar, p. 114, n. 25:
"No tempo em que Deus executar vingança pelo povo de Israel, ele deve alimentar todos os animais da terra por doze meses com sua carne e todas as aves por sete anos."
É bem sabido que tanto os animais quanto as aves de rapina estão acostumados a frequentes campos de batalha, e vivem dos mortos.
O profeta Jeremias escreveu:
“Serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra” (Jr. 25,33).
Enquanto no céu se realiza a “ceia das Bodas do Cordeiro”, na Terra, tomará lugar o banquete das aves do Céu.
Aqueles que aceitaram o convite de Deus participarão da ceia juntamente com o Salvador, enquanto os que rejeitaram o mesmo convite proporcionarão, com seus próprios corpos, uma ceia às aves de rapina.
Desse modo, os que buscaram assassinar a Palavra de Deus serão mortos por ela. Enquanto Cristo volta para o Céu levando consigo os remidos, as aves do céu devoram os corpos dos que foram mortos. Eles foram mortos pela espada aguda.
Somente reviverão após mil anos, quando receberão os efeitos da eterna destruição. Que fim humilhante para o orgulho, a pompa, o poder e a nobreza daqueles que decidiram desafiar o governo do Céu!
“E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus”.
Esta ceia é completamente diferente da “Ceia das Bodas do Cordeiro”.
Naquela ceia o povo de Deus regozijava-se, tinha comunhão e festejava. Na ceia mencionada neste versículo todas as aves do ar que são carnívoros ou comedores de carniça, os corvos, as aves de rapina, as águias, as corujas, os falcões, os condores, açor, urubu, etc. virão para esta grande ceia.
Uma estranha ceia! Uma ceia no escuro. Tudo negro, pois o Sol não mais estará brilhando sobre a Terra (Jer. 4,23-26). A ceia do abismo. A ceia dos perdidos.
Somente aqueles que rejeitaram o convite para participarem com Deus da Ceia da Graça, e que não puderam participar da Ceia das Bodas do Cordeiro, em glória, estarão envolvidos na Ceia das Trevas.
Porém, é necessário atentar para um detalhe: Na Ceia das Bodas do Cordeiro, os amigos do Noivo são comensais, deliciam-se com os finos e preciosos manjares do céu. Enquanto que na Ceia dos Animais, os desobedientes serão o alimento. Serão comidos pelos animais de rapina. Servirão de repasto a todas as aves de rapina, as quais, convidadas por Deus, fartar-se-ão naquele alimento imundo.
Triste sorte desses homens e mulheres que, feitos à imagem de Deus, para a glória de Deus, rejeitaram viver em glória, preferindo a escuridão do pecado e da morte.
Foi um ato voluntário. Jesus bateu à porta de sua vida, pedindo entrada, mas foi impedido de entrar. Sua presença, na ocasião, foi tida como indesejada. Deixaram-no de fora da vida, preferindo continuar na companhia de Satanás. Agora, quando tudo está selado e definido; quando o quem é quem do destino já confirmou as opções que cada um fez quando em vida terrena, nada mais pode ser mudado. Quem escolheu ser amigo de Jesus Cristo, e Lhe abriu a porta da alma, está vivendo na "Casa do Pai", na companhia do Cordeiro de Deus, dos anjos e de todos os seus conservos:
"Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus". Ap. 14:12.
Quem rejeitou o amor divino, o qual, gratuitamente, ofereceu a salvação, agora está morto, estendido sobre a face de toda a Terra, como coisa fétida, esterco e comida para as aves de rapina. Alimento apodrecido para a Ceia dos Animais. O profeta Jeremias recebeu uma visão de Deus sobre esse acontecimento, a qual ele escreveu em seu livro:
"Os que o Senhor entregar à morte naquele dia, se estenderão de uma à outra extremidade da Terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco sobre a face da Terra". Jer. 25,33.
Os versos finais do capítulo 19 trazem à cena outra ceia. Não é uma festa nupcial de alegria e vitória como a que se celebra quando os justos entram à presença do Pai, mas é a trágica ceia das aves de rapina que vêm alimentar-se da carne dos ímpios, esses que, havendo rejeitado o convite para a Ceia das Bodas do Cordeiro, são destruídos pelo resplendor da presença de nosso Senhor. Os dias em que vivemos são dias de preparação. Enquanto o povo de Deus está se preparando para encontrar o seu Senhor em paz, as nações da Terra preparam-se para a guerra e o derramamento de sangue.
Aqui está o chamado que sai para as nações:
"Santificai uma guerra; suscitai os valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra." (Joel 3:9).
O slogan de nossos dias parece ser: Fale de paz, mas prepare-se para a guerra. Certamente a seara está pronta para a ceifa. O convite do anjo referido não será feito aos homens, porque todos terão perecido à aparição de Cristo-Rei.
Mas será feito à todas as aves do céu – Vinde, ajuntai-vos à Ceia do grande Deus. Que hão de comer as aves na “Ceia do grande Deus”? A carne de todos os inimigos de Deus. Um dos profetas declara que “Serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra” (Jer. 25,33).
Ezequiel, o profeta, fazendo também referência à ceia das aves, não deixa dúvidas de que ela será depois da intervenção de Cristo no Armagedon (Ez. 39,17-20).
Reúna-se para a grande ceia de Deus – quanto a uma grande festa, que a vingança de Deus em breve fornecerá - uma expressão fortemente figurativa, denotando a vastidão da matança que se segue. Extraordinário contraste: enquanto no céu se realiza a “Ceia das Bodas do Cordeiro”, na terra tomará lugar a “Ceia do grande Deus” para as aves do céu.
Falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus. Antes de continuar a leitura aqui, devemos ver um trecho semelhante em Ez. 39,17-20. Ezequiel profetizou sobre a restauração do reino espiritual do Senhor (caps. 36 e 37) e sobre a tentativa das nações, sob a liderança de Gogue de Magogue, de derrubá-lo (cap. 38).
O capítulo 39 mostra a grande vitória do Senhor sobre as nações ímpias que se juntaram contra os remidos, e inclui esta figura da ceia das aves e animais que se satisfazem com a carne dos cadáveres. Agora, numa cena paralela, o anjo chama as aves do céu para a grande ceia. A carne está quase pronta!
Aqueles que aceitaram o convite de Deus, banquetear-se-ão conjuntamente com o Salvador com os frutos da Cidade Santa, enquanto os que rejeitaram o amoroso convite da salvação, proporcionarão com seus próprios corpos, uma ceia às aves de rapina.
Querido amigo e irmão em Cristo, você hoje está sendo convidado à salvação. Tudo já foi feito. Jesus Cristo já realizou sua salvação. Ela já é uma realidade. Agora Jesus Cristo vem a sua casa (sua mente, seu coração, sua vida) e pede entrada.
Ele não se conforma em trazer a salvação ao mundo, de maneira geral, como fato histórico. Vem até você, pessoalmente, e quer trazer essa salvação eterna à sua vida íntima. Quer que você reconheça que o "Reino de Deus" está dentro de você, pois você não foi criado para as trevas, mas para a luz. Você foi criado "à imagem de Deus". Seu lugar é no Reino da Glória, não no reino das trevas.
Abra, pois, sua vida para Jesus. Não o deixe passar adiante, para salvar outros, e você ficar de fora do Reino. Escancare as portas da alma para Cristo, e deixe-O ficar aí. Isto será gozo e alegria para o seu coração. E para o coração de Jesus.
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