quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Deus Procura Adorador ou Adoração?

“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”
João 4:23.

Essas palavras, proferidas pelo Senhor, revelam o desejo de Deus de ter para si um povo que realmente o ame e o adore em espírito e em verdade. Esse é o grande desafio para a Igreja de Jesus em nossos dias.

Com essa afirmação, Jesus quer nos ensinar que existem falsos adoradores, uma vez que Deus está à procura dos verdadeiros adoradores. Num certo sentido, todos nós somos adoradores. Todos nós adoramos alguma coisa. Alguns adoram seu carro, outros adoram a música e a colocam como prioridade em sua vida. Há maridos que adoram mais as esposas do que a Deus, outros adoram o dinheiro, enfim, todos nós temos um objeto de adoração. No entanto, Deus está à procura de verdadeiros adoradores, aqueles que o adorem em espírito e em verdade.

Sabemos que nos altos céus os anjos adoram a Deus dia e noite, declarando sua glória e santidade. A Igreja é chamada a adorar a Deus na Terra, unindo sua voz a toda Criação, que proclama seu poder e majestade.

Podemos, no entanto, perceber que uma concepção totalmente equivocada a respeito do que seja adoração tem invadido as igrejas evangélicas, de um modo geral. Por essa razão, muitos têm confundido adoração com música.

Até mesmo entre os músicos que ministram na Casa do Senhor tem se disseminado essa percepção distorcida a respeito do que seja adorar a Deus. Muitos pensam que adoração é simplesmente música e, por isso, ao deixarem seus instrumentos agem como se pudessem viver da forma como querem, não se importando com o próprio caráter ou até mesmo o compromisso com Deus. Pensam que são adoradores pelo simples fato de cantarem ou tocarem um instrumento. Porém, Deus não está à procura de músicos ou cantores, Deus está à procura de verdadeiros adoradores.

O Senhor quer levantar uma nação que o adore e o ame acima de qualquer coisa. Devemos abrir o nosso coração e permitir que o Espírito de Deus fale conosco através de Sua Palavra, a fim de que o Pai encontre amor, devoção, gratidão, temor e adoração em tudo o que pensamos, falamos, fazemos, cantamos, enfim, em tudo o que somos.

Deus procura adoradores, e não adoração, e os adoradores devem adorar em espírito e em verdade.

Para adorar a Deus, em espírito e em verdade. É necessário ser gerado de Deus, pois, somente os nascidos do Espírito, são espirituais e verdadeiros.

“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.6); “E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações” (1 João 3.19).

Para adorar a Deus é necessário ao homem ser espiritual e para ser espiritual é necessário ser nascido de Deus, condição decorrente do novo nascido ser participante da natureza divina (2 Pedro 1.4).

Todo aquele que crê no Filho de Deus alcança a filiação divina (João 1.12), pois, aos que creem é concedido poder para serem feitos filhos de Deus: verdadeiros e espirituais (Efésios 4.24).

Todos os que creem em Jesus, o Filho de Deus que foi enviado ao mundo, nascem de novo (João 3.16; João 3.5), pois, Cristo é Espírito vivificante, o último Adão (1 Coríntios 15.45), e todos que d’Ele são gerados, são tal qual Ele é neste mundo.

“O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (1 Coríntios 15.48 -49; 1 João 4.17).

Somente os filhos de Deus, aqueles que são gerados segundo o último Adão, podem adorar a Deus em espírito e em verdade, pois, somente os filhos de Deus são espirituais e estão n’Aquele que é verdadeiro (1 João 5.20).

Todos os cristãos podem oferecer sacrifício a Deus, pois, são templos, exercem sacerdócio real e podem apresentar os seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus em um culto racional. Todas as vezes que professam o nome de Cristo, oferecem sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios (Romanos 12.1; Hebreus 13.15; Oseias 14.2; Provérbios 18.20).

A adoração não depende e nem está vinculado a templo, lugar, nacionalidade, sacrifícios, religiosidade, forma, ou rito, etc., pois, Jesus mesmo disse que nem em Samaria, nem em Jerusalém se adoraria o Pai, antes, em espírito e em verdade.

Para adorar a Deus basta que o Pai e o Filho façam morada no homem (João 14.23), e, no homem regenerado, todos os elementos essenciais ao culto estão presentes: acesso a Deus, templo, sacerdócio e sacrifício.

Tudo é consequência da fé em Cristo, pois, Deus procura adoradores “… o Pai procura a tais…” (João 4.23). Quando se há verdadeiro adorador, a adoração é perene. Deus procura adoradores e estes, por sua vez, o adorarão, por estarem em Cristo, pois, Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Quando Abel e Caim foram adorar a Deus, resolveram oferecer, voluntariamente, uma oferta. Abel aproximou-se de Deus, pois cria na existência d’Ele e estava convicto de que Deus é galardoador dos que o buscam. Abel primeiramente foi aceito por Deus, e depois, a oferta. Deus aceitou em primeiro lugar o adorador, depois o sacrifício “Atentou o Senhor para Abel e para sua oferta…” (Gênesis 4.4).

Caim foi diferente, pois sabia da existência de Deus, mas quis se aproximar fiado que seria aceito pela oferta, e não em razão de Deus ser galardoador dos que O buscam. Primeiramente Caim foi rejeitado, e depois rejeitada a sua oferta “… mas para Caim e para a sua oferta não atentou” ( Gn 4:5 ).

Deus procura adoradores!

Ao dizer que "Deus procura adoradores em espírito e em verdade", Jesus está destacando a importância de um espírito genuíno e sincero. A inspiração em espírito refere-se a uma abordagem espiritual e interior, que vai além de rituais externos ou formalidades. Um verdadeiro espírito, de acordo com as palavras de Jesus, deve ser autêntico com a verdade divina. Isso significa que os adoradores devem se envolver em seu espírito de maneira sincera, honesta e em conformidade com os princípios e ensinamentos revelados por Deus.

Deus procura adoradores que se aproximem dele com corações sinceros, em um relacionamento espiritual genuíno e em conformidade com a verdade divina. A inspiração não deve ser apenas um ato externo, mas uma expressão autêntica do coração e da mente em sintonia com a verdade de Deus.

sábado, 11 de novembro de 2023

A Narrativa da Salvação

Nas eras antigas, quando o cosmos ainda estava em sua infância, um Reino de esplendor celestial brilhava nos confins do universo. Ali, Jesus, o Filho de Deus, resplandecia com uma glória que transcendia o entendimento humano. Sua presença era como um farol divino, iluminando o caminho da redenção que estava prestes a celebrar-se. Jesus possuía a glória divina, celestial, antes que o mundo existisse.

Contudo, nas sombras da existência, um véu de pecado obscureceu o elo entre a humanidade e esse Reino de luz. Um contraste entre a pureza representada pelo "Reino de luz" e as sombras que obscureceram a relação entre esse reino e a humanidade.

A entrada do pecado ocorreu quando Adão e Eva desobedeceram às instruções de Deus, consumindo o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse ato de desobediência é muitas vezes interpretado como a origem do pecado e a separação entre a humanidade e Deus. O "véu de pecado" representa essa barreira que se espalha entre a humanidade e a pureza divina.

Esse véu de pecado pode ser simbolizado por várias consequências da desobediência, como a consciência da nudez (simbolizando a consciência do pecado), o trabalho árduo, a dor no parto e a expulsão do Jardim do Éden. Esses eventos são considerados como introduzindo a humanidade em um estado de separação espiritual de Deus, onde o pecado se torna uma parte inerente da experiência humana.

Luz e sombras destacam o contraste entre a pureza divina e a escuridão do pecado. O pecado é frequentemente associado à ignorância, desobediência e afastamento de princípios morais e divinos. A busca pela redenção, então, muitas vezes envolve esforços para superar esse véu de pecado e restabelecer a conexão perdida com o "Reino de luz".

Então Deus, em Sua infinita misericórdia, traçou um plano grandioso. Ele amou o mundo de tal maneira que enviou Seu Filho amado, disposto a descer dos céus para cumprir uma missão que mudaria a história da humanidade.

Deus se fez carne ao tomar a forma humana de Jesus para se relacionar diretamente com a humanidade e para oferecer redenção, salvação e reconciliação.

A Encarnação é a demonstração por excelência do Amor de Deus para com os homens, já que nela é o próprio Deus que se entrega aos homens, fazendo-se participante da natureza humana, na unidade da pessoa.

Descendo do Reino celestial, o Filho de Deus adentrou a realidade terrena, revestindo-se da humanidade. Jesus não apenas ensinou e realizou milagres, mas também viveu uma vida humana, experimentando suas alegrias e dificuldades. Ele veio para restaurar o Reino Perdido, trazendo esperança e salvação a um mundo sombrio, doente, carente. Sua jornada seria repleta de lutas, batalhas épicas e um triunfo supremo.

O Pai lhe deu poder sobre toda a humanidade, para que dê a vida eterna a todos para que o conheçam como Deus verdadeiro e a Ele, o Filho, que enviou.

Com esse poder que o Pai lhe conferiu, caminhou entre os mortais com graça e poder. Curou os enfermos com um toque, ressuscitou mortos, transformou vidas com Suas palavras e desafiou as trevas que haviam se espalhado. Multidões se reuniram para testemunhar Suas maravilhas, e Seu nome ecoou como um trovão nas colinas e vales.

Quando Cristo, o príncipe da paz, encarnou-se como representante máximo do Pai, o Rei eterno, estendeu Seu reinado, absoluto no céu, à terra. Veio restabelecer de forma plena a lei de Deus, bem como reconquistar para o ser humano aquilo que havia perdido devido à entrada do pecado no mundo.

Mas a verdadeira batalha estava à frente. No ápice da história, Jesus enfrentou uma provação épica. Na cruz do Calvário, Ele se tornou o epicentro de uma luta cósmica entre o bem e o mal. Seu corpo dilacerado e Seu sangue derramado eram a oferta suprema de redenção. Foi um momento de agonia divina, um sacrifício que transcendia o tempo e o espaço.

Mas a morte não podia conter um ser tão divino. Ressuscitando entre os mortos, Jesus emergiu vitorioso, desafiando a morte e inaugurando uma nova era. Jesus restaurou o Reino perdido, onde a reconciliação com Deus é alcançada, a morte espiritual é vencida e a comunhão espiritual é restabelecida. Reino invisível, mas real, perceptível, abrindo uma estrada de reconciliação com Deus. A redenção estava completa, e a humanidade podia olhar para o céu com esperança renovada.

Os homens foram resgatados das trevas espirituais e trazidos para o Reino do Filho amado, que é caracterizado pelo amor de Deus. Hoje eles têm a redenção, ou seja, o perdão dos pecados.

Jesus glorificou Seu Pai na terra, tendo consumado a obra que lhe foi dado fazer. Dentro deste Reino, encontram redenção, que é representada pelo perdão dos pecados por meio do sacrifício de Cristo na cruz.

Desta forma, o Rei deste Reino resgatou a cidadania que havia sido manchada pelo pecado. Ele comprou a humanidade com Seu próprio sangue, selando a aliança da redenção, derramado no Calvário para a salvação e expiação dos pecados de todos. É a transformação espiritual que ocorre na vida dos cristãos quando eles aceitam a mensagem do evangelho e são libertos do poder das trevas e da condenação do pecado. Eles são transferidos para um novo domínio espiritual, o Reino de Deus, onde encontram redenção e reconciliação com Deus através do amor e sacrifício de Jesus Cristo.

A Redenção Celestial é uma história épica de amor e sofrimento, uma jornada que atravessa a eternidade e ressoa em cada coração que a escuta.

Hoje, a obra de Jesus continua a salvar, redimir e reconciliar. Sua obra, ecoa através das eras como um testemunho de que o amor divino pode superar todas as adversidades. Através dessa obra, a humanidade encontra a promessa da redenção, da reconciliação e do retorno ao Reino celestial de luz e glória.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Nome Escrito na Eternidade

Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros:

Imagine um livro divino, transcendentemente belo e eterno, cujas páginas não são de papel, mas sim de graça e misericórdia. Este é o Livro da Vida, o registro celeste dos escolhidos, aquelas cujas vidas foram tocadas e transformadas pela fé em Jesus Cristo.

Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Os livros, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (Daniel 7:10), enquanto o Livro da Vida representa uma lista dos salvos (Daniel 12:1; Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 21:27).

Ainda existe o Livro da Vida. Há esperança, ou melhor, há segurança para os servos fiéis que não se prostraram diante da besta. Esta cena de julgamento diante do grande trono branco complementa a figura dos santos vitoriosos.

O "Livro da Vida" é um tema rico e significativo na teologia cristã, que inspira reflexões profundas sobre a fé, a salvação e a relação entre Deus e o ser humano.

Há um livro antigo, cujas páginas são feitas de eternidade, no qual cada alma humana encontra seu nome gravado desde a fundação do mundo. É o Livro da Vida, um testemunho da graça divina que transcende o tempo e o espaço.

Neste livro, cada página é única, cada nome é especial. Cada nome inscrito representa uma história de redenção, uma jornada espiritual, e uma aliança entre Deus e o indivíduo. Não é um livro de obras meritórias, mas um testemunho de fé viva que liga o ser humano ao seu Criador.

As páginas do Livro da Vida contam histórias de perdão, de cura, de transformação, e de graça abundante. Cada nome ali é uma testemunha de que a salvação é um dom divino, não obtida por esforços humanos, mas recebida com gratidão humilde.

Este livro não é estático; ele é dinâmico e vivo. Nomes podem ser acrescentados, assim como podem ser removidos.

A remoção de um nome do Livro da Vida não é um ato impessoal, mas um lembrete solene de que a fé pode se perder, de que a escolha humana pode resultar no afastamento de Deus.

Mas há esperança. A promessa do Evangelho é que, quando alguém volta para Deus com fé sincera, seu nome pode ser escrito no Livro da Vida.

Nesse momento, ocorre um ato divino de reconciliação, e a alegria celestial se manifesta.

O Livro da Vida é um lembrete de que a fé é a chave para a salvação, e que a relação entre Deus e o ser humano é pessoal e íntima. É uma lembrança de que a vida eterna não é uma recompensa por mérito, mas um presente da graça divina.

Nossos nomes foram escritos nas páginas desse livro muito antes de nossos olhos contemplarem a luz deste mundo. Antes que nossos passos tocassem a terra, Deus já nos conhecia intimamente, e nosso destino estava selado em Seu amor infindável.

Imagine o momento em que sua alma, recém-criada nos alicerces do universo, teve seu nome traçado por mãos divinas. Cada letra, cada sílaba, carregava o propósito de uma história única. Você foi escolhido para viver, amar, aprender e crescer.

Os dias se passaram, as estações mudaram, e a história se desdobrou. Em cada capítulo, houve altos e baixos, alegrias e tristezas. Houve momentos em que parecia que nossos nomes foram desvanecidos das páginas da graça, mas a promessa chegou.

Quando finalmente nos encontramos com a fé, nossos corações refletiram a voz daquele que nos chamou pelo nome desde o princípio dos tempos. No momento em que dissemos "sim" ao chamado divino, nossos nomes brilharam novamente nas páginas do Livro da Vida.

Nossa jornada espiritual é uma busca constante para viver à altura do nome que nos foi dado na eternidade. Cada dia é uma oportunidade de escrever nossa história com base na promessa de Deus, uma oportunidade de honrar o nome que carregamos.

No entanto, mesmo quando falhamos, quando nossas ações mancham as páginas, a graça persiste. Pois, como está escrito, “Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa” (Números 23:19). Ele permanece fiel à Sua promessa, e nossos nomes permanecem seguros em Suas mãos.

No final de todas as coisas, quando o tempo de lugar à eternidade, nossos nomes serão lidos em um julgamento divino, mas não para publicações, pois já fomos resgatados pela fé. Será um momento de celebração, de reunir-se com o Autor da vida e com todos aqueles cujos nomes também estão escritos no Livro da Vida.

Nossos nomes foram escritos na eternidade, e nossa jornada na terra é uma busca para viver de acordo com essa verdade. Cada dia é uma oportunidade de lembrar que somos amados desde o início dos tempos e que nossa história está entrelaçada com a graça infinita de Deus. Que esperamos viver nossas vidas em ação de graças por esse nome eterno que nos foi dado.

Enquanto contemplamos o Livro da Vida, somos convidados a refletir sobre nossas próprias vidas, nossas escolhas, nossas crenças. Será que nossos nomes estão escritos neste livro celeste? A resposta a essa pergunta não é encontrada em ações grandiosas, mas em um coração voltado para Deus em fé e humildade.

O Livro da Vida é, portanto, um convite à busca espiritual, à jornada da fé, e à confiança na promessa divina da vida eterna. É um lembrete de que, em meio às complexidades da vida, a simplicidade da fé é o caminho que nos leva à presença de Deus, onde nossos nomes podem ser escritos para a eternidade.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

“A história do mundo é o julgamento do mundo.” (Friedrich Schiller)

“Assim diz o Senhor, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque: Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso. Assim lhe dirás: Isto diz o Senhor: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra. E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.”
(Jeremias 45:2-5).

A vida é como uma longa estrada que se estende diante de nós, cheia de surpresas e desafios. Às vezes, olhamos para a estrada, para nossa própria jornada, nos vemos direcionados a buscar grandes conquistas ou sucessos materiais; almejamos honra, distinção, um cargo melhor; buscamos encontrar recompensas terrenas, grandezas, ou seja, procuramos bem-estar, tranquilidade, conforto para nós mesmos.

"Grandezas", nesse contexto, representam as distrações do mundo, uma busca por satisfação material, que nem sempre se alinha com os planos divinos.

O alerta é claro: em um mundo que se deteriora e enfrenta julgamento, buscar riquezas e conforto pessoal é tolice. O mundo está se transformando, se acabando, e se conseguirmos sair com vida, já estamos no lucro, já é uma grande recompensa. Buscar grandes coisas para nós mesmos em um campo entregue ao julgamento é futilidade. Pensemos nisso!

Aparentemente, esperamos que o Senhor remova nossas provações, perseguições, problemas e outras experiências difíceis, por ter feito a Sua obra, por nossa devoção e trabalho em Sua causa. Como aqueles que foram leais e fiéis ao Senhor desde o princípio dos tempos, devemos ser fiéis nos bons e maus momentos.

No entanto, as promessas divinas não garantem uma vida livre de dificuldades em meio às provas pela causa do Senhor. Seu plano ainda opera em nossos dias, agindo misericordiosamente. O Senhor Jesus nos diz que Ele estará conosco “Sempre, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20). Não há nada maior para nós do que a promessa de Sua presença constante em nossa vida, uma recompensa inestimável.

Ele diz em Jr. 29, 11: “Porque Eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” Somos lembrados de que uma verdadeira riqueza reside em nossa comunhão com Ele e a preservação de nossa alma.

O Senhor, não prometeu alívio das provações, apenas que não morreremos no futuro próximo. Uma recompensa maior não pode ser imaginada! O Senhor não dá lugar na Sua obra aos que têm maior desejo de alcançar a coroa do que de transportar a cruz.

Deseja homens que pensem mais em cumprir o dever do que em receber recompensas, homens que sejam mais amantes dos princípios do que de promoção.

Enquanto seguimos nossa estrada da vida, lembremo-nos de que a verdadeira recompensa não reside nas grandezas terrenas, mas na riqueza espiritual e na presença divina que nos guia, fortalece e nos permite encontrar significado e propósito em nossa jornada.

Aqueles que são motivados pelo desejo de cumprir o dever, em vez de buscar recompensas pessoais, demonstram um compromisso verdadeiro com os princípios divinos.

A estrada da vida, repleta de curvas e encruzilhadas, nos desafia a manter nosso foco naquilo que realmente importa: agradar a Cristo e encontrar significado em nossa comunhão com Ele.

O mundo está sob julgamento, e a busca por riquezas mundanas não é uma resposta. Encontrar a verdadeira recompensa significa viver para Cristo e aceitar Sua presença constante em nossa jornada.

Em busca da verdadeira recompensa: viver é a recompensa.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

O Trono de Safira

Nas alturas celestiais, onde a luz da majestade é inacessível, encontra-se o Trono de Safira. Este é o símbolo supremo da glória celestial, o epicentro da divindade. Mas a história que compartilharemos é uma jornada que transcende a grandiosidade celestial.

Era uma época de promessas, e o destino estava prestes a se cumprir. Das alturas dos céus, uma voz ecoou, e uma decisão foi tomada. O Todo-poderoso, revestido em esplendor celestial, escolheu descer à Terra, ao humilde local de Belém. A descida do Trono de Safira às profundezas da vida terrena, à Manjedoura de Belém, simbolizou um ato de amor e humildade.

Nessa jornada, a divindade experimentou a plenitude da condição humana. Em uma manjedoura simples, Ele, o Rei dos Céus, nasceu entre os homens. A majestade celeste se curvou à simplicidade da manjedoura, e a glória divina encontrou seu reflexo na estrela de Belém.

Deixando o esplendor de Sua Glória, o Trono de Safira desceu às profundezas da vida terrena. Do esplendor celestial à manjedoura de Belém é a história de como o divino se fez humano, de como a luz eterna iluminou a escuridão terrena. A Manjedoura de Belém se tornou um símbolo de redenção, um farol de esperança para toda a humanidade.

É uma história que transcende o tempo e o espaço, lembrando-nos do verdadeiro significado do Natal, onde a majestade celestial e a simplicidade da manjedoura se encontram, unindo a humanidade em um ato de amor e compaixão.

Êxodo 24 conta um episódio no qual Moisés, Arão e mais alguns do povo subiram até ao Senhor, para confirmarem a aliança que haviam feito. A partir do verso 10 diz: ‘e viram o Deus de Israel. Debaixo dos Seus pés havia como que uma calçada de pedra de safira que se parecia com o céu na sua claridade’.

Sobre o lugar onde viram Deus...

Ezequiel 1 abre com a solene declaração ‘… abriram-se os céus e eu vi visões de Deus’. O profeta declara que está a ser espectador de um lugar sagrado, onde o próprio Deus habita. Após uma extensa descrição do que vê, no verso 26 Ezequiel relata a visão nos seguintes termos:

‘por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como a aparência de uma safira; sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem, no alto sobre ele’.

Mais à frente, em Ezequiel 10:1 esta visão é confirmada: ‘olhei, e vi no firmamento que estava por cima da cabeça dos querubins, aparecer sobre eles uma como pedra de safira, semelhante em forma a um trono’.

Em Ezequiel 10:4, o profeta diz: ‘então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim e foi para a entrada da casa. Encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor’.

Quem é Aquele que habita acima dos querubins? Quem é Aquele que se assenta no trono dos céus? Se Ezequiel está a contemplar o céu e vê um trono, esse lugar não pode ser ocupado por alguém a não ser o próprio Deus, que enche o lugar da Sua presença com a Sua glória!

Percebe-se que o fundamento sob o qual assenta o lugar onde Deus estava era pavimentado a pedras de safira, o que é confirmado por Moisés ao reforçar que se assemelhava ao céu na sua claridade; Ezequiel também descreve esse lugar como sendo construído com safira.

Logo, depreendemos que o lugar onde Deus está, o Seu eterno trono, tem aspecto azul, proveniente da pedra de safira que recobre o chão desse espaço.

Assentado no trono, Deus não cede a pressão alguma. Porque quem trabalha no campo da urgência sempre é o homem.

Deus não trabalha no campo da urgência. Deus não perde o controle, não se desespera. Deus não é urgente, Deus está assentado no trono!

Estou gritando, arrancando os cabelos, quebrando os pratos, e Deus está assentado no trono recebendo adoração, como sempre esteve. O meu desespero não desespera Deus, a minha urgência não torna Deus urgente, mas o diabo pega para o meu desespero, olha para a minha vulnerabilidade, e usa pessoas, complôs, mentiras, para tentar trazer dissimulação, medo ou respostas mentirosas.

Vemos hoje nas igrejas os processos eclesiásticos cheios, cargas religiosas, ritualistas, pessoas querendo responder: não, não, Deus vai ter que responder!

Vamos para o monte, eu estou sentindo, é resposta, é manto, e é não sei o que! E vamos responder e vamos colocar o rosto no pó porque Deus vai falar; vamos lá, é na humilhação, igreja, vamos lá, Deus vai falar, e vamos ritual, e não sei o que, eu sou autoridade espiritual, eu sou sua cobertura, eu sou seu pai, eu não sei o que. Aí traz um engodo dentro da igreja, traz uma aparência de satisfação, pessoas lutando por respostas, que Deus está falando.

Não vou lhe dizer isso, não lhe compete saber isso, eu não tenho que lhe prestar um relatório, o meu compromisso é lhe dar vida, e vida em abundância e não lhe dar um manual da vida em abundância.

Deus está no trono! Você quer colocar a comida no micro-ondas e em trinta segundos está quentinha, ou você quer abrir o micro-ondas e entender fusível, fio, arame e lataria, cor da tinta. Não estou nem aí o que entender de micro-ondas, eu só quero que em trinta segundos a minha janta esteja quente!

Eu não tenho respostas, mas eu tenho um caminho, eu tenho direção daquele que está assentado no trono e governa o Universo. Eu não tenho respostas, mas eu tenho uma Verdade, eu tenho uma suficiência. Eu não tenho respostas, mas eu tenho Vida, eu tenho segurança. Eu não morro porque a minha vida está nas mãos de Deus. Eu não fracasso porque a minha vida está nas mãos de Deus. E se Ele não lhe responder, você vai se revoltar?

A etimologia da palavra Safira vem do grego "sappheiros" que significa "azul". Existem também outros derivados do nome, do latim "sapphirus" ou do hebraico "sappir", todos significando "azul".

A safira tem uma longa história, ligada a numerosas virtudes e crenças. A pedra azul é mencionada no Antigo Testamento, expressando que as Tábuas da Lei de Moisés inscreveram os pensamentos de Deus com Safiras. Assim, esta pedra adquiriu um simbolismo importante, nomeadamente entre os Gregos e os Romanos, que associavam a safira ao poder celeste e divino. Além disso, os reis e as rainhas estavam convencidos de que as safiras protegiam os seus proprietários da inveja e do mal. Entre os egípcios e os romanos, a safira era considerada uma pedra sagrada da verdade e da justiça.

Na religião cristã da Idade Média, o clero usava safiras para simbolizar a pureza divina, graças à sua cor semelhante à do céu. A gema era frequentemente usada como um anel na mão direita, a mão que dá as bênçãos, como símbolo da sua devoção e proximidade a Deus. Dizia-se também que a safira tinha o poder de preservar a castidade devido à sua proximidade com a Virgem Maria, de fazer a paz entre inimigos, de influenciar os espíritos e de revelar os segredos dos oráculos.

Uma lenda diz que um rei de Inglaterra chamado Eduardo, o Confessor, deu o seu anel a um mendigo que mais tarde se tornou um evangelista. Outra diz que a pedra Safira simbolizava a liberdade, e que se um prisioneiro estivesse na posse desta pedra, poderia escapar esfregando a Safira nos 4 lados da prisão.

A safira sempre foi associada à realeza e ao romance. De fato, a safira simboliza tradicionalmente a nobreza, a verdade, a sinceridade e a fidelidade. Esta associação foi reforçada em 1981, quando o Príncipe Charles da Grã-Bretanha presenteou Lady Diana Spencer com um anel de noivado de safira azul.

Até à sua morte, em 1997, a Princesa Diana encantou e cativou o mundo. O seu anel de safira associava os acontecimentos modernos à história e aos contos de fadas.

As safiras multicoloridas ganharam destaque na década de 1990, graças às descobertas na África Oriental e em Madagáscar. Estas novas descobertas aumentaram a disponibilidade de safiras multicoloridas.

A pedra Safira sempre fascinou o mundo e continua a fasciná-lo hoje em dia, seja no mundo da joalharia ou da litoterapia.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Reino Invisível de Deus

A vinda do prometido Messias era a inauguração oficial do Reino de Deus entre os homens da terra. Quando Cristo, o príncipe da paz, veio a nós como Representante máximo do Pai, o Rei eterno, estendeu seu reinado, absoluto no céu, à terra.

Como Representante de Deus e também da humanidade, Cristo veio, ao mesmo tempo, restabelecer de forma plena a lei de Deus na terra, bem como reconquistar para o ser humano aquilo que havia perdido devido à entrada do pecado no mundo.

Desta forma, o Rei deste Reino resgatou de novo a cidadania que havia sido manchada pelo pecado. Ele nos comprou com Seu próprio sangue, derramado no Calvário para nossa redenção e expiação do nosso pecado.

Jesus restaurou esse Reino perdido, onde a reconciliação com Deus é alcançada, a morte espiritual é vencida e a comunhão espiritual é restabelecida. Reino invisível, mas real, perceptível.

"Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados." (Colossenses 1:13-14)

Os cristãos foram resgatados das trevas espirituais e trazidos para o Reino do Filho amado, que é caracterizado pelo amor de Deus. Dentro deste Reino, os cristãos encontram redenção, que é representada pelo perdão dos pecados por meio do sacrifício de Cristo na cruz.

É a transformação espiritual que ocorre na vida dos cristãos quando eles aceitam a mensagem do evangelho e são libertos do poder das trevas e da condenação do pecado. Eles são transferidos para um novo domínio espiritual, o Reino de Deus, onde encontram redenção e reconciliação com Deus através do amor e sacrifício de Jesus Cristo.

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”.

Essa dispensação é conhecida como “milênio” ou a “era do reino”. Nesse tempo, os santos em Cristo receberão a autoridade sobre as nações conforme lemos em Apocalipse 2.26,27:

“Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá…”.

Nestes textos podemos contemplar aquele tempo, em que iremos reinar com nosso Senhor Jesus, quando Ele vier e estabelecer Seu reino aqui nessa terra por um período de mil anos. Ele será o Rei dos reis, porque nós, seremos seus reis sobre os reinos desse mundo.

O conceito do "Reino Invisível de Deus" é uma noção teológica e espiritual presente em várias religiões e filosofias, mas é mais frequentemente associado ao Cristianismo, em particular ao Cristianismo protestante. Ele se refere ao domínio espiritual e divino de Deus, que está além da percepção sensorial humana e, portanto, é "invisível".

Invisibilidade como aspecto espiritual: A ideia fundamental por trás do "Reino Invisível de Deus" é que a presença de Deus e o seu domínio transcendem o mundo físico e estão além da capacidade humana de perceber através dos sentidos. Ele é percebido espiritualmente e requer fé e crença na existência desse reino invisível.

Jesus e o Reino de Deus: A noção do Reino Invisível de Deus está profundamente enraizada nos ensinamentos de Jesus Cristo. Ele falava frequentemente sobre o "Reino de Deus" em seus sermões e parábolas. Ele explicou que esse reino não era de natureza terrena, mas espiritual. Jesus encorajou as pessoas a buscar esse reino em seus corações e a viver de acordo com seus princípios espirituais.

A transformação espiritual: A compreensão desse reino invisível muitas vezes implica uma transformação interior e uma mudança espiritual na vida das pessoas. Ela envolve a busca da justiça, do amor, da paz e da virtude, em consonância com os ensinamentos de Jesus, com a esperança de que, através dessa transformação espiritual, os indivíduos possam experimentar o Reino de Deus.

Relação com a oração e a meditação: A conexão com o Reino Invisível de Deus frequentemente envolve práticas como a oração e a meditação. Essas atividades são consideradas meios de se conectar espiritualmente com o divino e sintonizar-se com a presença de Deus no nível invisível.

Além do Cristianismo: Embora o conceito do Reino Invisível de Deus seja mais proeminente no Cristianismo, ideias semelhantes sobre a existência de um reino espiritual e invisível estão presentes em outras religiões e filosofias, cada uma com suas próprias interpretações e práticas.

Natureza do Reino Invisível: O Reino Invisível de Deus é geralmente concebido como um domínio espiritual, onde Deus governa de forma suprema e onde as leis espirituais e morais prevalecem.

O Papel da Fé: A crença na existência do Reino Invisível é fundamental. A fé é vista como o meio pelo qual os indivíduos podem se conectar com esse reino, mesmo que não possam vê-lo ou tocá-lo. A fé é considerada uma virtude, e a confiança em Deus e no Reino Invisível é vista como uma fonte de conforto, esperança e propósito na vida.

Moralidade e Ética: A ideia do Reino Invisível muitas vezes está intrinsecamente ligada a princípios morais e éticos. Os ensinamentos espirituais e morais são considerados como diretrizes para viver em conformidade com o Reino de Deus. Isso pode incluir valores como amor ao próximo, perdão, justiça e compaixão.

Relação com a Vida Terrena: Embora o Reino Invisível seja visto como transcendendo o mundo material, a maioria das tradições religiosas enfatiza a importância de viver de maneira que reflita a ética desse reino na vida cotidiana. Isso implica que as ações e escolhas dos indivíduos têm consequências espirituais e morais no Reino Invisível.

Busca Espiritual: Muitas pessoas buscam uma conexão mais profunda com o Reino Invisível através de práticas espirituais, como a oração, a meditação, a contemplação e o estudo religioso. Essas práticas são vistas como formas de abrir um canal de comunicação com Deus e de sintonizar a mente e o coração com o divino.

Esperança e Redenção: O conceito do Reino Invisível muitas vezes oferece esperança de redenção e salvação. É visto como um lugar de paz, alegria e reconciliação, onde a fidelidade pode encontrar descanso espiritual e eternidade com Deus.

Interpretações diversas: Embora o termo "Reino Invisível de Deus" seja frequentemente associado ao Cristianismo, as interpretações variam entre diferentes denominações e tradições religiosas. Cada grupo pode ter suas próprias perspectivas e entendimentos específicos desse conceito.

O Reino Invisível de Deus é um conceito espiritual que transcende a realidade física e enfatiza a fé, a moralidade e a busca de uma conexão profunda com o divino. Ele muitas vezes é descrito como eterno e divino, não sujeito às limitações e imperfeições do mundo físico. Desempenha um papel central nas crenças e práticas de muitas tradições religiosas e é considerado um objetivo espiritual fundamental para muitos crentes.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Relutância

Uma oportunidade para refletir sobre a questão da fé, consentimento e confiança em nossa jornada espiritual e vida cotidiana, encontra-se em Dt. 1,26: "Porém vós não quisestes subir; mas fostes rebeldes ao mandado do Senhor nosso Deus."

Neste contexto bíblico, os israelitas não estabeleceram limites da terra prometida, uma terra que Deus havia assegurada a eles. No entanto, eles hesitaram e recusaram-se a entrar devido à sua falta de fé e atos de rebelião. Essa hesitação e desobediência dos israelitas podem ser vistas como uma metáfora para os desafios que enfrentamos em nossa própria jornada.

Com frequência, somos confrontados com oportunidades e desafios, e nossa resposta inicial pode ser de dúvida, medo ou relutância. Às vezes, como os israelenses, podemos ser rebeldes às orientações de Deus ou às oportunidades que Ele nos apresenta.

Nesse sentido, o versículo nos lembra da importância da fé e da confiança em Deus. É um lembrete de que, quando enfrentamos momentos de incerteza ou desafio, nossa resposta deve ser a confiança em Deus e a obediência às Suas orientações. A desobediência e a falta de fé podem nos impedir de alcançar as vitórias e oportunidades que Deus tem reservadas para nós.

Além disso, esta passagem nos incentiva a refletir sobre como lidamos com as oportunidades que surgem em nossas vidas. Muitas vezes, as oportunidades são acompanhadas de desafios, e é fácil recuar com medo do desconhecido. No entanto, é importante lembrar que, assim como os israelitas perderam a chance de entrar na terra prometida devido à sua desobediência, podemos perder oportunidades valiosas se permitirmos que o medo e a dúvida nos impeçam de agir.

Na última análise, Deuteronômio 1:26 nos convida a considerar como nossa fé e obediência influenciam as escolhas que fazemos e a direção que tomamos em nossas vidas. É um lembrete de que, para alcançar as promessas e vitórias que Deus tem para nós, precisamos confiar Nele, seguir Sua orientação e superar a tendência de sermos rebeldes em face do desconhecido.

domingo, 24 de setembro de 2023

E o Mundo Passa...

A nossa esperança não está nos assuntos deste mundo. Ela está em Cristo que vai voltar! Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

“Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt. 24, 35). “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo. 2,15-17).

Estes textos abordam temas importantes relacionados à espiritualidade, à vida cristã e à natureza transitória dos materiais do mundo.

"Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão." (Mateus 24, 35)

Jesus enfatiza a eternidade e a confiabilidade de Suas palavras. Ele está dizendo que, embora tudo neste mundo seja transitório e efêmero, sua mensagem, ensinamentos e princípios espirituais são eternos e permanecerão inabaláveis. Isso nos lembra da importância de priorizar valores espirituais sobre os valores mundanos, pois os últimos são passageiros, enquanto as palavras de Jesus são um guia seguro para a vida eterna.

O apóstolo João adverte os cristãos sobre a tentativa de amar o mundo material e seus desejos carnais em detrimento do amor a Deus. Ele menciona três aspectos principais do "mundo" que podem ser atrativos espiritualmente: a concupiscência da carne (desejos sensuais), a concupiscência dos olhos (cobiça material) e a soberba da vida (orgulho e arrogância). João destaca que essas coisas não vêm de Deus, mas do mundo passageiro.

Os textos enfatizam a necessidade de uma perspectiva espiritual e eterna em contraposição ao apego aparente às coisas materiais e efêmeras deste mundo. Eles nos convidam a considerar o que é realmente importante em nossas vidas.

Cultivar uma perspectiva espiritual significa, essencialmente, desenvolver uma perspectiva baseada na fé, na espiritualidade e em valores espirituais.

Isso envolve a busca por uma conexão mais profunda com o divino, seja através da religião, da meditação, da reflexão espiritual ou de outras práticas que promovam o crescimento espiritual.

Uma perspectiva espiritual geralmente inclui a compreensão de que há mais na vida do que apenas aspectos materiais ou físicos, e que há uma dimensão espiritual que é fundamental para a nossa existência. Isso pode incluir a crença em Deus, em forças espirituais, na alma, na moralidade e em valores transcendentes.

Envolve a prática da fé, a busca de significado e propósito na vida, o desenvolvimento de virtudes como a compaixão e a empatia, e a dedicação aos princípios éticos e morais que orientam as ações de uma pessoa. Em resumo, uma perspectiva espiritual é uma abordagem que transcende o puramente material e busca uma conexão mais profunda com o sagrado e o espiritual.

Esses textos nos convidam a cultivar uma perspectiva espiritual, a priorizar o amor a Deus sobre o amor pelo mundo material e a considerar a relevância das palavras e princípios de Jesus. Eles nos lembram que, no final das contas, o que permanece é a busca pela vontade de Deus e a vida espiritual em vez da busca por prazeres temporários e posses materiais.

A expressão "perspectiva de fé e espiritualidade" refere-se a como alguém percebe, interpreta e compreende questões relacionadas à fé, crenças religiosas e dimensões espirituais da vida.

É a forma como uma pessoa vê e entende questões transcendentes, valores morais, significados profundos e conexões com algo maior do que o mundo material.

A fé está relacionada à confiança em algo que não pode ser empiricamente confirmado. Pode envolver a crença em uma proposta, princípios religiosos, ensinamentos espirituais e aspectos transcendentes da existência. A espiritualidade, por sua vez, refere-se à busca por um sentido mais profundo de propósito, conexão com o divino, autodescoberta e crescimento pessoal.

A expressão "perspectiva de fé e espiritualidade" reconhece a subjetividade e a diversidade nas maneiras como as pessoas abordam e compreendem os aspectos mais profundos da vida, transcendendo as fronteiras do conhecimento empiricamente observável.

A perspectiva de fé e espiritualidade é altamente individual e pode ser moldada por uma variedade de fatores.

Experiências Pessoais: As experiências de vida de uma pessoa desempenham um papel significativo na formação de sua perspectiva de fé e espiritualidade. Eventos, desafios e momentos de reflexão podem influenciar como alguém entende questões espirituais.

Visões de Mundo: As visões de mundo de uma pessoa, que incluem suas filosofias, valores e crenças em geral, realizadas como ela aborda a espiritualidade. Alguém com uma perspectiva mais orientada à ciência, por exemplo, pode abordar questões religiosas de maneira diferente de alguém com uma visão mais tradicional. É um conceito mais amplo que engloba suas crenças, valores e perspectivas em todas as áreas da vida, não apenas como espirituais ou religiosas. Ela abrange sua compreensão da realidade, da existência, da natureza humana, da moralidade, da política, da ciência e muito mais. Sua visão de mundo é a lente através da qual você interpreta e entende todo o espectro da experiência humana.

Crenças Religiosas e Tradições: A afiliação religiosa de alguém que desempenha um papel importante em sua perspectiva de fé e espiritualidade. Diferentes religiões têm ensinamentos, rituais e tradições únicas que moldam como os seguidores entendem e vivenciam a espiritualidade.

Cultura e Sociedade: A cultura em que alguém cresce e as influências sociais ao redor também têm impacto. Normas culturais e sociais podem influenciar como as pessoas expressam e vivenciam sua fé e espiritualidade.

Evolução ao Longo do Tempo: A perspectiva de fé e espiritualidade de alguém pode evoluir ao longo da vida, à medida que eles ganham novas experiências, conhecimentos e insights. Mudanças na perspectiva podem ser influenciadas por eventos estáveis ou pelo crescimento pessoal.

Diversidade Dentro das Tradições: Mesmo dentro de uma única tradição religiosa, pode haver uma ampla gama de interpretações e práticas. Diferentes denominações, correntes de pensamento e líderes religiosos podem enfatizar aspectos distintos da espiritualidade.

No contexto das crenças cristãs, a diversidade é evidente em diferentes tradições, como o catolicismo, o protestantismo e a ortodoxia.

Cada uma dessas tradições possui suas próprias interpretações de textos sagrados, práticas religiosas e abordagens à fé e espiritualidade.

Viver em Cristo: "Viver em Cristo é ter o melhor que existe na vida" é uma afirmação que reflete uma perspectiva religiosa, geralmente associada ao Cristianismo. Essa frase sugere que seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e manter uma conexão espiritual com ele pode levar a uma vida plena e satisfatória.

No Cristianismo, a fé é em Jesus Cristo, o Salvador, e através Dele, as pessoas podem encontrar redenção, perdão dos pecados e uma relação significativa com Deus.

Viver em Cristo implica em adotar os valores e princípios ensinados por ele, como amor, compaixão, perdão e serviço aos outros.

Vale ressaltar que essa é uma perspectiva de fé e espiritualidade, e diferentes pessoas podem interpretá-la de maneira única com base em suas experiências religiosas e visões de mundo. Além disso, as crenças religiosas podem variar entre diferentes tradições e denominações cristãs.

sábado, 16 de setembro de 2023

Húmus, Humildade, Umidade, Humor, Humanidade, Homo, Homem, Homo Cúmulus

“E por não haver umidade, secou” (Jesus)

"Humildade" está associada à ideia de não elevar a si mesmo acima dos outros, assim como a terra está no mesmo nível para todos. Humildade designa o ser de atitude proativa, ensinável, acolhedora, receptiva, bem-humorada, umedecida pela boa vontade; sendo assim, portanto, um ser ensinável; ou seja: humilde. Humildade também se conecta à mesma raiz de húmus, humor e úmido.

Segundo a sabedoria de Jesus na parábola do Semeador, as sementes que não vingaram foram as que caíram em terra seca, ou superficial, ou pedrada, ou mesmo saturadas de espinhos — que nascem em geral em lugares secos.

"Umidade" refere-se à presença de água ou líquido, que é essencial para a vida humana e, portanto, está relacionada à nossa condição terrestre. Umidade vem da mesma raiz de húmus, que designa o estado de adensamento de matéria orgânica carregada de fertilizantes naturais produzidos por minhocas e micro-organismos, deixando o chão fértil.

"Humor" tem seu vínculo com a mesma raiz filológica. Afinal, o que é humor senão uma atitude fértil, rica, cheia de húmus e de umidade e, portanto, aberta à vida — como o bom humor produz. Pode se referir ao estado emocional ou à disposição de uma pessoa, que também está relacionado à nossa natureza terrestre e emocional.

"Humanidade" se refere ao conjunto de todos os seres humanos e à qualidade do que é humano, conectando-se à nossa condição de seres terrestres.

"Homo" é uma palavra latina que significa "homem" ou "ser humano".

"Humano" está relacionado diretamente com nossa espécie e nossa condição terrestre.

Essa rede de palavras e conceitos mostra como a linguagem pode ser rica em conexões e como as palavras muitas vezes carregam significados que refletem nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. A raiz latina "húmus" realmente desempenha um papel fundamental na formação dessas palavras e na maneira como entendemos nossa humanidade e nossa relação com a terra.

A palavra designa aquilo que está afetado pela presença da água, especialmente em estado gasoso ou vaporizado.

Jesus disse na parábola do Semeador, em Marcos, que a semente que produziu foi aquela que caiu em terra com umidade; humorada por húmus e humildade.

Para que alguém aproveite o Evangelho, é necessário que nele haja umidade interior, o que denota a presença de húmus/humor, húmus/humildade — ou seja: tem-se que ter a atitude interior de uma terra rica, aberta, acolhedora, umedecida, bem-humorada para com a bondade de Deus. Sim, terra/coração humilde, e, portanto, ensinável e pronto para ficar prenho do sêmen do Evangelho.

Quem assim se oferece a Deus, ao Evangelho, à Palavra Semente da Vida, esse é boa terra; e em tal estado se manterá se não perder o húmus, o humor, a umidade, a humildade.
=
Sim, quem assim é e assim se mantém, dará fruto de crescimento no amor a 30%, a 60% e a 100%.

A palavra homem vem do latim húmus, referindo-se àquela camada orgânica do solo que a enriquece. De alguma forma, o homem é esse ser em potencial que nutre a vida de cores, de imaginação, símbolos e possibilidades.

Quando o homem deixa de ser húmus ele dá um golpe em sua própria condição fundamental. Ele procura galgar os degraus do poder e assediar os outros moralmente. Ele se torna assim, um ser truculento e amorfo. Não respira, não chora, não come, não ri e não se distrai. Ele vira uma outra espécie e torna-se o homo cúmulos.

Cúmulos vem do latim e significa aquele ponto alto, o clímax. Posição que muitos ambicionam. Ambição que resultou na mutação, o homo húmus deixou sua condição primeva e tornou-se uma subespécie. Perdeu a arte de ser modesto e sua familiaridade com o barro e o pó.

Certamente a modéstia é uma arte. Principalmente em um mundo onde todos querem se sobressair e “evoluir”. Afinal, quem correria o risco de ser excluído da cadeia alimentar?

Esse homo cúmulus é uma espécie estranha. Estranho a si mesmo e àquilo que é humano. Um ser desprovido de criatividade, de ideias e sonhos. Ele vive em um mundo sem arte, cor e sensibilidade. Ele está tão elevado em relação àqueles que o cercam, que vive só, uma espécie solitária. Ele se parece com aquele filho cujos pais não o permitem brincar na terra, pois temem que ele se suje ou contraia alguma moléstia.

O homo cúmulus é este bicho com hábitos pitorescos. Ele vive na esterilidade de uma redoma com ar-condicionado, um universo sobre-humano (ou seria desumano?) donde não quer sair. Ele perdeu o amor pela terra, perdeu o amor pelo verde e pela aventura, na verdade ele se perdeu. Criou sua selva e seu mundo, e não sabe mais de onde veio. Ele deixou de acreditar que além do azul do céu há alguma coisa ou alguém.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Muro de Jaspe

O muro de jaspe em Nova Jerusalém é uma lição de esperança, proteção, pureza, unidade e elevação espiritual. Ele nos convida a contemplar a beleza e a grandeza do divino, lembrando-nos de que, através da fé e da busca espiritual, podemos encontrar um refúgio seguro e uma conexão profunda com Deus. É uma promessa de que, no final, a luz da espiritualidade brilhará intensamente, guiando-nos em direção a uma Nova Jerusalém de paz e eternidade.

Ele é a chave para os mistérios dos propósitos anteriores a criação. Ele é guardado por anjos, ele envolve o bem mais precioso do universo, ele envolve, circunda o amanhã de um lugar onde só habitará a alegria e onde filhos e filhas festejarão a vitória contra a morte, a dor e a perda. Onde o pecado não possui espaço ou memorial, onde os demônios não entram e nem podem entrar, onde a essência dos homens é plena de luz. O muro se assemelha a um tecido que lembra um coração real, e o sangue que corre neles, de um vermelho vivo. O muro representa a vida de milhares que viveram e creram, que morreram e perseveraram.

É uma poderosa mensagem de esperança e beleza que transcende a compreensão humana. Lembra-nos que, apesar das adversidades e desafios que enfrentamos em nossa jornada terrena, há uma promessa de um lugar divino, onde a pureza, a paz e a harmonia são abundantes.

Essa parede de jaspe representa não apenas a solidez e a resistência, mas também a diversidade e a inclusão. Assim como o jaspe vem em diferentes cores e padrões, todos são bem-vindos em Nova Jerusalém, independentemente de suas diferenças. É um lembrete de que, no reino espiritual, a unidade prevalece, e a diversidade é celebrada.

A beleza do jaspe nos inspira a buscar a beleza espiritual em nossas vidas, a encontrar a pureza em nossos corações e a cultivar a fé que nos permite vislumbrar os mistérios divinos. É um chamado para olharmos além do mundo material e mundano e nos conectarmos com a espiritualidade que nos guia.

Esta passagem nos oferece esperança de um destino glorioso, onde todas as lutas serão recompensadas, todas as lágrimas serão enxugadas e todas as almas encontrarão a paz eterna.

O nome Jaspe vem do grego e significa pedra pontilhada ou manchada. Pela sua constituição, ela é porosa e isso facilita a intervenção com outros elementos. E estas intervenções ou mescla com outros elementos, que são chamadas de “impurezas” pelos meios tradicionais, são as que produzem a maior qualidade da pedra jaspe, tornando cada pedra única e muito diferente, pois geram cores, combinações e padrões muito variados. Por isso a grande variedade de jaspes que temos.

domingo, 10 de setembro de 2023

Perspectiva de Fé e Espiritualidade

A expressão "perspectiva de fé e espiritualidade" refere-se a como alguém percebe, interpreta e compreende questões relacionadas à fé, crenças religiosas e dimensões espirituais da vida. É a forma como uma pessoa vê e entende questões transcendentes, valores morais, significados profundos e conexões com algo maior do que o mundo material.

A fé está relacionada à confiança em algo que não pode ser empiricamente confirmado. Pode envolver a crença em uma proposta, princípios religiosos, ensinamentos espirituais e aspectos transcendentes da existência. A espiritualidade, por sua vez, refere-se à busca por um sentido mais profundo de propósito, conexão com o divino, autodescoberta e crescimento pessoal.

A expressão "perspectiva de fé e espiritualidade" reconhece a subjetividade e a diversidade nas maneiras como as pessoas abordam e compreendem os aspectos mais profundos da vida, transcendendo as fronteiras do conhecimento empiricamente observável.

A perspectiva de fé e espiritualidade é altamente individual e pode ser moldada por uma variedade de fatores.

Experiências Pessoais: As experiências de vida de uma pessoa desempenham um papel significativo na formação de sua perspectiva de fé e espiritualidade. Eventos, desafios e momentos de reflexão podem influenciar como alguém entende questões espirituais.

Visões de Mundo: As visões de mundo de uma pessoa, que incluem suas filosofias, valores e crenças em geral, realizadas como ela aborda a espiritualidade. Alguém com uma perspectiva mais orientada à ciência, por exemplo, pode abordar questões religiosas de maneira diferente de alguém com uma visão mais tradicional.

É um conceito mais amplo que engloba suas crenças, valores e perspectivas em todas as áreas da vida, não apenas como espirituais ou religiosas. Ela abrange sua compreensão da realidade, da existência, da natureza humana, da moralidade, da política, da ciência e muito mais. Sua visão de mundo é a lente através da qual você interpreta e entende todo o espectro da experiência humana.

Crenças Religiosas e Tradições: A afiliação religiosa de alguém que desempenha um papel importante em sua perspectiva de fé e espiritualidade. Diferentes religiões têm ensinamentos, rituais e tradições únicas que moldam como os seguidores entendem e vivenciam a espiritualidade.

Cultura e Sociedade: A cultura em que alguém cresce e as influências sociais ao redor também têm impacto. Normas culturais e sociais podem influenciar como as pessoas expressam e vivenciam sua fé e espiritualidade.

Evolução ao Longo do Tempo: A perspectiva de fé e espiritualidade de alguém pode evoluir ao longo da vida, à medida que eles ganham novas experiências, conhecimentos e insights. Mudanças na perspectiva podem ser influenciadas por eventos estáveis ou pelo crescimento pessoal.

Diversidade Dentro das Tradições: Mesmo dentro de uma única tradição religiosa, pode haver uma ampla gama de interpretações e práticas. Diferentes denominações, correntes de pensamento e líderes religiosos podem enfatizar aspectos distintos da espiritualidade.

No contexto das crenças cristãs, a diversidade é evidente em diferentes tradições, como o catolicismo, o protestantismo e a ortodoxia. Cada uma dessas tradições possui suas próprias interpretações de textos sagrados, práticas religiosas e abordagens à fé e espiritualidade.

Viver em Cristo: "Viver em Cristo é ter o melhor que existe na vida" é uma afirmação que reflete uma perspectiva religiosa, geralmente associada ao Cristianismo. Essa frase sugere que seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e manter uma conexão espiritual com ele pode levar a uma vida plena e satisfatória.

No Cristianismo, a crença é que Jesus Cristo é o Salvador e que através dele, as pessoas podem encontrar redenção, perdão dos pecados e uma relação significativa com Deus.

Viver em Cristo implica em adotar os valores e princípios ensinados por ele, como amor, compaixão, perdão e serviço aos outros.

Vale ressaltar que essa é uma perspectiva de fé e espiritualidade, e diferentes pessoas podem interpretá-la de maneira única com base em suas experiências religiosas e visões de mundo. Além disso, as crenças religiosas podem variar entre diferentes tradições e denominações cristãs.

sábado, 2 de setembro de 2023

O Nome Escrito na Eternidade

Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Os livros, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (Daniel 7:10), enquanto o Livro da Vida representa uma lista dos salvos (Daniel 12:1; Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 21:27).

Ainda existe o Livro da Vida. Há esperança, ou melhor, há segurança para os servos fiéis que não se prostraram diante da besta. Esta cena de julgamento diante do grande trono branco complementa a figura dos santos vitoriosos.

O "Livro da Vida" é um tema rico e significativo na teologia cristã, que inspira reflexões profundas sobre a fé, a salvação e a relação entre Deus e o ser humano. 

Imagine um livro divino, transcendente, belo e eterno, cujas páginas não são de papel, mas sim de graça e misericórdia. Este é o Livro da Vida, o registro celeste dos escolhidos, aquelas cujas vidas foram tocadas e transformadas pela fé em Jesus Cristo.

Há um livro atual, cujas páginas são feitas de eternidade, no qual cada alma humana encontra seu nome gravado desde a fundação do mundo. É o Livro da Vida, um testemunho da graça divina que transcende o tempo e o espaço.

Neste livro, cada página é única, cada nome é especial. Cada nome inscrito representa uma história de redenção, uma jornada espiritual, e uma aliança entre Deus e o indivíduo. Não é um livro de obras meritórias, mas um testemunho de fé viva que liga o ser humano ao seu Criador.

As páginas do Livro da Vida contam histórias de perdão, de cura, de transformação, e de graça abundante. Cada nome ali é uma testemunha de que a salvação é um dom divino, não obtida por esforços humanos, mas recebida com gratidão humilde.

Este livro não é estático; ele é dinâmico e vivo. Nomes podem ser acrescentados, assim como podem ser removidos. A remoção de um nome do Livro da Vida não é um ato impessoal, mas um lembrete solene de que a fé pode se perder, de que a escolha humana pode resultar no afastamento de Deus.

Mas há esperança. A promessa do Evangelho é que, quando alguém volta para Deus com fé sincera, seu nome pode ser escrito no Livro da Vida. Nesse momento, ocorre um ato divino de reconciliação, e a alegria celestial se manifesta.

O Livro da Vida é um lembrete de que a fé é a chave para a salvação, e que a relação entre Deus e o ser humano é pessoal e íntima. É uma lembrança de que a vida eterna não é uma recompensa por mérito, mas um presente da graça divina.

Nossos nomes foram escritos nas páginas desse livro muito antes de nossos olhos contemplarem a luz deste mundo. Antes que nossos passos tocassem a terra, Deus já nos conhecia intimamente, e nosso destino estava selado em Seu amor infindável.

Imagine o momento em que sua alma, recém-criada nos alicerces do universo, teve seu nome traçado por mãos divinas. Cada letra, cada sílaba, carregava o propósito de uma história única. Você foi escolhido para viver, amar, aprender e crescer.

Os dias se passaram, as estações mudaram, e a história se desdobrou. Em cada capítulo, houve altos e baixos, alegrias e tristezas. Houve momentos em que parecia que nossos nomes foram desvanecidos das páginas da graça, mas a promessa chegou.

Quando finalmente nos encontramos com a fé, nossos corações refletiram a voz daquele que nos chamou pelo nome desde o princípio dos tempos. No momento em que dissemos "sim" ao chamado divino, nossos nomes brilharam novamente nas páginas do Livro da Vida.

Nossa jornada espiritual é uma busca constante para viver à altura do nome que nos foi dado na eternidade. Cada dia é uma oportunidade de escrever nossa história com base na promessa de Deus, uma oportunidade de honrar o nome que carregamos.

No entanto, mesmo quando falhamos, quando nossas ações mancham as páginas, a graça persiste. Pois, como está escrito, “Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa” (Números 23:19). Ele permanece fiel à Sua promessa, e nossos nomes permanecem seguros em Suas mãos.

No final de todas as coisas, quando o tempo de lugar à eternidade, nossos nomes serão lidos em um julgamento divino, mas não para publicações, pois já fomos resgatados pela fé. Será um momento de celebração, de reunir-se com o Autor da vida e com todos aqueles cujos nomes também estão escritos no Livro da Vida.

Nossos nomes foram escritos na eternidade, e nossa jornada na terra é uma busca para viver de acordo com essa verdade. Cada dia é uma oportunidade de lembrar que somos amados desde o início dos tempos e que nossa história está entrelaçada com a graça infinita de Deus. Que esperamos viver nossas vidas em ação de graças por esse nome eterno que nos foi dado.

Enquanto contemplamos o Livro da Vida, somos convidados a refletir sobre nossas próprias vidas, nossas escolhas, nossas crenças. Será que nossos nomes estão escritos neste livro celeste? A resposta a essa pergunta não é encontrada em ações grandiosas, mas em um coração voltado para Deus em fé e humildade.

O Livro da Vida é, portanto, um convite à busca espiritual, à jornada da fé, e à confiança na promessa divina da vida eterna. É um lembrete de que, em meio às complexidades da vida, a simplicidade da fé é o caminho que nos leva à presença de Deus, onde nossos nomes podem ser escritos para a eternidade.

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