sexta-feira, 6 de outubro de 2023

O Trono de Safira

Nas alturas celestiais, onde a luz da majestade é inacessível, encontra-se o Trono de Safira. Este é o símbolo supremo da glória celestial, o epicentro da divindade. Mas a história que compartilharemos é uma jornada que transcende a grandiosidade celestial.

Era uma época de promessas, e o destino estava prestes a se cumprir. Das alturas dos céus, uma voz ecoou, e uma decisão foi tomada. O Todo-poderoso, revestido em esplendor celestial, escolheu descer à Terra, ao humilde local de Belém. A descida do Trono de Safira às profundezas da vida terrena, à Manjedoura de Belém, simbolizou um ato de amor e humildade.

Nessa jornada, a divindade experimentou a plenitude da condição humana. Em uma manjedoura simples, Ele, o Rei dos Céus, nasceu entre os homens. A majestade celeste se curvou à simplicidade da manjedoura, e a glória divina encontrou seu reflexo na estrela de Belém.

Deixando o esplendor de Sua Glória, o Trono de Safira desceu às profundezas da vida terrena. Do esplendor celestial à manjedoura de Belém é a história de como o divino se fez humano, de como a luz eterna iluminou a escuridão terrena. A Manjedoura de Belém se tornou um símbolo de redenção, um farol de esperança para toda a humanidade.

É uma história que transcende o tempo e o espaço, lembrando-nos do verdadeiro significado do Natal, onde a majestade celestial e a simplicidade da manjedoura se encontram, unindo a humanidade em um ato de amor e compaixão.

Êxodo 24 conta um episódio no qual Moisés, Arão e mais alguns do povo subiram até ao Senhor, para confirmarem a aliança que haviam feito. A partir do verso 10 diz: ‘e viram o Deus de Israel. Debaixo dos Seus pés havia como que uma calçada de pedra de safira que se parecia com o céu na sua claridade’.

Sobre o lugar onde viram Deus...

Ezequiel 1 abre com a solene declaração ‘… abriram-se os céus e eu vi visões de Deus’. O profeta declara que está a ser espectador de um lugar sagrado, onde o próprio Deus habita. Após uma extensa descrição do que vê, no verso 26 Ezequiel relata a visão nos seguintes termos:

‘por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como a aparência de uma safira; sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem, no alto sobre ele’.

Mais à frente, em Ezequiel 10:1 esta visão é confirmada: ‘olhei, e vi no firmamento que estava por cima da cabeça dos querubins, aparecer sobre eles uma como pedra de safira, semelhante em forma a um trono’.

Em Ezequiel 10:4, o profeta diz: ‘então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim e foi para a entrada da casa. Encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor’.

Quem é Aquele que habita acima dos querubins? Quem é Aquele que se assenta no trono dos céus? Se Ezequiel está a contemplar o céu e vê um trono, esse lugar não pode ser ocupado por alguém a não ser o próprio Deus, que enche o lugar da Sua presença com a Sua glória!

Percebe-se que o fundamento sob o qual assenta o lugar onde Deus estava era pavimentado a pedras de safira, o que é confirmado por Moisés ao reforçar que se assemelhava ao céu na sua claridade; Ezequiel também descreve esse lugar como sendo construído com safira.

Logo, depreendemos que o lugar onde Deus está, o Seu eterno trono, tem aspecto azul, proveniente da pedra de safira que recobre o chão desse espaço.

Assentado no trono, Deus não cede a pressão alguma. Porque quem trabalha no campo da urgência sempre é o homem.

Deus não trabalha no campo da urgência. Deus não perde o controle, não se desespera. Deus não é urgente, Deus está assentado no trono!

Estou gritando, arrancando os cabelos, quebrando os pratos, e Deus está assentado no trono recebendo adoração, como sempre esteve. O meu desespero não desespera Deus, a minha urgência não torna Deus urgente, mas o diabo pega para o meu desespero, olha para a minha vulnerabilidade, e usa pessoas, complôs, mentiras, para tentar trazer dissimulação, medo ou respostas mentirosas.

Vemos hoje nas igrejas os processos eclesiásticos cheios, cargas religiosas, ritualistas, pessoas querendo responder: não, não, Deus vai ter que responder!

Vamos para o monte, eu estou sentindo, é resposta, é manto, e é não sei o que! E vamos responder e vamos colocar o rosto no pó porque Deus vai falar; vamos lá, é na humilhação, igreja, vamos lá, Deus vai falar, e vamos ritual, e não sei o que, eu sou autoridade espiritual, eu sou sua cobertura, eu sou seu pai, eu não sei o que. Aí traz um engodo dentro da igreja, traz uma aparência de satisfação, pessoas lutando por respostas, que Deus está falando.

Não vou lhe dizer isso, não lhe compete saber isso, eu não tenho que lhe prestar um relatório, o meu compromisso é lhe dar vida, e vida em abundância e não lhe dar um manual da vida em abundância.

Deus está no trono! Você quer colocar a comida no micro-ondas e em trinta segundos está quentinha, ou você quer abrir o micro-ondas e entender fusível, fio, arame e lataria, cor da tinta. Não estou nem aí o que entender de micro-ondas, eu só quero que em trinta segundos a minha janta esteja quente!

Eu não tenho respostas, mas eu tenho um caminho, eu tenho direção daquele que está assentado no trono e governa o Universo. Eu não tenho respostas, mas eu tenho uma Verdade, eu tenho uma suficiência. Eu não tenho respostas, mas eu tenho Vida, eu tenho segurança. Eu não morro porque a minha vida está nas mãos de Deus. Eu não fracasso porque a minha vida está nas mãos de Deus. E se Ele não lhe responder, você vai se revoltar?

A etimologia da palavra Safira vem do grego "sappheiros" que significa "azul". Existem também outros derivados do nome, do latim "sapphirus" ou do hebraico "sappir", todos significando "azul".

A safira tem uma longa história, ligada a numerosas virtudes e crenças. A pedra azul é mencionada no Antigo Testamento, expressando que as Tábuas da Lei de Moisés inscreveram os pensamentos de Deus com Safiras. Assim, esta pedra adquiriu um simbolismo importante, nomeadamente entre os Gregos e os Romanos, que associavam a safira ao poder celeste e divino. Além disso, os reis e as rainhas estavam convencidos de que as safiras protegiam os seus proprietários da inveja e do mal. Entre os egípcios e os romanos, a safira era considerada uma pedra sagrada da verdade e da justiça.

Na religião cristã da Idade Média, o clero usava safiras para simbolizar a pureza divina, graças à sua cor semelhante à do céu. A gema era frequentemente usada como um anel na mão direita, a mão que dá as bênçãos, como símbolo da sua devoção e proximidade a Deus. Dizia-se também que a safira tinha o poder de preservar a castidade devido à sua proximidade com a Virgem Maria, de fazer a paz entre inimigos, de influenciar os espíritos e de revelar os segredos dos oráculos.

Uma lenda diz que um rei de Inglaterra chamado Eduardo, o Confessor, deu o seu anel a um mendigo que mais tarde se tornou um evangelista. Outra diz que a pedra Safira simbolizava a liberdade, e que se um prisioneiro estivesse na posse desta pedra, poderia escapar esfregando a Safira nos 4 lados da prisão.

A safira sempre foi associada à realeza e ao romance. De fato, a safira simboliza tradicionalmente a nobreza, a verdade, a sinceridade e a fidelidade. Esta associação foi reforçada em 1981, quando o Príncipe Charles da Grã-Bretanha presenteou Lady Diana Spencer com um anel de noivado de safira azul.

Até à sua morte, em 1997, a Princesa Diana encantou e cativou o mundo. O seu anel de safira associava os acontecimentos modernos à história e aos contos de fadas.

As safiras multicoloridas ganharam destaque na década de 1990, graças às descobertas na África Oriental e em Madagáscar. Estas novas descobertas aumentaram a disponibilidade de safiras multicoloridas.

A pedra Safira sempre fascinou o mundo e continua a fasciná-lo hoje em dia, seja no mundo da joalharia ou da litoterapia.

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