Nas eras antigas, quando o cosmos ainda estava em sua infância, um Reino de esplendor celestial brilhava nos confins do universo. Ali, Jesus, o Filho de Deus, resplandecia com uma glória que transcendia o entendimento humano. Sua presença era como um farol divino, iluminando o caminho da redenção que estava prestes a celebrar-se. Jesus possuía a glória divina, celestial, antes que o mundo existisse.
Contudo, nas sombras da existência, um véu de pecado obscureceu o elo entre a humanidade e esse Reino de luz. Um contraste entre a pureza representada pelo "Reino de luz" e as sombras que obscureceram a relação entre esse reino e a humanidade.
A entrada do pecado ocorreu quando Adão e Eva desobedeceram às instruções de Deus, consumindo o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse ato de desobediência é muitas vezes interpretado como a origem do pecado e a separação entre a humanidade e Deus. O "véu de pecado" representa essa barreira que se espalha entre a humanidade e a pureza divina.
Esse véu de pecado pode ser simbolizado por várias consequências da desobediência, como a consciência da nudez (simbolizando a consciência do pecado), o trabalho árduo, a dor no parto e a expulsão do Jardim do Éden. Esses eventos são considerados como introduzindo a humanidade em um estado de separação espiritual de Deus, onde o pecado se torna uma parte inerente da experiência humana.
Luz e sombras destacam o contraste entre a pureza divina e a escuridão do pecado. O pecado é frequentemente associado à ignorância, desobediência e afastamento de princípios morais e divinos. A busca pela redenção, então, muitas vezes envolve esforços para superar esse véu de pecado e restabelecer a conexão perdida com o "Reino de luz".
Então Deus, em Sua infinita misericórdia, traçou um plano grandioso. Ele amou o mundo de tal maneira que enviou Seu Filho amado, disposto a descer dos céus para cumprir uma missão que mudaria a história da humanidade.
Deus se fez carne ao tomar a forma humana de Jesus para se relacionar diretamente com a humanidade e para oferecer redenção, salvação e reconciliação.
A Encarnação é a demonstração por excelência do Amor de Deus para com os homens, já que nela é o próprio Deus que se entrega aos homens, fazendo-se participante da natureza humana, na unidade da pessoa.
Descendo do Reino celestial, o Filho de Deus adentrou a realidade terrena, revestindo-se da humanidade. Jesus não apenas ensinou e realizou milagres, mas também viveu uma vida humana, experimentando suas alegrias e dificuldades. Ele veio para restaurar o Reino Perdido, trazendo esperança e salvação a um mundo sombrio, doente, carente. Sua jornada seria repleta de lutas, batalhas épicas e um triunfo supremo.
O Pai lhe deu poder sobre toda a humanidade, para que dê a vida eterna a todos para que o conheçam como Deus verdadeiro e a Ele, o Filho, que enviou.
Com esse poder que o Pai lhe conferiu, caminhou entre os mortais com graça e poder. Curou os enfermos com um toque, ressuscitou mortos, transformou vidas com Suas palavras e desafiou as trevas que haviam se espalhado. Multidões se reuniram para testemunhar Suas maravilhas, e Seu nome ecoou como um trovão nas colinas e vales.
Quando Cristo, o príncipe da paz, encarnou-se como representante máximo do Pai, o Rei eterno, estendeu Seu reinado, absoluto no céu, à terra. Veio restabelecer de forma plena a lei de Deus, bem como reconquistar para o ser humano aquilo que havia perdido devido à entrada do pecado no mundo.
Mas a verdadeira batalha estava à frente. No ápice da história, Jesus enfrentou uma provação épica. Na cruz do Calvário, Ele se tornou o epicentro de uma luta cósmica entre o bem e o mal. Seu corpo dilacerado e Seu sangue derramado eram a oferta suprema de redenção. Foi um momento de agonia divina, um sacrifício que transcendia o tempo e o espaço.
Mas a morte não podia conter um ser tão divino. Ressuscitando entre os mortos, Jesus emergiu vitorioso, desafiando a morte e inaugurando uma nova era. Jesus restaurou o Reino perdido, onde a reconciliação com Deus é alcançada, a morte espiritual é vencida e a comunhão espiritual é restabelecida. Reino invisível, mas real, perceptível, abrindo uma estrada de reconciliação com Deus. A redenção estava completa, e a humanidade podia olhar para o céu com esperança renovada.
Os homens foram resgatados das trevas espirituais e trazidos para o Reino do Filho amado, que é caracterizado pelo amor de Deus. Hoje eles têm a redenção, ou seja, o perdão dos pecados.
Jesus glorificou Seu Pai na terra, tendo consumado a obra que lhe foi dado fazer. Dentro deste Reino, encontram redenção, que é representada pelo perdão dos pecados por meio do sacrifício de Cristo na cruz.
Desta forma, o Rei deste Reino resgatou a cidadania que havia sido manchada pelo pecado. Ele comprou a humanidade com Seu próprio sangue, selando a aliança da redenção, derramado no Calvário para a salvação e expiação dos pecados de todos. É a transformação espiritual que ocorre na vida dos cristãos quando eles aceitam a mensagem do evangelho e são libertos do poder das trevas e da condenação do pecado. Eles são transferidos para um novo domínio espiritual, o Reino de Deus, onde encontram redenção e reconciliação com Deus através do amor e sacrifício de Jesus Cristo.
A Redenção Celestial é uma história épica de amor e sofrimento, uma jornada que atravessa a eternidade e ressoa em cada coração que a escuta.
Hoje, a obra de Jesus continua a salvar, redimir e reconciliar. Sua obra, ecoa através das eras como um testemunho de que o amor divino pode superar todas as adversidades. Através dessa obra, a humanidade encontra a promessa da redenção, da reconciliação e do retorno ao Reino celestial de luz e glória.
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