terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mordomia Cristã

O desenvolvimento da Igreja do senhor Jesus Cristo neste mundo depende muito da responsabilidade assumida pelos servos em cuidar, trabalhar e contribuir para com este maior projeto de todos os tempos que é o reino de Deus.
O senhor confiou talentos a todos nós. Săo dons caríssimos para ele que espera venhamos aumentá-los.
Chamamos de MORDOMIA a administraçăo dos negócios que nos foram confiados e, portanto implica numa prestaçăo de contas futuramente. A nossa área de responsabilidade é abrangente. Começa pela vida pessoal, tais como: O corpo, a mente, o tempo e o dinheiro. Na parte espiritual, a nossa mordomia trata da oraçăo, do evangelismo, dos dons espirituais, do dízimo, das ofertas, etc.
Jesus de Nazaré ensinou mordomia. Ele utilizou termos: "mordomos", "mordomia", "administrar", muitas vezes em seus ensinos com o propósito de enfatizar o privilégio e a responsabilidade do homem em relaçăo para com Deus. Em suas parábolas, Ele utilizou com freqüęncia a idéia de mordomo para descrever a relaçăo entre Criador e a sua criaçăo.
Para que melhor possamos entender o significado dessa funçăo, vamos conhecer mais Elizeu, servo de Abraăo (Gn 24.2), o homem que recebeu a difícil missăo de buscar uma esposa para o filho do seu senhor, Isaque. Sabemos, porém, que ele desincumbiu-se desta tarefa com grande sabedoria, de modo a alegrar o coraçăo do senhor. José e outro exemplo descrito em Gn 39.4-6.
As palavras: Despenseiros e administradores, estăo bem relacionadas com a palavra mordomo ( I Co 4.1,2; 9.17).
CONCEITOS DE MORDOMIA
O mundo do comércio e da indústria emprega largamente os princípios administrativos que săo encontrados na Bíblia. Todos os que trabalham fora de casa tem ao menos um ligeiro conhecimento deles e do seu funcionamento. Há tręs agentes no processo administrativo: O dono ou o proprietário; o administrador ou gerente; e os bens - os negócios, os produtos, os serviços. Há tręs áreas de relacionamento entre o proprietário e os seus bens, o relacionamento entre o dono e o seu administrador ( um relacionamento mútuo ) e o relacionamento entre o administrador e os bens do proprietário. Podemos assim visualizar estes relacionamentos:
O PROPRIETÁRIO
Deus é o criador e sustentador do Universo. Lemos em Sl 24.1: " Do Senhor é a Terra e a sua plenitude; o mundo e os que nele habitam". Ele tem um plano-mestre para Sua criaçăo que ainda está para ser revelado em sua totalidade. Lemos em Rm 8.19-21: "Porque a criaçăo aguarda com ardente expectativa a revelaçăo dos filhos de Deus... na esperança de que também a própria criaçăo há de ser liberta do cativeiro da corrupçăo para a liberdade da glória dos filhos de Deus".
Deus colocou o homem neste mundo para tomar conta de toda a Sua criaçăo (Gn 1.26) Deus criou o homem para ser o administrador hábil, responsável diante dEle por essa administraçăo. Criou-o também com a capacidade de desfrutar comunhăo com Ele. Ao ler Gn 3.8, entendemos que era costume o homem e Deus viverem em comunhăo no Jardim do Éden.
O homem foi criado com propósito de preencher uma lacuna na criaçăo de Deus: O homem seria um servo de Deus com capacidade intelectual, emocional, física e espiritual para, conforme a sua própria vontade, escolher, adorar, amar e servir a Deus (Dt 10.12)
O ADMINISTRADOR
O homem é o administrador responsável do que é e tem e do que pode chegar a ser ou ter. Ao homem, pois cabe um relacionamento administrativo duplo. Primeiro, com seu Deus e em segundo, com o mundo criado por Deus, isto é, com os bens que a Deus pertencem e que ele administra. O relacionamento com o mundo criado por este mesmo Deus. Este homem, esta mulher, esta família, entende que o mordomo que agrada ao seu Mestre e o mordomo fiel. Aos evangélicos, isto demanda reconhecimento de que a vida é importante e o que possuímos deve ser usado de forma sabia.
CREDENCIAIS DOS MORDOMOS
Deus nos tem feito mordomos de Sua casa. Assim, deveremos preencher as credenciais exigidas, que săo
CAPACIDADE
O crente deve procurar enriquecer sua vida com a plenitude do Espírito Santo, que produzira frutos espirituais, e assim alcançarmos a capacidade que Deus requer de nós para o desenvolvimento de Sua obra
RESPONSABILIDADE
Pode-se ter a capacidade e, no entanto, revelar-se displicente ao executá-la. O cristăo responsável năo se esconde nas horas difíceis e complicadas, ao contrario, procura os lugares de maior açăo, onde está a luta mais acesa.
FIDELIDADE
"O que se requer dos despenseiros é que cada um seja achado fiel". O mordomo do Senhor e fiel na sua administraçăo correspondendo a confiança nele depositada. Se o preço da fidelidade é alto, de alto valor também será o pręmio. O Senhor diz: "Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10).
PRIVILÉGIOS DOS MORDOMOS
Săo grandes os privilégios dos mordomos, tais como:
CONFIANÇA DE DEUS
Ele confiou a Moisés a tarefa de libertar o povo do Egito e conduzi-lo ŕ terra de Canaă. A Davi, para reinar sobre o Seu povo. Imaginem que fomos transformados pela graça do Senhor e agora somos pessoas de Sua confiança.
SER USADO COMO INSTRUMENTO DIVINO
Outrora servos do mal, e agora servimos ao Senhor, realizando obras do poder (Jo 14.12) divino, testemunhando (At 1.8) e trabalhando na edificaçăo do Reino de Deus.
OPORTUNIDADES PARA ADQUIRIMOS GALARDŐES
O mordomo que for fiel e desenvolver com sabedoria os talentos que Deus lhe tem confiado, por certo recebera a sua devida recompensa (Mt 25.14-29).
A MORDOMIA CRISTA EXIGE PRESTAÇĂO DE CONTAS
Em Lucas 16.2 Deus pede: "da conta da tua mordomia". Este será o dia do ajuste de contas. Todos os salvos hăo de comparecer diante de Cristo para que sejam julgadas suas obras como esta escrito em 2 Co 5.10; Lc 12.48. Portanto antes de pedirmos mais, devemos buscar em Deus sabedoria e esforçarmos ao máximo para administrar bem o que já temos.
A EXTENSĂO DA NOSSA MORDOMIA:
O corpo: O nosso corpo é templo do Espirito Santo e o mesmo deve ser conservado santo e agradável a Deus. (I Co 6.18-20) Somos também vasos de barro (2 Tm 2.20-21). Isto mostra a fragilidade do nosso corpo, como também a sua importância na obra de Deus.
A mente: O intelecto é a faculdade da alma que capacita o ser humano a pensar, raciocinar, decidir, julgar e reconhecer. Diretamente ligadas ao intelecto estăo a imaginaçăo, a memória e a razăo. Estas faculdades precisam ser administradas com zelo e temor de Deus, caso contrario torna-se agęncia de satanás contra o reino de Deus. A nossa mente e um território que o diabo procura dominar a fim de corromper todo o corpo. O cristăo deve saber que a sua mente sob o governo de Deus dará segurança e gozo. Deus atua sobre a nossa mente através da açăo do Espirito Santo, (Jo 16.13-15). É através da leitura diária da Bíblia e da oraçăo que o Espírito Santo age, limpando nossa mente.
Oportunidades. O Senhor está sempre nos dando oportunidades para testemunharmos de Cristo, crescermos espiritualmente, etc. É preciso que tenhamos visăo espiritual para que vejamos, mesmo nas coisas pequenas da vida, oportunidades para o desenvolvimento dos talentos que Deus nos tem confiado.
Dinheiro O dinheiro está intimamente ligado a nossa vida material, precisamos administrar bem sua aquisiçăo, posse e utilizaçăo correta. O dinheiro é de vital importância para o sustento pessoal e também para o estabelecimento, manutençăo e expansăo da obra de Deus na terra. A bíblia ensina que: "O AMOR DO DINHEIRO é a raiz de toda espécie de males" (I Tm 6.10). Năo o "Dinheiro". Năo devemos porém, colocar o dinheiro acima de todas as outras coisas na vida, isso é mau e perigoso.
O tempo Todos tem uma mordomia do tempo a cumprir, sejam pobres ou ricos. Deus nos tem dado a vida e a vida e feita de tempo. O crente deve valorizar o seu tempo năo permitindo que coisas fúteis e indignas ocupem suas vidas. Deus é o senhor do tempo, e a sua administraçăo se torna para nós a administraçăo do tempo de Deus. (At 17.26). Planeje bem o seu tempo.
A vida A vida é o bem supremo, a dádiva suprema do criador ao ser humano. O princípio original da vida é Deus. (Jo 1.4). Uma vez concedida a mesma passa a ser propriedade do ser humano. A vida é mais que o alimento (Mt 6.25) é mais que todas as riquezas que alguém possa ter (Lc 12.15).

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