A compreensão da ressurreição de Jesus, de acordo com a narrativa cristã, é vista como um evento único, central e específico na fé cristã que possui significados teológicos e escatológicos profundos, enquanto a ressurreição dos mortos é associada ao cumprimento final dos propósitos divinos para a história.
A ressurreição de Jesus não é equiparada à ressurreição de todos os seres humanos, que é uma postura central na esperança cristã futura.
A convicção na ressurreição dos mortos está associada à esperança cristã na vida eterna e à consumação do Reino de Deus. A ideia é que, ao final dos tempos, todos os seres humanos experimentarão a ressurreição, e haverá um julgamento final. Então, a ressurreição de Jesus é vista como um evento precursor e antecipação desse futuro evento universal. Enquanto a ressurreição de Jesus é um testemunho específico da ação de Deus na história, a ressurreição de todos está vinculada à escatologia cristã e ao cumprimento final do plano divino.
Sinal da Nova Criação: A ressurreição de Jesus é vista como o início de uma nova criação. Ela representa a inauguração de um novo tempo na história da salvação, antecipando a ressurreição futura de todos os cristãos e a restauração completa da criação. A ressurreição dos mortos é frequentemente associada à ideia de uma nova criação. Isso não se refere apenas à ressurreição física, mas à restauração completa da criação, onde o mundo será renovado e transformado.
Revelação da Identidade de Jesus: A ressurreição autentica a identidade de Jesus como o Filho de Deus e o Messias. Ela é uma confirmação divina de sua obra redentora na cruz e sua autoridade sobre a vida e a morte. É uma manifestação do poder de Deus sobre a morte, revelando seu controle supremo sobre todas as coisas.
Julgamento Final: A ressurreição geral está associada ao julgamento final. Na teologia cristã, esse julgamento ocorrerá quando Jesus retornar para avaliar a vida de cada pessoa. A ressurreição dos mortos é entendida como parte desse evento final, quando todos serão julgados e receberão sua recompensa ou punição.
Harmonização com a Escatologia Cristã: A espera pela ressurreição geral está em consonância com a escatologia cristã, que abrange eventos futuros relacionados ao fim dos tempos, como a segunda vinda de Cristo, o juízo final e a inauguração do Reino de Deus em sua plenitude.
A ressurreição dos mortos é vista como parte integrante do cumprimento final dos propósitos divinos. Enquanto a ressurreição de Jesus é vista como um evento único que antecipa e assegura a ressurreição geral, esta última é adiada até o momento em que todos os eventos escatológicos previstos na teologia cristã serão consumados.
Esta é uma história real de um Deus que, ao lidar com a humanidade, transforma impossibilidades em realidades, cumprindo Suas promessas além de qualquer expectativa, que continua a ser escrita, à medida que confiamos na sua fidelidade para cumprir cada promessa em nossas próprias vidas. História de redenção, um presente não merecido, livrando os homens do julgamento divino e da condenação eterna. A morte de Jesus foi um pagamento completo e suficiente para nosso perdão e reconciliação, e sua ressurreição é a prova da plena eficácia da sua obra expiatória. Sua morte não foi em vão; Ele ressuscitou, validando a obra realizada, assegurando nosso perdão diante de Deus.
A morte de Jesus, longe de ser um acaso, é parte de um plano divino, onde Deus entregou Seu próprio Filho para lidar com nossas transgressões, tratadas com seriedade, e condenadas; mas, a sua misericórdia nos redimiu pela sua morte, substitutiva, providenciada, para que não enfrentássemos a execução pelos nossos pecados. Ele é o Deus que ressuscitou Jesus para nossa absolvição.
Nessa narrativa única, Deus ressuscitou Jesus dos mortos, após três dias, devolvendo-o, trazendo à vida aquele que havia experimentado a mortalidade, elevando-o como Senhor do universo. Criador de todas as coisas, capaz também de ressuscitar os mortos e realizar feitos que desafiam a lógica humana. Chamou à existência aquilo que parecia impossível, Isaac, de um ventre estéril, cujo nascimento surpreendente foi um testemunho do seu poder criativo.
Nossa confiança deve estar em Deus, aquele que cumpre promessas que ultrapassam os limites do impossível. Confiamos naquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos. Confiamos naquele que chama à existência as coisas que não existem: o poder para gerar Isaac, de um ventre estéril de uma mulher com 90 anos de idade e seu marido, Abraão, quando tinha 100.
O fato de colocar a ressurreição de Jesus em primeiro lugar é que ela se une com o poder que fez Isaac nascer. Isso era impossível. Mas foi o que tornou a fé do patriarca Abraão, exemplar: ele creu naquele que ressuscitou dentre os mortos, e que vivifica os mortos.
A fé que é considerada para o perdão é a mesma fé em Deus que ressuscita os mortos; é a fé naquele que opera um poder inconcebível. Ele ressuscita mortos, Ele faz aquilo que as pessoas dizem que não pode ser feito. Deus pode cumprir toda promessa. Portanto, confiamos nele. Ele é o Deus que ressuscitou a Jesus “pela nossa absolvição”.
A morte de Jesus Cristo ocorreu pelo desígnio de Deus. Deus planejou sua morte. Ele não morreu simplesmente. Ele foi entregue à morte por Deus. Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou. E o desígnio teve um propósito: “Pelas nossas transgressões”. O desígnio de Deus foi lidar com nossas transgressões. Ele quis prover uma morte substituta para que não precisássemos morrer pelas nossas transgressões. E a única morte que poderia fazê-lo seria a morte de seu Filho.
Nossas transgressões não são varridas para debaixo do tapete. Não são ignoradas. São condenadas. Acarretam uma execução. Mas não a nossa. A de seu Filho, Jesus. Assim, somos redimidos pela sua morte, ou seja, somos salvos de nossos pecados. Somos libertos da condenação do inferno. Salvos do julgamento de Deus. E toda essa redenção não a merecemos. Merecemos morrer e ir para o inferno e suportar o julgamento de Deus.
Mas esta é uma redenção misericordiosa. Este é o Deus em quem confiamos para sermos perdoados — o Deus que realiza uma redenção misericordiosa. Ele designou nos salvar de nossas transgressões através da morte de seu Filho.
Quando Jesus morreu pelas nossas transgressões, um pagamento total e suficiente foi realizado para o nosso perdão e reconciliação. Trata-se de ser considerado livre de culpa ou pecado. Portanto, seria injusto ter deixado Jesus na sepultura, visto que Ele pagou totalmente por nossos pecados. Assim, Deus o ressuscitou dentre os mortos para vindicar a expiação e a obediência de Jesus.
A ressurreição de Jesus foi uma confirmação do que Ele realizou em sua morte e foi perfeitamente bem-sucedido. A compra de nossa reconciliação, ou seja, quando Jesus morreu e derramou seu sangue pelas nossas transgressões, expiou os pecados que o matou. Uma vez que esses pecados agora são cobertos e pagos, não há razão para que Jesus permaneça morto. Sua morte foi somente para pagar por nossos pecados. Quando eles foram perfeitamente pagos, não há mais obrigatoriedade de sua morte. Seria injusto mantê-lo no túmulo. Ele não poderia ficar mais ali, porquanto não era possível que Ele fosse retido pela morte.
Numa confiança profunda naquele que opera um poder insondável, lançamo-nos ao mistério de Deus, o autor de uma história extraordinária que transcende a realidade que conhecemos.
Cumprimento das Escrituras: A ressurreição de Jesus é entendida como o cumprimento de profecias do Antigo Testamento, e ela ocorre de acordo com o plano divino para a redenção da humanidade. Ela é vista como um ponto culminante na história da salvação, mas a consumação final desse plano divino está ligada ao fim dos tempos. A história da salvação, na visão cristã, ainda está em andamento, e o retorno de Jesus e a ressurreição dos mortos são eventos esperados que marcarão o encerramento dessa história.
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