quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Às violetas, Açucenas e Dálias

Sei como vivem os corações das esposas solitárias. Sentem-se como o salmista descreve no Sl. 102. 3-7: “Esvaem-se os meus dias como fumaça; meus ossos queimam como brasas vivas. Como a relva ressequida está o meu coração; esqueço até de comer! De tanto gemer estou reduzido a pele e osso. Sou como a coruja no deserto, como uma coruja entre as ruínas.
Não consigo dormir; pareço um pássaro solitário no telhado”.
Tenho conhecido muitas esposas solitárias e uma característica da maioria delas é o próprio abandono. Abandonam-se a si mesmas, desanimam de lutar e perdem a esperança de uma vida conjugal mais satisfatória. Por isso adoecem.
À primeira vista pode parecer que se conformam, mas o que realmente acontece é que elas desesperam (des-esperam, deixam de esperar).
Às esposas abandonadas quero alertar para que não façam isto. Se seu marido não se faz presente em sua vida isto não quer dizer que ela perde o sentido ou significado, pois o sentido da nossa vida se dá em Cristo e o significado dela na missão dada por Deus a cada um de nós.
Além do mais, o Senhor Jesus nos ordena que amemos o nosso próximo, mas faz uma comparação maravilhosa: como a nós mesmos (Mateus 22.39).
Gostaria de lhe dizer para continuar a amar seu esposo; entretanto, jamais esqueça de amar-se a si mesma. Goste de seu marido, mas goste também de você mesma.
Cuide de seu marido como uma boa esposa, mas não deixe de cuidar de si mesma.
Conheço uma mulher incrível, que conheceu a Jesus depois de casada.
Vou chamá-la de Margarida. Seu marido jamais se converteu e, ao longo dos mais de 30 anos de casados, lhe causou muitas mágoas. Não saía com ela, implicava com a igreja, jamais foi carinhoso e foi-lhe infiel.
Apesar de tudo isto ela não perdeu a alegria de viver. Levou seus filhos à igreja e para passear; trabalhou em casa para ganhar seu dinheirinho e conservou amigas com quem podia conversar.
Manteve-se fiel ao marido, aos seus papéis como mulher casada e a Deus.
Atualmente ela comemora seu aniversário mesmo que seja sozinha e gosta demais de passear. Às vezes ele vai com ela e muitas vezes ela vai com uma amiga querida. Belo exemplo o da Margarida.
Aos maridos Paulo ensina que amem e cuidem de suas esposas – Efésios 5.25-31. Tão antigo, conhecido e mencionado texto – quem dera, por todos, fosse praticado! A eles cabe a Deus julgar.
Se o marido não cumpre com suas obrigações conjugais, às suas esposas cabe cuidar e amar a si mesma a fim de manter um mínimo possível de saúde emocional e psicológica.
É claro que ninguém poderá ocupar o lugar de um marido ou preencher a lacuna emocional que ele não supre, entretanto, é possível amenizar o impacto deste vazio. Como?!
Com a atenção e o carinho dos filhos e parentes. Com o apoio e amizade de amigas sérias e confiáveis. A necessidade de realização através do trabalho secular, na igreja ou voluntariado – há milhares de crianças e idosos em lares e abrigos precisando de atenção e carinho.
Sim, há muitas coisas que essas mulheres podem e devem fazer por si mesmas, além de adoecer: gostaria de ganhar flores? Compre para si mesma. A cada dia, faça algo que a deixe feliz.
Não perca tempo sentindo pena de si mesma. Se não pode mudar uma situação, mude sua atitude para com ela. Dedique tempo para seu desenvolvimento espiritual. Quando coisas negativas acontecerem, reja de modo positivo.Procure sempre sorrir. É você que tem de dar valor a si mesma, pois é única para Deus, amada aos olhos do Pai.


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