“... se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e há de sair.”Mateus17: 20.
Somos um elemento entre o macro e o microcosmos. Entre as nebulosas, gigantescas galáxias e os milhões de estrelas ao minúsculo átomo, e nas pequenas partículas de elétrons e prótons e quarks; conceitos da física quântica.
Em algum ponto estamos nós. Aqui se apercebe um contraste gigantesco. Uma dúvida emerge em nosso fraco entendimento. O que somos nesse universo? Ora somos gigantes, ora somos minúsculos, o pior é que de uma forma ilusória nós damos a interpretação do tamanho que quisermos a essa breve vida terrena, dependente da arrogância ou da humildade de cada um.
Para muitos a vida é imensa, para outros ela se torna estafante e depressiva, depende do ponto de vista de cada um. Nossa história é muito curta, pois nosso tempo de vida é pequeno se comparado com a eternidade.
Nesse universo complexo de multi-coisas criadas, aos quais estamos inseridos, nesse contexto entre o macro e o microcosmos só há uma forma de compreender os propósitos para viver uma vida com qualidade. A Bíblia diz que a única maneira de dimensionarmos isso é aceitar pela fé o fato de que Deus está no controle de todas as coisas, e Seus propósitos são maiores que a nossa vida.
Observe a metáfora que Jesus se utiliza para explicar a fé criativa. “... se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e há de passar.” Mateus 17:20. Por um lado um grão, de mostarda simbolizado pela fé, por outro lado o monte, representando algo a ser removido.
Vejam que coisa diminuta que é um grão de mostarda e veja que coisa imensurável comparada a ele, uma montanha. Um universo que se define entre o micro e o macrocosmos. A pergunta inquietante é: Como, com tão pouco eu consigo tanto?
Nessa analogia entre o grão da mostarda e a montanha, Jesus diz que eu devo construir meu relacionamento com Deus através da fé, não me baseando em coisas grandes, imensuráveis, mas numa coisa minúscula, comparada a um grão de mostarda.
Portanto a fé representada na parábola pelo grão de mostarda é a confiança que devemos ter em Deus como providencia para nos guiar e orientar na nossa efêmera vida terrena; isso tem uma explicação simples, exemplificado pelas dimensões de um grão de mostarda. Quando assim acontecer, a fé será tão poderosa que poderá remover os montes.
Pegue um grão de mostarda e estude os detalhes através de uma lente microscopica e verá que ele é de perfeito entendimento, não se exige muito conhecimento técnico para compreendê-la. Um grão de mostarda é diminuto e de fácil compreensão. Qualquer criança pode ter esse conhecimento.
Mas essencialmente, esse “grão de mostarda” tem o potencial da vida dentro dele, que germinará se o adequarmos às condições ideais para que cresça. É claro que Jesus nos ensina algo muito precioso que não deve passar despercebido. Não se trata de uma causa e efeito, ou seja, um simples grão de mostarda removendo um monte; a desproporção é imensa e não é isso que se refere.
Jesus não quer que os homens mudem a geografia fisica da terra. O que devemos aprender é que um grão de mostarda, literalmente, não pode remover um monte, mas a lição que se subtrai, é que pode conectar o poder de Deus.
Essa parábola ensina que uma causa humana pode provocar uma reação divina e desencadear o processo da remoção dos “montes”. Não é um processo de causa e efeito, mas sim um processo de uma causa humana que pode provocar um efeito divino. A fé é uma graça divina, e atua de forma subjetiva, pois é dom de Deus, portanto ela não é apenas atuante, mas desencadeante.
É quando o micro assume o macro, ou seja, a fé liga ao imensurável, ela abre as mãos de Deus como se O constrangêssemos a dar-nos o que lhe pedimos. O micro interagindo no macro, como um pequeno interruptor acionasse a luz numa sala; um aperto de um gatilho disparasse um tiro. “Igualmente “se eu uso um “grão” de fé removo um” monte” de obstáculos. O diminuto interagindo no imensurável. A conversão de Zaqueu; de ladrão a santo; da mulher do fluxo de sangue a libertação total. “Vai mulher, tua fé te salvou”; de o diminuto ser nesse laptop, nessa hora da madrugada, a filho de Deus pelo novo nascimento pela fé de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quero a fé no formato do grão de mostarda. O finito alcançando o imensurável, somente assim poderemos assimilar as verdades do evangelho e remover as montanhas que impedem de construir um relacionamento correto com Deus e com as pessoas em nosso derredor.
“A parábola do grão da mostarda ensina o processo de uma causa humana que pode provocar um efeito divino.”
Pedro Almeida
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