Desde a eternidade, Deus queria habitar com os homens para sempre, e assim foi também no Jardim do Éden quando Ele vivia com Adão e Eva. O reconhecimento do amor de Deus pela criação e pelo homem culmina precisamente com a Sua vinda ao mundo.
O Verbo de Deus assumiu a humanidade para sempre. Ele não apenas “foi 100% homem”, mas Ele ainda “é 100% homem”, e assim permanecerá para todo sempre. Sim, Jesus será um homem para sempre. Quando ressuscitou, foi corporalmente levantado dos mortos. Ele ainda tem um corpo, e o terá por toda a eternidade. Nada nas Escrituras Sagradas afirmam que Ele deixará de ser um homem.
Que tremendo acontecimento do Filho de Deus entrar no céu como Homem glorificado e precursor dos cristãos! Uma das doutrinas bíblicas menos conhecidas diz respeito a Jesus estar no céu agora como um homem.
O primeiro homem que entra no céu, porque Jesus é homem, verdadeiramente homem, Ele é Deus, verdadeiro Deus, e a nossa carne está no céu, isso nos dá alegria. À direita do Pai já está assentado um corpo humano, o corpo de Jesus, e neste mistério cada um de nós contempla o próprio destino futuro.
O Filho de Deus, Jesus, ainda é humano e tem um corpo humano no céu agora. No entanto, o Seu corpo é diferente. A carne humana terrena é perecível, mas os corpos celestes são imperecíveis (1 Cor. 15:50). Jesus tem um corpo físico, com uma diferença: o Seu corpo ressuscitado é projetado com a eternidade em vista.
Ele sempre será o Deus-Homem, sacrificado por nós. Jesus, o Criador do universo, Se inclinará para sempre em nosso nível, e será conhecido por nós no céu, em uma forma tangível que podemos ver, ouvir e tocar (Ap. 21:3-4; 22:4).
Jesus trocou as condições da vida na terra pelas condições da vida celestial. Se na encarnação precisou renunciar Seus privilégios no céu para assumir as implicações de uma vida humana na terra, na ascensão ao céu, Ele assumiu de forma gloriosa Sua posição no trono do universo:
“E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo. 17:5).
Na verdade, o significado principal da ascensão diz respeito à verdade de que agora Jesus está coroado como o Rei dos reis. Ele deixou para trás toda humilhação, sofrimento e dor que experimentou nesta terra, para estar junto do Pai exaltado para sempre no meio dos louvores dos anjos e da Igreja.
Depois de ressuscitado, Jesus apareceu entre os discípulos. E, ao verem-no ficaram surpresos e “acharam estar vendo um espírito”.
Ao Jesus voltar (Jo. 14:1-3; Ap. 22:20) seremos transformados e estaremos com Ele “em nosso próprio corpo”. Isto pode ser aprendido em Lc. 24:36-43. Depois de ressuscitado, Jesus apareceu entre os discípulos. E, ao verem-no ficaram surpresos e “acharam estar vendo um espírito”. Mas Jesus disse: “Por que estais perturbados? E porque sobem dúvidas ao vosso coração? Vede minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo: apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”.
Ao dizer isto, o Senhor lhes mostrou as mãos e os pés, para eles verem que o Salvador era de carne e ossos. E, por não acreditarem ainda, pediu algo para comer. Os discípulos lhe apresentaram um pedaço de peixe e um favo de mel e Ele comeu na presença deles!
Sendo Jesus o “primogênito dos mortos” (Apocalipse 1:5), ou seja, o primeiro em importância, a ressurreição Dele serve de modelo para a ressurreição de todos os cristãos. O cristão terá um corpo celestial como o "corpo glorioso" de Jesus (Fp 3:21); o corpo do cristão será uma imagem do corpo de Cristo (I Cor.15, 49). Assim como Jesus subiu para o céu com um corpo glorificado, também teremos um corpo glorificado (Fp. 3:20, 21) para que possamos ter uma vida normal no paraíso, onde poderemos tocar as pessoas que amamos e até nos alimentarmos. Em Mt. 26:29 Jesus diz aos discípulos que “não beberia mais do fruto da videira até aquele dia em que iria beber novamente com eles no reino de Deus”.
Vemos claramente que no céu seremos pessoas “reais”, e não “espíritos desencarnados”. Teremos corpos transformados à imagem do corpo glorioso de Jesus (Fp. 3:20-21; 1 Cor. 15:51-53).
Você já pensou o quanto seria ruim se, ao ir para lá, você abraçasse um ente querido e seus braços “cruzassem” o “espírito” da pessoa que tanto gosta? A vida seria muito triste! Demos graças a Jesus por Seus planos para nós serem muito melhores do que aqueles apresentados pelo espiritualismo. Vejamos outro verso: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mt. 8:11).
Se iremos conhecer no céu Abraão, Isaque e Jacó, é mais do que óbvio que reconheceremos nossos queridos! Esses fatos (tomar suco de uva e sentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó) ensinam que no céu iremos nos alimentar – evidência clara de que seremos seres reais e não “espíritos”. Além disso, a Bíblia diz que comeremos da árvore da vida (Ap. 22:2).
Outro fato que nos leva a concluir que no céu seremos conhecidos é o de que Jesus, após a ressurreição Dele, foi conhecido. Nós seremos transformados por Deus (nosso corpo mortal se revestirá da imortalidade – I Cor. 15:51-53), mas, nossa individualidade e personalidade serão preservadas. Para Deus não haveria graça alguma se nós não fôssemos nós mesmos. Ele nos ama do modo como somos.
Ao morrer, o Seu corpo morreu e três dias mais tarde ressuscitou sem ter experimentado a corrupção ou degradação no corpo. O túmulo estava vazio indicando que era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, porém agora feito de um material ou substância tangível completamente diferente do corpo humano terreno. Jesus se apresentou aos discípulos quando estes estavam com as portas fechadas, indicando que nesse corpo Ele era capaz até de atravessar paredes.
Jesus ressuscitado estabelece com seus discípulos relações diretas, em que estes o apalpam e com Ele comem. Convida-os, com isso, a reconhecer que Ele não é um espírito, mas sobretudo a constatar que o corpo ressuscitado com o qual Ele se apresenta a eles é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois ainda traz as marcas de sua paixão. Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso: não está mais situado no espaço e no tempo, mas pode tornar-se presente a seu modo, onde e quando quiser, pois, Sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai.
Por esta razão também Jesus ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quiser: sob a aparência de um jardineiro (Mc 16,12), ou de outra forma diferente das que eram familiares aos discípulos, e isto precisamente para suscitar-lhes a fé.
A ressurreição de Jesus não constituiu uma volta à vida terrestre, como foi o caso das ressurreições que Ele havia realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos miraculosos, mas as pessoas contempladas pelos milagres voltavam simplesmente à vida terrestre “ordinária” pelo poder de Jesus. Em determinado momento, voltariam a morrer.
A ressurreição de Jesus é essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de morte para outra vida, para além do tempo e do espaço. Na Ressurreição, o corpo de Jesus é repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado de Sua glória, de modo que o apóstolo Paulo pode chamar a Jesus de o Homem Celestial.
Jesus tomará nosso frágil corpo mortal e o transformará num corpo glorioso como o Dele, usando o mesmo poder com o qual submeterá todas as coisas a Seu domínio. Fp. 3:21.
A ressurreição de Jesus foi um ato envolvendo as três Pessoas da Trindade. Não foi apenas uma ressuscitação do Seu corpo morto, retirado da cruz e enterrado. Foi uma real transformação de Sua humanidade que permitiu que Ele aparecesse, desaparecesse e se movesse sem ser visto de um local para outro (Lc. 24:31, 36). Mas era um corpo real.
A ressurreição é mais do que uma ressuscitação, uma vez que esta é o retorno do mesmo corpo à vida (bios), enquanto aquela é a transmutação do corpo corruptível em um corpo glorificado, ativado pela vida (zoe), isto é, vida eterna. Trata-se de uma nova criação.
Jesus, o Filho Eterno do Pai, entrou na raça humana caída através dum corpo físico e mortal, tendo que passar pela morte na cruz, a fim de incluir, no Seu sacrifício, os santos e, deste modo, fazê-los participantes de Sua morte, para os justificar. Jesus morreu em favor do pecador para justificá-lo, pois só quem morreu pode ser justificado. Por outro lado, Ele foi ressuscitado para dar vida nova aos justificados que nEle cressem.
A encarnação e morte de Jesus estão ligadas ao mundo tridimensional, mas a Sua ressurreição tem uma dimensão que vai além do mundo físico. Foi uma renovação criativa do Seu corpo, para torná-lo em corpo glorificado e imortal. O Filho de Deus hoje, no céu, vive em e através do Seu corpo glorificado e viverá assim, para sempre.
Podemos dizer que Jesus é Deus encarnado, e o Homem exaltado. A segunda Pessoa da Trindade se torna homem, na encarnação, todavia na ressurreição, o Homem entra na Trindade com um corpo glorioso. Jesus sempre será o Homem exaltado participando da Trindade Divina. É maravilhoso e indescritível.
A encarnação foi o portal da entrada de Deus na humanidade; a ressurreição é a porta de entrada da humanidade redimida no Reino de Deus. Então, para podermos entrar no céu precisamos passar pela Co crucificação com Cristo, a fim de termos o privilégio de nossa ressurreição juntamente com Ele, sermos transformados e, no final, termos nossos corpos mortais glorificados, tal como o corpo de nosso Senhor Jesus.
Jesus ressuscitado tem corpo glorioso, mas esse corpo é composto ainda de carne e ossos. Observe como Ele fala com os Seus discípulos incrédulos: “Vejam minhas mãos e meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam que não sou um fantasma, pois fantasmas não têm carne nem ossos e, como veem, eu tenho.” Lc. 24:39.
A vida cristã é a esperança da ressurreição. Deus prepara nossa alma aqui para possuir um corpo glorioso no porvir; e preparará o corpo para receber uma alma gloriosa.
O apóstolo Paulo prevê que os cristãos que estiverem vivos na Terra, no retorno de Jesus, passarão por uma transformação semelhante a Dele e aqueles que morreram em Jesus, antes do Seu retorno, também serão igualmente transformados pela ressurreição de seus corpos glorificados, para nunca mais morrerem e assim terão corpos eternos.
“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” I Cor. 15:50-52.
Os corpos glorificados não tem sangue, pois carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, mas terão carne e ossos, uma vez que o corpo de Jesus ressuscitado tem. A nossa salvação envolve a vivificação do espírito, pela obra de Cristo, a santificação da alma, pela vida de Cristo e a glorificação do corpo pela vinda de Cristo. E tudo é novo no final.
A Bíblia diz que a vida da alma está no sangue. Se não há sangue no corpo de glória, significa que a alma do salvo, no céu, será também totalmente gloriosa. Com certeza não será igual ao que nós estamos acostumados a imaginar.
Sabemos que qualquer que seja nosso estado ressuscitado, excederá em muito as maiores expectativas presentes. “Aquilo que o olho não viu, nem ouvido ouviu, nem imaginou o coração do homem, o que Deus preparou para os que o amam.” I Cor. 2: 9.
O apóstolo Paulo nos diz ainda que no momento nós vemos em um espelho vagamente, mas depois veremos face a face. “Agora eu sei em parte; então conhecerei plenamente, como sou plenamente conhecido por Deus.” I Cor. 13:12.
Todo corpo ressuscitado será um corpo de glória e estará completo, tanto em quantidade como em qualidade. Nada vai faltar, embora muito seja ganho. Seremos sim diferentes, embora reconhecíveis em nossos corpos ressuscitados. Nós ainda não sabemos como isso será realizado pelo poder de Deus, apenas que será assim.
Haverá continuidade entre o corpo terreno que morre e o corpo ressuscitado que nos será dado. Os nossos corpos atuais corruptíveis e decaídos serão fragmentados na morte física, no entanto, assim como Jesus retornou da tumba com o Seu corpo, embora transmutado, os corpos dos salvos serão também ressuscitados e transformados. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” 1 Cor. 15:54.
Nós fomos regenerados em nosso espírito para vivermos neste mundo caído, ainda com corpos corruptíveis. Mas nossos novos corpos serão especialmente adequados para a vida eterna no Reino de Deus. Nossos corpos atuais não são adaptados ao Reino dos céus. Quaisquer que sejam as mudanças necessárias, serão feitas pelo poder de Deus.
Sabemos que nossos corpos ressuscitados ainda serão humanos e finitos. Nós não seremos deificados. Não seremos deuses. Nossos corpos serão incorruptíveis, sim - sem decadência, dor, doença ou morte, mas serão limitados. Haverá poder acrescentado aos nossos corpos atuais, pois eles serão criados em honra, poder e glória.
Nossos corpos ainda serão moldados para ser como o corpo glorificado de Jesus. O novo corpo dos santos será um corpo espiritual e celeste. Ele será adaptado a uma ordem mais sublime e elevada de vida, talvez algo resplandecente e radiante como o semblante de Jesus no dia de Sua transfiguração no monte, e assim se completará a nossa salvação. Esta é a última etapa da obra da redenção, o nosso corpo glorificado. Desde a predestinação na eternidade passada até a glorificação na eternidade futura passamos por várias etapas, algumas delas, quando só Deus age, e outras, quando o cristão corresponde, mas tudo operacionalizado pela graça de Deus.
O cristianismo repousa firme e inabalavelmente na certeza da ressurreição física de Jesus como uma ocorrência na história, bem como na ressurreição de todos os filhos de Deus que morreram por toda a história. "E, se Jesus não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.” 1 Cor. 15:14-15.
A Bíblia ensina claramente a ressurreição do corpo glorificado dos santos. A ressurreição de Jesus é declarada como as primícias de quem participará da ressurreição final. Mas, de fato, Jesus ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem. 1 Cor. 15:20. Nossos amigos levam-nos até à sepultura e nos deixam ali; Deus não faz isso.” Bendito seja Deus, porque há em nós vida ressurreta e a ressurreição espera por nós. Pois assim é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.” 1 Cor. 15:42.
Fomos predestinados, eleitos e chamados antes da fundação do mundo; fomos justificados e regenerados pela obra do Jesus histórico; arrependemo-nos e cremos sendo adotados como filhos pelos dons da graça; estamos sendo santificados como evidência da perseverança dos santos, para, finalmente, recebermos um corpo glorioso. Esta é a tão grande salvação de eternidade a eternidade.
Apesar de nossa individualidade ser preservada, nosso caráter será transformado em um caráter puro. Mas isso não fará com que esqueçamos quem somos e quem são nossos familiares queridos. Não sofreremos nenhuma espécie de “lavagem cerebral”. Logo chegará o dia em que os mortos serão ressuscitados (Jo. 5:28-29) e arrebatados para o céu (I Cor.15:51-53; 1 Tess. 4:13-18), onde poderemos viver de uma forma tão maravilhosa como jamais sonhamos.
Portanto, não perca essa chance. Aceite a Jesus como seu salvador pessoal, creia na morte e ressurreição Dele e entregue o seu coração a Deus:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap. 3:20). Fazendo isso você estará se preparando para a eternidade.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3:16).
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