A estrela vermelha é uma super gigante de primeira magnitude
e sua coloração avermelhada se deve ao fato dela ter uma superfície fria.
Exatamente, a cor é uma medida efetiva da temperatura das estrelas. A cor de
Antares indica que sua temperatura superficial é de aproximadamente 3.000
graus. A do Sol é de 5.800 graus, e as estrelas mais quentes tem temperaturas
efetivas de 40.000 graus Celsius.
Com todos esses impressionantes números e imagens ai em cima
você deve estar certo que Antares é de longe a maior estrela do Universo,
certo? Errado!
Por mais magnífica que Antares pareça, existe estrelas ainda
maiores, na realidade, existem três:
KW Sagitarii (a 9.800 anos-luz), V354 Cephei (a 9.000
anos-luz) e KY Cygni (a 5.200 anos-luz) são super gigantes vermelhas e têm
todas cerca de 1.500 vezes o tamanho do Sol, ou cerca de sete Unidades
Astronômicas (UA). Se qualquer uma das três fosse colocada no lugar do Sol, não
só engolfaria a Terra, mas seu corpo monstruoso seria capaz de se estender até
algum ponto entre as órbitas de Júpiter e Saturno.
Unidade Astronômica: Abrevia-se UA (ou AU em inglês).
Comprimento equivalente a distância média da Terra ao Sol, ou 149.597,900 Km
(cerca de 150 milhões de Km).
A distância de estrelas (a não ser para as mais próximas) em
geral são determinadas com muita incerteza. A distância de 520 anos-luz para
Antares foi estipulada em 1997 através de medidas de paralaxe obtidas pelo
satélite Hipparcos e é o melhor valor disponível na astronomia. Valores mais
antigos são bem mais imprecisos.
Deve se ter em mente que mesmo o valor do satélite Hipparcos
tem uma incerteza de cerca de 20%, não existem valores exatos, sem margem de
erro, para distâncias estrelares desta ordem.
O ano luz é a distância percorrida pela luz no espaço vazio
em um ano. Considerando que a velocidade da luz no vácuo é da ordem de
299.792,6 km/s e que em um ano existem 365 dias, basta multiplicar estas duas
grandezas para verificar que um ano-luz corresponde a cerca de 9,46 trilhões de
quilômetros.
Antares faz parte de um sistema binário. Isso significa que
ela divide sua região com uma outra estrela. Sua companheira é muito mais
fraca, invisível a olho nu, e de cor branco-azulada.
Pouco se conhece sobre ela, no entanto sabe-se que é uma
estrela anã do tipo espectral B3, e que sua massa é ao redor de 8 vezes a do
Sol.
Como tudo, as estrelas nascem, crescem e morrem. E para o
azar de Antares, ela já está em suas últimas. Isso não significa que ela pode
apagar a qualquer momento, pode ter certeza que seus tataranetos ainda vão
poder observá-la no céu. Mas o fato é que Antares já está ai há muito tempo,
provavelmente cerca de 7 bilhões de anos. Como sabemos disso? Porque Antares já
atingiu seu estágio de Super Nova, o estágio final de qualquer estrela, quando
seu núcleo fica tão denso que começa se contrair, aumentando ainda mais a
temperatura e provocando a expansão em suas camadas exteriores.
Hoje Antares está em seu esplendor, mas daqui alguns
milhares de anos ela começará a se contrair e à diminuir gradativamente,
perdendo cada vez mais seu brilho, até chegar ao ponto em que não mais imitira
luz, e em vez disso, começara a devorar todo que esteja em seu caminho. Esse
colapso gravitacional é conhecido como “Buraco Negro”.
As estrelas com maior massa, o caso de Antares, em seu último
suspiro, atingem um grau de contração no núcleo que fazem a aceleração na
gravidade se tornar infinita. Nesta situação, a velocidade de escape se torna
igual á da luz, fazendo com que nada consiga escapar no seu campo gravitacional,
nem mesmo a luz.
Os Buracos Negros são um mistério para a ciência e, de
acordo com a Teoria da Relatividade, são uma curvatura no espaço-tempo causada
pela presença de massa muito concentrada.
De todas as 88 constelações Escorpião é uma das que mais se
destaca. Notável por sua extensão, forma e riqueza em objetos interessantes à
observação, Scorpius (nome latino) sempre surpreendeu aqueles que se dedicaram
à astronomia nos últimos milhares de anos.
O padrão é inconfundível: o animal medonho disposto no céu,
“caminhando” lentamente pela noite, parece superar a condição de mera
constelação (a palavra “constelação” etimologicamente significa “estado do
céu”) sugerindo uma entidade real locomovendo-se furtivamente entre as
estrelas, com suas pinças e ferrão prontos para atingir alguma vítima.
A constelação de Escorpião foi identificada como tal tanto
pelos gregos quanto pelos egípcios e persas. A origem egípcia remete às secas
que devastavam a região do Nilo, já que nessa época o Sol passava por essa
constelação. Já a mitologia grega tem outra explicação para a constelação. O
escorpião foi o animal enviado por Ártemis (deusa da caça de acordo com a
mitologia, embora ela também seja associada ao parto e à Lua. Artémis pode ser
considerada a versão feminina de Apolo, seu irmão gêmeo) para matar Órion. Diz
à lenda que Ártemis, fria e vingativa, sentia-se prejudicada nas suas
atividades de caça pelo gigante caçador Órion. Uma variante do mito afirma que
o escorpião nunca chegou a matar Órion – de fato, se observarmos o céu nessa
época do ano veremos que a constelação de Órion se põe enquanto que as estrelas
de Escorpião nascem no outro lado da abóbada celeste.
Antares é a estrela Alfa do Escorpião, isto é, é a mais brilhante desta constelação. Por isso é a estrela principal deste agrupamento e parece que procura representar o coração daquele animal, dada a sua posição na figura, e também por possuir uma cor avermelhada. Seu nome veio dos gregos antigos que achavam que ela era rival de Ares (Anti – Ares), deus da guerra. Ares nada mais é que o planeta Marte, que visto da terra parece uma estrela, e que junto com Antares são os dois objetos mais avermelhados do céu noturno. Daí o motivo da rivalidade.
Antares também era considerada uma das “guardiãs” do céu segundo
os persas. Marte na mitologia romana, junto a Regulus, Aldebaran e Fomalhault
forma o quarteto de estrelas reais dos antigos. Desde tempos imemoriais, o
planeta vermelho é o regente do signo de escorpião. (
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