quarta-feira, 23 de março de 2022

Vésper, a Resplandecente Estrela da Manhã

Nenhuma estrela, entre as incontáveis miríades que cintilam sobre os campos siderais do céu noturno, brilha tão deslumbrantemente quanto o planeta Vênus - nem mesmo Sirius. Vênus é a rainha entre nossos planetas, a joia da coroa de nosso sistema solar. Ela é a inspiradora do poeta, a guardiã e companheira do pastor solitário, a adorável Estrela da Manhã e a Estrela Vespertina. Pois, as estrelas ensinam tanto quanto brilham.

Quais planetas podem ser vistos da Terra a olho nu e como diferenciá-los de estrelas? São apenas cinco os planetas que podemos enxergar da Terra, sem o auxílio de equipamentos: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.

Mercúrio: está visível, perto do Sol.
Vênus: o mais brilhante dos planetas.
Marte: o planeta fica bem baixo no horizonte e se move em direção ao leste.
Júpiter: sempre está localizado bem longe do sol.
Saturno: fica bem baixo dentro da constelação de Libra.

Dos cinco planetas visíveis a olho nu, Vênus pode ser considerado o mais fácil de ser contemplado, mesmo no céu com poluição luminosa.

As estrelas são grandes esferas formadas por plasma, que são alimentadas pela fusão nuclear, aquecido a milhares de graus. Seu formato deve-se à sua gravidade, que aponta em direção ao núcleo da estrela. Apresentam luz própria, são corpos celestes dotados de luz. Já, os planetas, são corpos celestes que giram justamente ao redor destas então estrelas, e os satélites podem ser evidenciados como corpos que giram ao redor dos planetas, sem luz própria. A maneira mais fácil de encontrá-los é quando eles aparecem como parte de uma constelação. Como as estrelas têm luz própria, elas piscam, e por isso, seu brilho é cintilante. Já os planetas apenas refletem a luz do Sol, sendo assim, seu brilho é fixo. Os planetas não possuem luz própria.

Vênus, conhecido desde os tempos pré-históricos, como tal, ganhou uma posição importante na cultura humana. Recebeu vários nomes, devido as pessoas em seu cotidiano observarem que, aparecia uma estrela no período matutino e “outra” estrela quando já se estava anoitecendo (vespertino). Portanto deram o nome de estrela d’alva a que aparecia de manhã, e estrela Vésper a que aparecia quando o Sol estava se pondo. Muitos acreditavam que se tratava de duas estrelas distintas. Entretanto, hoje se sabe que se trata do mesmo astro, ou seja, o planeta Vênus, e não uma estrela. Para as civilizações antigas era conhecido como a “Estrela Matutina”, "Estrela D'Alva"; “Estrela Vespertina”, "Estrela da tarde"; Vésper; Estrela de Belém; Estrela de Natal; Estrela do Pastor...

Desde a antiguidade, as pessoas contemplavam o planeta Vênus no céu, e pensavam que se tratava de uma “estrela”, muito decorrente ao seu brilho ser muito intenso, mas uma das primeiras "estrelas" a aparecer no céu quando a noite cai não é realmente uma estrela: é Vênus, o planeta que está à nossa frente em relação ao Sol, é um dos mais brilhantes na abóbada celeste. O mais brilhante dos planetas, excepcionalmente pode ser avistado durante o dia. Sua cor é branco-azulada e seu brilho aparente só é superado pelo Sol e pela Lua. 

Vênus é o objeto mais brilhante no céu, depois da Lua, conhecido quando visto pouco antes do nascer do Sol no céu do leste, pode ser vista quatro horas antes do Sol nascer, e quando visto no céu do oeste durante o crepúsculo, e depois que o Sol se põe. É mais brilhante que qualquer astro visto no céu, pode ser visto facilmente quando o Sol está baixo no horizonte e é a última estrela a desaparecer de manhã. Dependendo do afastamento do Sol, pode ser visto a olho nu a qualquer hora do dia, desde que não esteja muito próximo ao astro. Pode-se observar claramente Vênus no céu a olho nu (sem o telescópio).

No mês de maio, Vênus reina nas madrugadas. A partir das quatro horas, vemos na direção do nascente um objeto muito brilhante sem cintilar (piscar): é o planeta Vênus. Atinge seu brilho máximo por volta de algumas horas antes do nascer do sol, ou da alvorada.

O planeta Vênus é o segundo planeta do nosso sistema solar. Mesmo estando próximo da Terra em relação aos demais planetas, Vênus possui algumas características muito diferentes da Terra. É o planeta mais quente do nosso sistema solar, mesmo não sendo o planeta que está mais próximo do Sol. Sua temperatura média corresponde a 450°. Muitos acham que o planeta Mercúrio por está mais próximo do Sol é o mais quente, mas isso não é verdade. A temperatura de Vênus é tão elevada assim, pois sua atmosfera é muito densa e retém o calor do Sol.

Em nosso planeta, o dia corresponde a rotação, ou seja, uma volta completa em torno do seu próprio eixo, correlativo a 24 horas, e o ano corresponde a sua translação, que é uma volta completa ao redor do Sol, aproximadamente 365 dias e 6 horas.

Já o planeta Vênus é um pouco diferente, seu período de translação (uma volta completa em torno do Sol) é de 224,65 dias terrestres.

E sua rotação em torno do seu próprio eixo demora 243 dias terrestres. Resumindo, o dia no planeta Vênus é mais longo que o seu ano.

Outra curiosidade do planeta Vênus é que ele gira em torno do seu eixo diferente dos demais planetas. Enquanto a Terra gira do oeste para leste e os demais planetas do sistema solar fazem o mesmo, Vênus gira ao contrário.

É o planeta mais próximo da Terra e reside entre ela e o Sol. Portanto, após a Lua, Vênus é o corpo mais brilhante no céu noturno. Para saber se o que estamos vendo é uma estrela ou um destes planetas, é preciso observar se o brilho é fixo ou cintilante.

A razão por que Vênus tem um albedo tão alto (é tão brilhante) é que este planeta se encontra coberto por uma espessa e densa camada quase uniforme de nuvens, compostas predominantemente por ácido sulfúrico e dióxido de carbono, que refletem a luz solar. Isso leva Vênus a temperaturas e pressão extremas. Não podemos ver sua superfície em momento algum, graças às suas nuvens, venusianas, que cobrem cerca de 20 km de altitude do planeta.

A compreensão da Estrela da Manhã vai ajuntar-se ao simbolismo do Apocalipse. Na representação da Estrela Matutina, está o significado que o apocalipse propõe. Neste caso, o caminho para a compreensão é este:

“Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai; também lhe darei a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dia às igrejas.” (Apoc. 2,26-29).

A autoridade sobre as nações se ajunta ao simbolismo da Estrela da Manhã. O cristão, aquele que segue os ensinamentos de Jesus vai ser glorificado com Jesus.

E como a Estrela da Manhã a brilhar soberana nos céus será a presença e ação do cristão no seu mundo, vitoriosa, pois esta força e presença vem de Jesus Cristo.

Deus espalhou por todo universo — desde as estrelas imensas até os minúsculos seres, aquilo que Tomás de Aquino chama de “vestígios” de Deus.

A estrela é parte essencial dos enfeites de Natal. Mas qual é o principal significado da estrela, para nós cristãos? A estrela representa, na adoração dos magos, o nascimento do Messias. Depois de verem uma estrela, os magos se deixam nortear por ela. Eles eram originalmente sacerdotes persas, mas também astrólogos, por isso mesmo conheciam as estrelas com precisão. Eles viram uma estrela diferente, provavelmente uma conjunção estelar. Os astrônomos falam de uma aproximação de Júpiter e Saturno ocorrida no ano 7 a.C. Como Júpiter era o astro dos reis, e Saturno, a estrela da Palestina, era perfeitamente possível que os astrólogos da Babilônia tivessem interpretado essa constelação como sinal do nascimento de um filho real em Israel. Daí a procura dos magos pelo rei dos judeus.

Os padres da Igreja também associaram Jesus a outra estrela, a “Matutina”. A Estrela da Manhã é aquela que traz a luz. A Igreja primitiva levava a sério a realidade cósmica. Desde sempre, os homens foram fascinados pela luz clara da Estrela Matutina. Os padres da Igreja incorporam essa experiência cósmica e a relacionam com Cristo. Em Cristo, o mistério da Estrela Matutina é cumprido. Em seu nascimento, Cristo se ergue como a Estrela Matutina: “Porque vindo das alturas (...) trouxe a luz para nós, que nos encontramos na solidão e na sombra da morte”.

Mas além da realidade cósmica, a estrela representa também nossa “busca de Deus”: almejamos uma realidade que transcende o mundo criado. Almejamos o mundo divino. Os magos não representam apenas outros povos e culturas, mas também nossa própria ‘busca de Deus’. Eles só chegam a Jesus quando se põem a caminho, e ainda quando não têm vergonha de pedir ajuda: “Onde está o rei dos judeus (...)” (Mt 2, 2a). Deixam para trás tudo que sabiam e, admirados, caem de joelhos perante o mistério de Deus, velado em Jesus Cristo. Ao encontrar Jesus, aqueles magos fizeram uma profunda experiência de fé; experiência que mudou não apenas a mentalidade, mas a vida deles.

Prova disto é que Mateus relata que eles voltaram por outro caminho, ou seja, a vida não foi mais a mesma para eles. Foram transformados pela experiência do Mistério.

Hoje, a Estrela que deve conduzir as pessoas a Jesus é o nosso testemunho de vida. Devemos ser “Epifania de Cristo” para o mundo!

A Estrela da Manhã anuncia o início do dia, o fim da escuridão. De modo semelhante, Jesus veio para trazer o fim da escuridão do pecado em nossas vidas. Ele é nossa esperança, que nos dá a luz de Deus.

Toda a glória e todo o poder pertencem a Jesus e é para Ele que devemos olhar nas horas escuras de nossas vidas, nas madrugadas solitárias de nossas existências. Ele se destaca acima de todas as coisas porque ele é Deus. Ninguém é como Jesus. Sua glória ainda brilha quando todos os outros falham.

Absorva sua benevolência! Foi ela quem anunciou aos Três Reis Magos o nascimento de Jesus e os guiou até ele!

Estrela de Belém é um fenômeno registrado na história cristã que teria marcado o nascimento de Jesus, indicando aos Três Reis Magos o local exato de onde estaria o prometido Messias. ... Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo" (Mt. 2,1-2).

No dia 8 de setembro de 2040, haverá um alinhamento incrível envolvendo os 5 planetas mais brilhantes, quando eles estarão juntos em uma área de apenas 9.3 graus. Isso significa que se você esticar seu braço, será possível esconder todos os 5 planetas na palma da sua mão! Esse será o alinhamento “mais próximo” desde 18 de dezembro de 1186!

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