Olhos fascinados por Jesus! Aquilo que nos mantém fascinados
hoje, é suficiente. Não devemos perder o fascínio por Jesus!
O amor de Deus pelos homens, o calvário de Seu Filho, Jesus,
ainda desperta nos cristãos do mundo inteiro, fascínio e devoção, àqueles imersos
na oração, devoção, leitura e estudo da Palavra, para os apaixonados por Ele e
maduros em sua fé.
É o Espírito que nos dá o gosto pela oração, a fascinação
pela Palavra, a coragem profética, a audácia missionária, a inspiração dos
valores e a consolação nas tribulações da vida.
Sempre foi mais fácil pensar em Deus como um ser intocável
que inspira temor e tremor; isso contribui para que sintamos certa segurança em
buscá-lo além das estrelas.
Deus, porém, trocou a Sua majestade pela simplicidade de uma
criança que exorcizou os demônios dos maldosos profissionais da religião
oficial. Ele se deixou ser fascinado pela beleza da vulnerabilidade. E nós
vimos este sonho do Homem de Nazaré que, no decorrer de Sua existência, sempre
preferiu as crianças aos intelectuais, os pobres aos poderosos e a poesia dos
lírios do campo aos hinos de guerra dos imperadores.
Quando contemplamos a Deus, buscando conhecê-lo, com fome e
sede em nossos corações, somos fascinados por Sua beleza e transformados por
Sua glória.
Não podemos perder a maravilha, a fascinação, o entusiasmo de
viver o Evangelho. Devemos sim, considerar tudo como perda por causa da
sublimidade do conhecimento do Filho de Deus. É a nossa fascinação por Sua pessoa.
O que era essa grandeza, essa coisa tão superior e sublime
diante da qual o resto perdia a importância? Era um lugar, uma dimensão
espiritual de fascinação onde Ele havia entrado! Contemplar a presença do
Senhor, evangelizar, é provocar o desejo de Deus, pois sem desejo não haverá
fascinação, e sem fascinação não existirá seguimento, discipulado.
Toda paixão começa por uma fascinação, que sempre é por
pessoas. Fascinação não se explica, experimenta-se. A fascinação acontece através
de algum tipo de experiência relacional, por proximidade, por uma “sedução
progressiva” no encontro cotidiano. Justamente por isto a Bíblia vai expressar
a relação com Deus nas seguintes palavras: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me
deixei seduzir” (Jr. 20,7).
Nunca nos deixamos fascinar por alguém que não se revela, não
se deixa perceber, não se manifesta. A essa revelação de si feita pela outra
pessoa, respondemos com nossa atenção. A fascinação supõe encontro.
Na oração este processo se inicia quando sou capaz de dar uma
radical atenção a este outro que é Deus se revelando a mim (e até me buscando
no meio da noite, dizendo meu nome), e que fascina de tal modo, que silencio.
Mais do que falar, o que me satisfaz é a escuta do radicalmente outro, prestar-lhe
toda minha atenção e reverencia…
Na oração, esta escuta é antes de tudo, da palavra bíblica,
escrita de forma inspirada por alguém apaixonado e que deseja partilhar conosco
a sua paixão.
Quando ficamos fascinados por alguém, colocamo-nos em
situação de seguimento. Começamos a procurar quem nos fascina, mudamos nossos
caminhos para encontrar a pessoa, chegamos mesmo a desistir dos nossos próprios
roteiros.
O cristão é aquele que vive uma fascinação que fascina a
ação, torna a ação até mais fácil, mesmo na privação, por si tão somente.
Viver de maneira santa, fascinado pelo prazer de amar a Deus!
Eis todo o desejo e fascinação!
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