quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Olhos Fascinados para o Alto!

 

Há uma jornada em direção Deus. Uma jornada fascinante por Jesus. Ele é o caminho fascinante. Quem é fascinado por Ele se empenha em procurá-lo. Sentirá fascinação pela Sua glória. Uma busca intensa, de todo o coração.

Olhos fascinados por Jesus! Aquilo que nos mantém fascinados hoje, é suficiente. Não devemos perder o fascínio por Jesus!

O amor de Deus pelos homens, o calvário de Seu Filho, Jesus, ainda desperta nos cristãos do mundo inteiro, fascínio e devoção, àqueles imersos na oração, devoção, leitura e estudo da Palavra, para os apaixonados por Ele e maduros em sua fé.

É o Espírito que nos dá o gosto pela oração, a fascinação pela Palavra, a coragem profética, a audácia missionária, a inspiração dos valores e a consolação nas tribulações da vida.

Sempre foi mais fácil pensar em Deus como um ser intocável que inspira temor e tremor; isso contribui para que sintamos certa segurança em buscá-lo além das estrelas.  

Deus, porém, trocou a Sua majestade pela simplicidade de uma criança que exorcizou os demônios dos maldosos profissionais da religião oficial. Ele se deixou ser fascinado pela beleza da vulnerabilidade. E nós vimos este sonho do Homem de Nazaré que, no decorrer de Sua existência, sempre preferiu as crianças aos intelectuais, os pobres aos poderosos e a poesia dos lírios do campo aos hinos de guerra dos imperadores.

Quando contemplamos a Deus, buscando conhecê-lo, com fome e sede em nossos corações, somos fascinados por Sua beleza e transformados por Sua glória.

Não podemos perder a maravilha, a fascinação, o entusiasmo de viver o Evangelho. Devemos sim, considerar tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento do Filho de Deus. É a nossa fascinação por Sua pessoa.

O que era essa grandeza, essa coisa tão superior e sublime diante da qual o resto perdia a importância? Era um lugar, uma dimensão espiritual de fascinação onde Ele havia entrado! Contemplar a presença do Senhor, evangelizar, é provocar o desejo de Deus, pois sem desejo não haverá fascinação, e sem fascinação não existirá seguimento, discipulado.

Toda paixão começa por uma fascinação, que sempre é por pessoas. Fascinação não se explica, experimenta-se. A fascinação acontece através de algum tipo de experiência relacional, por proximidade, por uma “sedução progressiva” no encontro cotidiano. Justamente por isto a Bíblia vai expressar a relação com Deus nas seguintes palavras: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr. 20,7).

Nunca nos deixamos fascinar por alguém que não se revela, não se deixa perceber, não se manifesta. A essa revelação de si feita pela outra pessoa, respondemos com nossa atenção. A fascinação supõe encontro.

Na oração este processo se inicia quando sou capaz de dar uma radical atenção a este outro que é Deus se revelando a mim (e até me buscando no meio da noite, dizendo meu nome), e que fascina de tal modo, que silencio. Mais do que falar, o que me satisfaz é a escuta do radicalmente outro, prestar-lhe toda minha atenção e reverencia…

Na oração, esta escuta é antes de tudo, da palavra bíblica, escrita de forma inspirada por alguém apaixonado e que deseja partilhar conosco a sua paixão.

Quando ficamos fascinados por alguém, colocamo-nos em situação de seguimento. Começamos a procurar quem nos fascina, mudamos nossos caminhos para encontrar a pessoa, chegamos mesmo a desistir dos nossos próprios roteiros.

O cristão é aquele que vive uma fascinação que fascina a ação, torna a ação até mais fácil, mesmo na privação, por si tão somente.

Viver de maneira santa, fascinado pelo prazer de amar a Deus! Eis todo o desejo e fascinação!

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