Nosso planeta,
Terra, localiza-se no Sistema Solar, na Vizinhança Interestelar, dentro da Via
Láctea, que é apenas uma galáxia do Grupo Local, localizado no Aglomerado de
Virgem, dentro do Superaglomerado Laniakea, no Universo. Nosso lugar no
universo é o nosso endereço universal. A Terra é nossa casa; o sistema solar é
nossa cidade; a Via Láctea é nosso país. A Via Láctea, o nosso quintal cósmico. O
núcleo da Via Láctea se encontra a cerca de 26 mil anos-luz do Sistema Solar, e
está localizado na constelação de Sagitário.
O sistema
solar está situado em um braço espiral externo da nossa Galáxia, denominada
Via-Láctea. O Sistema Solar, assim como quase todas as estrelas vistas a olho
nu, está dentro do Braço de Órion. O Braço de Órion ou Braço Local é um braço
espiral menor da Via Láctea. Está localizado entre o Braço de Sagitário e o
Braço de Perseus, dois dos quatro maiores braços espirais da Via Láctea. Dentro
do Braço de Órion, o Sistema Solar e a Terra estão localizados perto da borda
interior na Bolha Local, aproximadamente 8 000 parsecs (26 000 anos-luz) do
centro galáctico. Essa constelação está no centro da Via Láctea.
Resumindo, nosso
endereço cósmico é o seguinte:
- Grupo Local (50
galáxias).
- Superaglomerado Laniakea.
Veremos agora,
a verdadeira localização de nosso lar, segundo as Escrituras Sagradas. É
importante verificarmos que o nosso lar, a nova Jerusalém, já está vindo para
ocupar o seu devido lugar no novo universo que será formado. Jesus afirmou que
a nova Jerusalém já existia ao tempo de Seu ministério terreno. Sua assertiva é
bem clara:
“Na casa do
meu Pai, há muitas moradas, se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar”.
A cidade santa
já existia e já tinha muitas moradas. Embora ela existisse, porém, o homem não
poderia habitá-la, ou seja, o homem não estava preparado para poder ingressar
nesta cidade, precisamente porque tinha suas vestes manchadas pelo pecado.
Todos nós
sabemos que há grandes restrições para que alguém entre nos Estados Unidos da
América. É preciso que a pessoa obtenha visto do governo norte-americano para
ali ingressar e são várias as modalidades de visto. Os Estados Unidos existem,
têm milhares de cidades, com casas, edifícios, mas não há lugar algum preparado
para aquele estrangeiro que não tiver visto para ali entrar. No dia em que lhe
for providenciado um visto, ele ali poderá entrar, ele ali terá lugar, enquanto
não, não.
Pois é
exatamente o que ocorre com a Nova Jerusalém. Jesus afirmou que a cidade já
existia, que tinha muitas moradas, mas o lugar ainda não estava preparado,
porque não havia como o ser humano conseguir ali entrar. Era preciso que alguém
morresse e pagasse o preço da desobediência e, assim, retirasse a espada que
impedia o acesso do homem à árvore da vida (Gn.3:24).
Esta espada
foi retirada por Jesus, quando morreu por nós na cruz do Calvário (Lc.2:35) e,
assim, nos abriu um novo e vivo caminho que nos introduz à Jerusalém celestial
(Hb.10:19-23).
Engana-se quem
pensa que a Jerusalém Celestial descerá do céu depois do Juízo Final, pois ela
tem descido desde que teve seus lugares preparados para os homens.
A partir de
então, esta cidade maravilhosa vem continuadamente vindo em direção à Terra.
Chegará à área das regiões celestiais, hoje habitadas pelas hostes espirituais
da maldade, no instante do Arrebatamento da Igreja. Depois, já com a Igreja
arrebatada em seu interior, continuará a descer e atingirá a atmosfera
terrestre exato sete anos depois, quando, então, ocorrerá a batalha do
Armagedom. Após essa batalha, receberá em seu interior, os que completarem a
primeira ressurreição (as duas testemunhas, os 144.000 e os mártires da Grande
Tribulação). Em seguida, nos ares de nossa atmosfera, pairará durante todo o
Milênio.
Por fim, ao
término do Milênio, ocupará o seu devido lugar, nos novos céus e nova terra,
que substituirão os antigos céus e terra.
A Nova Jerusalém
seria, assim, como uma super e gigantesca estação espacial a caminho da Terra.
Suas Dimensões
A mente
humana, sem a unção do Espírito, não consegue imaginar a existência de uma
cidade com as dimensões e o formato descrito por João:
“E a cidade
estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E
mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e
altura eram iguais” (Ap 21:16).
João procurou
dar uma descrição pormenorizada. Para isto usou exemplos e figuras, procurando
aproximar-se da realidade. Uma realidade muito além daquela de seu tempo.
João mediu a
cidade até doze mil estádios, isto é, cerca de 2.200km lineares de área
construída, ou 4.840.000(Quatro milhões oitocentos e quarenta mil) quilômetros
quadrados de superfície.
Mas observe
que a cidade é um cubo, e as medidas descritas acima dá um volume de
10.648.000.000km3, o que é quase o volume do próprio planeta Terra, que é de
10.810.000.000Km3, ou seja, a Jerusalém Celestial tem praticamente o mesmo
volume do planeta; há lugar suficiente para quem quiser aceitar a Cristo como
Salvador (observando que o planeta não pode ser ocupado pelo homem senão em
parte ínfima, já que 2/3 é de água e a crosta terrestre tem uma dimensão extremamente
diminuta em relação ao volume do planeta, ou seja, há muito mais lugar na
cidade santa do que na própria Terra para o homem).
Seu aspecto
A descrição da
Nova Jerusalém é sublime e nos enche de gozo e nos faz pensar, como o poeta
sacro, que, se é glorioso pensar nas grandezas dali, que não será desfrutá-los
e é por isso que o apóstolo Paulo nos conclama a jamais desanimarmos nem
desistirmos, por maiores que sejam as provas e as lutas, pois:
“As aflições
deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser
revelada.” (Rm.8:18).
No entanto,
não devemos nos esquecer que a nova Jerusalém é de outra dimensão, da dimensão
celestial e que, portanto, muito de sua descrição é figurativa, é
alegórica, não pode ser compreendida literalmente, pois se trata de uma
descrição feita por Deus aos homens para que pudéssemos compreender, na
limitação da nossa mente, o que nos está reservado, pois é algo que está muito
além de nossa parca imaginação (I Cor.2:9).
Em primeiro
lugar, devemos observar que a
nova Jerusalém tem a glória de Deus (Ap.21:11). A glória de Deus é uma
característica típica dos lugares santos e, por isso, a nova Jerusalém é o
lugar santo por excelência e nela não haverá necessidade de templo, pois o seu
templo será o próprio Deus.
Em segundo
lugar, vemos que a cidade tem
doze portas, com os nomes das doze tribos de Israel e o muro da cidade, doze
fundamentos, com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Isto, naturalmente, é
uma linguagem figurada para nos mostrar que o fundamento, a razão de ser
da convivência eterna com Deus é a salvação na pessoa bendita de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. Pode, também, significar que a Igreja que ali está, foi
a Igreja que ensinou e que viveu de acordo com a Doutrina dos Apóstolos.
Em terceiro
lugar, vemos que a cidade é um
cubo, com 2.200 km de comprimento.
Em quarto
lugar, a cidade tem um muro, ou
seja, é protegida, é organizada. João descreve a Jerusalém Celestial,
procurando, com certeza, traduzir para o entendimento tudo o que seus olhos
contemplavam. Nada impede que seja real, todavia, podemos imaginar que ele
simboliza a segurança absoluta em que estarão os seus habitantes. Uma muralha
bem fortificada era símbolo da segurança da Cidade.
A Babilônia
era considerada uma cidade inconquistável, por causa de suas muralhas. Segundo
os historiadores, ela era circundada por uma muralha de 96 quilômetros de
extensão, 90 metros de altura por 25 de espessura. Possuía 250 torres e 100
portões de cobre. Dentro destas muralhas a cidade tinha condições de resistir a
um cerco de 20 anos. O Rei Belsazar sentia-se seguro, a ponto de celebrar uma
grande festa em seu palácio, embora Babilônia estivesse cercada, há dois anos,
pelo exército de Ciro.
O Muro da
Jerusalém Celestial é mais alto que um prédio de vinte andares – cento e
quarenta e quatro côvados, considerando-se as diversas variações do côvado,
podemos dizer que o Muro tinha de altura cerca de uns setenta metros.
Mas é uma
forma clara de o Senhor nos revelar que a nova Jerusalém é um local de ordem,
de organização, de proteção divina e onde o Senhor estabelecerá o seu domínio
para todo o sempre.
Em quinto
lugar, a cidade é descrita como
contendo pedras preciosas e ouro, ou seja, aquilo que é mais venerado e
procurado pelos homens que não têm a perspectiva da eternidade, aqueles que
servem às riquezas e, por isso, não podem servir a Deus (Mt.6:24; Lc.16:13), é
tão somente adorno, enfeite e material para aspectos secundários e supérfluos
na cidade santa. Os muros são feitos e ornados de pedras preciosas, as ruas, de
ouro. Os remidos pisarão em ruas de ouro, ou seja, os valores materiais, aquilo
que os homens tanto veneram e respeitam em nossa vida secular, nada representam
na vida celestial.
Em sexto lugar, a cidade não necessitará de sol nem de luz,
porque será iluminada pela glória divina e, mais, terá o Cordeiro como sua
lâmpada (Ap.21:23).
Em sétimo e último lugar, a cidade
apresenta o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procede do trono
de Deus e do Cordeiro e, no meio da praça, a árvore da vida, que produz doze
frutos, dando o seu fruto de mês em mês, cujas folhas são para a saúde das
nações (Ap.22:1,2).
Esta
linguagem, igualmente figurada, fala-nos da eternidade de que desfrutarão os
habitantes desta santa cidade.
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