sábado, 14 de agosto de 2021

Do Espaço Viemos e Para o Espaço Retornaremos.


O maior mistério do homem - fomos feitos para brilhar! Como as estrelas... sempre e eternamente!

"Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente" (Daniel 12,3).

É algo misterioso, não há dúvida. Fomos feitos para brilhar, para reluzir como o ouro, para iluminarmos uns aos outros como pó de diamantes.

No entanto… por que nos esquecemos de brilhar? Por que não somos mais felizes? Temos o destino das estrelas, e, às vezes, vivemos na escuridão...

Vamos brilhar em nosso viver. A matéria-prima do ar, das rochas e da vida foi e continua sendo forjada pelas pressões gigantescas que existem no coração das maiores estrelas.

O astrônomo americano Carl Sagan, provavelmente o maior divulgador científico de todos os tempos, costumava dizer que nós – humanos, seres vivos da Terra, o próprio planeta e todo o sistema solar – somos poeira das estrelas. 

Era o modo lírico dele de explicar nossas origens no Universo. Só surgimos porque outras estrelas morreram há bilhões de anos, espalhando pelo espaço matéria composta de elementos químicos que viriam a nos constituir tempos depois.

Esse, na verdade, é o processo de vida e morte que permeia todo o Cosmo. As primeiras estrelas nasceram por volta de 100 milhões de anos depois do big-bang (que aconteceu há 13,7 bilhões de anos), em condições bastante diferentes das que formam novas estrelas hoje.

Foi a morte delas, no entanto, em eventos violentos e espetaculares, que abriu caminho para a formação de sistemas solares como o nosso. Nos primórdios do Universo só havia no espaço os elementos químicos hidrogênio e hélio. Foi o calor gerado pela explosão dessas primeiras estrelas, mais ou menos 1 bilhão de anos depois, que ajudou a produzir e espalhar os elementos necessários à vida: carbono, nitrogênio e oxigênio, além de ferro, fósforo etc. Até o surgimento da Terra, no entanto, passou-se mais um bom tempo.

Essas explosões espetaculares de estrelas são conhecidas como supernovas. Elas ocorrem, por exemplo, quando estrelas enormes, com massa superior a 8 vezes a do nosso Sol, consomem todo o combustível em seu interior e ficam incapazes de se sustentar. Sem o suporte, a matéria de seu exterior acaba despencando em direção ao núcleo, e a estrela sofre um colapso. Isso provoca um aumento de temperatura e pressão e ela explode, lançando estilhaços de carbono, oxigênio etc.

Nesse momento, o brilho é tão forte que lembra mais o de um cometa – sem cauda, claro.

Essas explosões acabam funcionando como os grandes motores das transformações cósmicas. O material jogado no espaço vai formar outras estrelas, outros planetas. Como diria o físico brasileiro Marcelo Gleiser, “do espaço viemos e para o espaço retornaremos”.

A avó da terra

Há uns 5 bilhões de anos, um astro com massa várias vezes a do nosso Sol explodiu. Ele deixou um cadáver imenso de gás e poeira, com cerca de 24 bilhões de quilômetros. Assim nasceu o nosso sistema solar.

“A vida é apenas um vislumbre passageiro das maravilhas que existem no Universo.” (Carl Sagan).

Possuímos os mesmos elementos que constituem as estrelas. O carbono, o nitrogênio e os átomos de oxigênio em nossos corpos, assim como os átomos de todos os outros elementos pesados, surgiram em gerações anteriores de estrelas, há mais 4,5 bilhões de anos. Os seres humanos, portanto, e todos os outros animais, bem como a maior parte da matéria na Terra, são feitos, literalmente, de matéria estelar. Estamos todos conectados, uns com os outros, e todos com o Cosmos.

A Brilhante Estrela da Manhã.

Quando estamos em lugar com pouca iluminação artificial e a noite vai chegando, ao olharmos para o céu sempre vemos uma luz que começa a brilhar antes de qualquer outra estrela, e quando vai raiando o dia, ela brilha com mais força e por mais tempo que todas as outras, pois continuará a brilhar mesmo quando todas as outras forem embora. Nós a chamamos de estrela da manhã ou estrela da alva.

A palavra alva tem também o sentido de manhã ou amanhecer. No texto em estudo, Jesus se apresenta (Eu sou) como a brilhante Estrela da manhã. Que linda figura! O que este nome de Jesus nos ensina hoje? Jesus é a brilhante Estrela da manhã.


1. Quando a noite chega

Quando a noite chega e a escuridão bate forte em nossa vida, a brilhante Estrela da manhã já se faz presente para iluminar nossos caminhos. Quando todos forem embora Jesus continuará presente. Não precisamos ficar desesperados, precisamos apenas olhar para o alto. “Noite” significa em nossa vida toda situação pela qual estamos passando que tem nos angustiado, perturbado e nos deixado sem saída.

Não gostamos da escuridão, não nos adaptamos bem a ela, temos dificuldade de locomoção, demorarmos para nos encontrar. Uma expressão semelhante é apresentada por Paulo:

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” Efésios 6.13

Não importa quão densos estejam nossos dias, há uma Estrela da manhã brilhando sobre nós. Lembremos do Salmo 30.5b: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”.

Para todos os que permanecerem fiéis, mesmo nos dias da tribulação ou das noites mais escuras, receberão a estrela da manhã: 

“Ao vencedor... dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã” (Apocalipse 2.26-28).

2. Quando as tentações chegam

Jesus não é apenas a Estrela da manhã, mas é a brilhante Estrela da manhã. Muitos desejam ser estrelas em nossos dias, na música, na moda, nos palcos e em muitos outros lugares. Mas o brilho do mundo vem para tentar ofuscar o brilho de Cristo. Muitas vezes a fascinação do mundo, o brilho desse mundo nos atrai mais do que a luz de Jesus. Trocamos a luz do mundo (João 8.12) por um mundo sem luz.

O profeta Isaías declarou a sentença contra o rei da Babilônia que se exaltava de tal modo que parecia uma estrela: 

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado na terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14.12). 

Dr. Russel Shedd comenta que “não se deixará de perceber aqui (Isaías 14. 12-15) uma aplicação a Satanás que ao se exaltar como Deus, foi rebaixado até o inferno”.

Em João 8.12, podemos afirmar que quem está longe ou fora de Cristo, vive em trevas. 

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. 

Fora de Cristo não há brilho que compense, fora de Cristo não há brilho que perdure, fora de Cristo não há brilho verdadeiro.

3. Quando a incredulidade chega

Precisamos entender porque muitas pessoas ainda não conhecem a luz, essa luz ainda não lhes foi revelada no coração. Paulo nos ajuda:

“Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2 Coríntios 4.4)

A revelação de Jesus do AT e de todas as suas promessas não é obtida por convencimento humano (2 Pedro 1.20-21), mas pela própria manifestação de Cristo em nossos corações. O apóstolo Pedro:
“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pedro 1.19).

Lemos ainda em Mateus 4.16: 
“O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz” Isaías já profetizara cerca de 700 anos antes de Cristo (Is. 9.2).

O que precisamos é que Jesus seja revelado aos nossos corações a cada dia e que as pessoas que ainda vivem em trevas sejam iluminadas pelo Espírito Santo para que as escamas que cegam seus olhos caiam por terra hoje.

É comum as pessoas desejarem às outras um Natal de luz. Mas o que é um Natal de luz? Fora de Jesus estaremos em trevas, ele é a nossa manhã e a nossa luz. Que possamos pedir nesse Natal que Jesus, a brilhante Estrela da manhã, nos faça vitoriosos contra as lutas da noite, contra as tentações do mundo e contra toda incredulidade. Uma perspectiva do futuro da Nova Jerusalém para nós hoje: 

“A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória” (Apocalipse 21. 23-24). 

(Texto de Giovana Girardi e Rev. Pedro Leal Junior).

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