quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O Filho de Yaveh e o filho de Odin


A encarnação de Jesus Cristo é a mais linda, profunda e significativa história de todos os tempos, afinal, trata-se da saga do Deus que Se fez homem para revelar o caráter da Divindade e para morrer em lugar da humanidade devedora, saldando definitivamente essa dívida chamada pecado - história anunciada séculos antes nas profecias messiânicas das Escrituras Hebraicas. É curioso notar que muitas culturas antigas guardam resquícios dessa história, embora com alguns acréscimos, modificações e (muitas) distorções. Por vários motivos (históricos, arqueológicos, científicos, de fé, etc.), creio que a Bíblia preserva a história verdadeira, com cores vivas, porém, sem os elementos míticos e até absurdos típicos de outras culturas, nas quais há mistura de paganismo, misticismo, crendices e geralmente lendas passadas de pai para filho, segundo a tradição oral.

Uma dessas mitologias, que possivelmente reflita elementos do relato da redenção segundo a Bíblia, é a história do deus do trovão Thor e do reino de Asgard, encontrada na cultura nórdica e popularizada recentemente em filme adaptado dos quadrinhos da Marvel. Thor é filho do “pai de todos”, o deus Odin. O irmão de Thor se chama Loki (na mitologia, Loki é um personagem de origem obscura) e tem inveja do deus do trovão, já que este é que está sendo preparado para ocupar o trono do pai. Loki pode ser considerado um deus dos enganos, pois se vale de artimanhas e ilusionismo para alcançar seus objetivos. Ocorre que Thor é banido por Odin, sendo enviado sem poderes para a Terra, onde aprende a se sacrificar pelos outros, adquirindo a dignidade necessária para voltar a empunhar seu martelo mágico, Mjolnir, e a receber de volta seus poderes de deus.

A despeito das divergências entre as histórias bíblica e nórdica, as semelhanças saltam à vista. Loki passa a odiar o irmão e inicia uma rebelião, traindo Odin. Thor é enviado à Terra sem poderes e volta para Asgard, depois de cumprir sua missão aqui. No fim dos tempos, Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Durante essa batalha, Thor matará e será morto pela cria de Loki, Jörmungandr, uma serpente tão grande que envolve a Terra.

Como Jesus, Thor deixou o reino celestial de seu pai e veio para a Terra na semelhança de um homem. Ele tinha que se vestir de humildade e ser bom para a raça humana. Depois que ele aprendeu a lição, ele salvou a humanidade das forças do mal e foi capaz de retornar de onde veio.

No entanto, há diferenças entre eles: Jesus humildemente consentiu por sua própria vontade vir à Terra morrer pelos pecados da humanidade para que todo aquele que Nele crê seja salvo e se tornou servo dos homens. Mas Thor foi expulso por causa de seu orgulho. Jesus é o Deus Criador de todas as coisas, completo e imutável, que não precisava aprender uma lição. Mas Thor era apenas o deus do trovão e precisava aprender a ser humilde. Enquanto Jesus é uma pessoa real, Thor é apenas uma figura mitológica. Há uma lição importante a aprender com as histórias de Thor e Jesus: O orgulho traz humilhação, mas a humildade traz exaltação. Humilhemo-nos, pois, diante de Deus para que Ele possa nos tratar graciosamente, porque “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tiago 4:6).


A história verdadeira da rebelião no Céu entre Lúcifer e o filho de Deus, Jesus, encontra eco em diversas culturas, assim como ocorre também com os relatos da criação e do dilúvio; no entanto, à semelhança do que acontece na brincadeira do telefone sem fio, a transmissão desse relato de geração para geração e de povo para povo acabou promovendo distorções e incorporando acréscimos, processo típico da mitologização de histórias;

O inimigo de Deus tem grande interesse em disseminar mitologias que se assemelhem ao relato bíblico, pois, assim, leva as pessoas a considerar o relato escriturístico (preservado em papel e tinta numa língua sempre conhecida e inalterada) também um mito.

Com a riqueza de detalhes que o filme mostra em relação ao Céu (eles chamam de Reino eterno, onde fica o trono de Odin), a arquitetura do lugar é fabulosa, e tudo parece muito com as descrições bíblicas a respeito do Céu; muito ouro, muitas pedras preciosas. Lá tem uma ponte de cristal transparente e colorido, parece com um diamante. Talvez só alguém que já esteve por lá para descrever tão bem assim em imagens, (Ap 21).

Lúcifer e Jesus moravam no Céu, está em conformidade com a Bíblia (Is. 14.12) (Jó 38.7).
Quando Jesus veio para a terra, se tornou um homem assim como um de nós, deixando Sua glória e resplendor que tinha no Céu. (Fp 2.7). Quando Jesus (Thor) é atingido pelo gigante (pecado) e morre, a pesquisadora científica (Igreja) estava lá presenciando tudo. Logo depois da morte de Jesus o poder é restituído completamente. (Mt 28.18). Jesus (Thor) passa a gostar da Igreja (Pesquisadora). Após ressuscitar, Jesus faz-lhe uma promessa que retornaria, e leva a Igreja para ver a sua ascensão aos céus. (Lc 24.51). Lúcifer (irmão de Thor) se apresenta no filme com todas as características a ele inerentes, ou seja, de mentir, de roubar, de destruir, de matar, de enganar etc. No filme Jesus (Thor) tinha dois grandes poderes que o Deus pai havia lhe dado, a capa vermelha (símbolo de autoridade real) e uma espécie de martelo (o poder da palavra):
 "Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiuça a pedra?" (Jr 23.29).
O pai de todos (pai de Thor) diz em determinado momento, que para um rei o maior símbolo seria aquele martelo, que tanto constrói como destrói. É verdade, o poder da Palavra de Jesus é muito grande e a Bíblia cita vários exemplos, tanto de criação com o poder da sua Palavra como de destruição com o mesmo poder.

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