quinta-feira, 12 de julho de 2018

Paralisia do Sono


Pessoas que já possuem crenças relacionadas ao mundo místico, acreditam na possibilidade de influências sobrenaturais. Esse tipo de experiência tem sido alvo de conjecturas espirituais e científicas há muito tempo. 

Existem relatos documentados de séculos atrás. No entanto, a ciência já encontrou respostas para essas questões. Concluiu-se que a paralisia do sono nada mais é do que a falta de sincronia entre cérebro e corpo. Esse transtorno acontece no momento em que uma pessoa está quase adormecendo. Em alguns casos, a perturbação ocorre logo antes do despertar.

Antes de mais nada, é necessário que todos saibam que a paralisia do sono acontece a todos que dormem, o corpo fica muito tempo parado e as pessoas, geralmente, se movem pouco quando possuem um sono tranquilo. O problema ocorre quando o corpo continua paralisado, a pessoa acorda e não consegue se mover. A maioria das pessoas já passou por isso pelo menos uma vez.

Então, a pessoa que está passando por isso também tende a ter alucinações e essa é a pior parte. É só imaginar que alguém acorda, mas o corpo não reage e nenhum comando e, ainda por cima, sente, por exemplo, uma presença estranha de algo completamente fantástico em meio ao seu próprio campo de visão.

Certamente é algo muito assustador. Quando a pessoa é supersticiosa, pode acreditar realmente ocorreu algo sobrenatural naquele momento.

Apesar disso, algumas pessoas confundem esse estado real com um sonho e vão alegar algo do tipo “tive um sonho onde não conseguia me mover”, sendo que isso realmente aconteceu. Os principais #Sintomas são a imobilidade e a percepção.

No primeiro, a pessoa não consegue ter o menor controle sobre o corpo, pois, o cérebro pensa que a pessoa ainda está dormindo e não “liga” os sensores. Então, não há controle sobre olhos, boca e nem respiração, o que pode causar extrema angústia. Aí entra o segundo sintoma, que é a percepção, que, aliada ao sentimento de medo e angústia da pessoa, a fará sofrer alucinações.

Essas alucinações tendem a ser impressionantes, pois, toda a carga emocional vivenciada pelo paciente irá fazer com que ele não consiga sequer diferenciar o que é real do que não o é.

Podem ser em forma de sons estranhos e amedrontadores, cheiros estranhos, visões.

Além disso, há pacientes que relatam ter a impressão de que alguém o está pressionando, como se tivesse um peso em cima de si, ou uma presença estranha. Ainda há quem sinta estar flutuando fora do corpo, e também ouvindo terríveis gritos femininos. Mas, as alucinações também podem se manifestar com uma intensa sensação de sufocamento, onde o paciente não consiga ou tenha grande dificuldade para respirar, um episódio que pode durar segundos e até vários minutos.

Vários podem ser os fatores que causam esse distúrbio, que os cientistas atribuem a quem sofre de narcolepsia, condição que faz as pessoas terem distúrbios no sono e até mesmo não conseguirem resistir a ele. Também contribuem os baixos índices de hormônios e aminoácidos específicos, como melatonina e triptofano.

Os estudos apontam que toda pessoa passará por essa situação pelo menos uma ou duas vezes na vida, mesmo sem apresentar quadros de estresse ou possuir uma rotina extremamente irregular de sono.

Ao redor do mundo, as culturas possuem várias interpretações sobrenaturais para a paralisia do sono. Por exemplo, no Oriente é atribuído a fantasmas, nos países europeus acreditam ser causados por bruxas e, nos Estados Unidos, muitos afirmam ver extraterrestres. Durante anos, a paralisia do sono foi descrita de múltiplas formas, sendo inclusive atribuída à presença mística de seres maléficos. Acreditava-se que alienígenas, demônios e espíritos aterrorizavam os seres humanos durante a noite. Entretanto, hoje a ciência comprova que não é isso o que acontece.

Quem já passou por um episódio de paralisia do sono sabe o quanto isso é assustador. São poucos minutos de intensa angústia. Entenda porque isso acontece.

Existem alguns distúrbios do sono que comprometem gravemente a qualidade do repouso e, consequentemente, o rendimento diário das pessoas. Uma patologia que vem se mostrando bastante comum é a paralisia do sono.

Embora esteja consciente, a pessoa fica impossibilitada de se movimentar e falar. Ou seja, durante uma crise, é possível perceber as coisas ocorrendo em seu redor. Entretanto, os músculos de seu corpo não respondem aos comandos do cérebro. A incapacidade de se mexer leva de segundos a minutos. Parece pouco tempo, mas pode se tornar um momento interminável e desesperador.

Isso acontece porque, embora você se sinta acordado, ocorre uma dessincronia entre o cérebro e os músculos. Dessa forma, o corpo age como se ainda estivesse dormindo. Algumas pessoas em crise podem ver imagens como monstros e fantasmas. Mas isso ocorre porque sua mente, ainda não está totalmente desperta e com isso acaba mesclando realidade e sonho.

Em muitos casos, a pessoa não consegue mexer um dedo sequer, tampouco virar sua cabeça para os lados. Em outros, é comum também uma sensação de pressão sobre o peito ou falta de ar. Essa experiência pode durar até cinco minutos, o que gera uma sensação assustadora para algumas pessoas.

Ao longo dos anos, pesquisadores chegaram à conclusão do que provoca a paralisia do sono.

A perturbação acontece porque, quando dormimos, o cérebro ativa um mecanismo de defesa que impede que nos movamos. Esse mecanismo permanece ativo durante um curto momento antes ou depois do corpo entrar ou sair do estado de sono. Isso significa que a paralisia pode ocorrer em dois momentos: no início do sono ou ao acordar.

Quando deitamos para dormir, nossa mente vai relaxando aos poucos e vamos perdendo consciência do ambiente ao nosso redor. A paralisia, nesse caso, ocorre um pouco antes do corpo entrar completamente no sono. Nessa ocasião, o corpo entra em estado de relaxamento muscular máximo, enquanto a mente ainda permanece em transição. As atividades cerebrais que produzem os sonhos têm início e surge, então, uma confusão mental. Sentimos que temos plena consciência de tudo ao redor, mas a mente está parcialmente em vigília. Enquanto isso, fragmentos de sonhos se confundem com visões.

Ao fim de uma noite, quando começamos a acordar, estamos saindo da chamada fase de sono REM. Durante essa fase nossos músculos estão imóveis e nosso corpo, totalmente relaxado. Ao recobrar a consciência, antes do corpo sair dessa fase, também é possível experienciar a paralisia do sono. Entenda um pouco mais sobre o sono REM e o que ocorre com nosso corpo quando estamos nesse estágio.

O sono alterna períodos de adormecimento profundo e de vigília. Todo esse processo envolve vários mecanismos complexos do corpo, e se divide em quatro estágios, incluindo a fase REM. O sono não REM é dividido em três estágios, de acordo com a profundidade gradual do adormecimento. A fase REM (em inglês: movimentos rápidos dos olhos) se caracteriza pela atividade cerebral acelerada. Na ausência de distúrbios do sono, a fase REM se alterna em ciclos com os outros estágios. Essa rotatividade se repete a cada período de 70 a 110 minutos, totalizando entre 4 e 6 ciclos por noite. Alguns fatores podem alterar a rotatividade normal das fases do sono, como: Idade, temperatura do ambiente, ritmo circadiano, uso de substâncias químicas e alguns tipos de doenças.

Além da rápida atividade do cérebro, no estágio REM ocorrem rápidos movimentos oculares e máximo relaxamento dos músculos. E é nessa fase do sono que temos os sonhos. A intensa atividade cerebral do sono REM produz sonhos com imagens e histórias complexas. Enquanto isso, ocorre o total relaxamento dos músculos, que é chamado de atonia muscular. Durante esse estágio o corpo perde sua mobilidade.

Quando ocorre a paralisia do sono, o cérebro está saindo da fase REM para um estágio de sono mais leve. No entanto, a atonia muscular persiste, impedindo a pessoa de se movimentar. Nessa ocasião, imagens e fragmentos do sonho ainda podem ser visualizados, provocando as conhecidas alucinações da paralisia do sono.

É provável que 4 a cada 10 pessoas experimentem a paralisia do sono. Na maioria das vezes, a primeira crise ocorre durante a adolescência. Entretanto, o distúrbio pode ocorrer em qualquer idade. Existem vários fatores ligados a esse distúrbio do sono.

Dentre eles, os mais comuns são: falta de sono; sono irregular ou precário; dormir de costas; estresse excessivo; abuso de medicamentos; insônia recorrente; câimbras noturnas; em alguns casos – não sendo regra – transtornos como a narcolepsia e o transtorno bipolar.

Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa experimenta algumas das sensações seguintes: incapacidade de se movimentar; consciência de que está acordado; incapacidade de falar; pressão sobre o peito e dificuldades para respirar; sensação de estar flutuando, cabeça girando, ou de que a cama esteja se movendo.

Na paralisia do sono também ocorrem as experiências hipnagógicas (alucinações sensoriais, auditivas e visuais), como:

Sensação de que existe algum intruso na casa ou no quarto: portas se abrindo; passos; presenças ameaçadoras se aproximando; Alucinações visuais que incluem: espíritos malignos, demônios e outros seres com intenções assassinas; Sensação de estar caindo ou sobrevoando o próprio corpo.

Ao despertar completamente, o indivíduo é capaz de lembrar-se minuciosamente dos detalhes da experiência. No entanto, não consegue afirmar com certeza o que foi real e o que não passou de alucinação.

As primeiras medidas para tratamento da paralisia do sono são comportamentais. É necessário dormir uma quantidade de tempo adequada, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. 

O tratamento medicamentoso não é indicado em todos os casos. Apenas pessoas que estão sofrendo com depressão e ansiedade, advindas desse distúrbio, recebem intervenção farmacológica. 

Referências:
http://portalmundocurioso.com- Wagner – Mundo Curioso

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