domingo, 28 de abril de 2013

Jesus vindo pessoalmente nos visitar

Imagine se Jesus Cristo viesse passar uns dias conosco aqui na terra, mesmo em corpo glorificado, mas em carne e osso tal qual se apresentou a Tomé!
Primeiramente ficaríamos felizes e orgulhosos por poder levantar estandartes, gritar a aclamá-lo como o Rei da Glória. Quem sabe alguém iria vender adesivos do tipo “100% Jesus”, ou “Jesus entre nós”, “Falei com Jesus hoje”, etc.
A mídia poderia convidá-lo para entrevistas e ouvir seu conceito sobre o que hoje chamamos de Cristianismo.
Com o tempo, muitos poderiam perder um pouco da euforia, diminuir os estandartes, adesivos e camisetas, e buscar outras formas de fazer com que nosso nome ou instituição pudesse tirar ‘proveito’ da presença física de Jesus, mas sem sucesso.
Provavelmente os dias de euforia dos cristãos nominais e de popularidade Jesus seriam curtos. Logo alguém insinuaria que Ele deveria rever seus conceitos. Pois seu discurso não era uma metamorfose ambulante. Ele continuaria na contra-mão da história chamando as pessoas a serem humildes e verdadeiras.
Ele continuaria a dizer que os verdadeiramente felizes eram os pobres de espírito ao invés daqueles que acham que podem tudo, os mansos ao invés dos soberbos, dos que choram ao invés dos que batem no peito e se julgam um sucesso. Ele continuaria a dizer que habita com o contrito de espírito e que a ninguém despreza.
Jesus não ocuparia tempo com cultos a personalidade nem com iniciativas de promoção do ser humano. Ele continuaria a buscar honrar e glorificar ao Pai acima de qualquer coisa. Ele falaria abertamente que não nos chamou para fazermos sucesso, mas para fazer a vontade do pai. Para sermos agentes de transformação do mundo pelo exemplo que Ele nos deu.
Para surpresa de muitos Jesus continuaria a amar os pecadores, a ir em busca de prostitutas, bêbados, drogados, mendigos e infelizes em geral. Tudo para que sua casa se enchesse. Rejeitados da sociedade atual seriam seu alvo preferido. Como isso nos daria uma severa lição de como nos afastamos de muitas prioridades suas. Ele nunca acharia que já temos crentes demais.
Provavelmente receberia convites para ir a cultos, hoje chamado de reuniões, em salões magníficos de hotéis e centro de eventos, etc. Nesses lugares onde culto é reunião, pregação palestra, Estudo Bíblico Workshop, hino número, pregador, palestrante. Seria também convidado ao que estão chamando de louvor, os espetáculos onde as pessoas vão se divertir, pular, extravasar, gritar da mesma forma dos shows mundanos. Creio que Jesus não se adequaria ao luxo e frieza da marketinzação do evangelho para elite, nem aos espetáculos gospels de promoção dos artistas e diversão das platéias.
Poderíamos nos surpreender ao ver Jesus sentado evangelizando uma “mulher da vida”, com a mesma convicção que evangelizaria políticos corruptos ao invés de elogiá-los.
Penso que teria um profundo sentimento de que nada fiz para o engrandecimento de seu Reino, que nada faço para espalhar seu amor e seu bom cheiro. E que a religiosidade talvez deixe um pouco opaca a visão do que realmente é santidade e serviço no Reino.
Jesus faria menção dos pioneiros que deram a vida pelo Evangelho e outros anônimos que continuam a dar sua vida hoje em amor a Jesus nos hospitais, nas prisões, nas residências e porque não dizer nas igrejas que primam por honrá-lo. Provavelmente seu louvor preferido seriam aqueles ultrapassados que foram feito sem pretensão de mercado.
Jesus nos demonstraria com a mesma ênfase das Escrituras que seu Reino não é deste mundo. Compreenderíamos melhor que a herança dos santos na luz não consiste nas coisas materiais.
www.comoviveremos.com
Jossy Soares é crente. Serve a Jesus em Cuiabá-MT. 
É integrante da Agência Pés Formosos. 

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