quinta-feira, 11 de abril de 2024

Fechando a Olaria de faraó

“E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés”. “Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.”
Êxodo 1:7-11 e 14.

No Egito, o sol ardente parecia pintar a paisagem com tons de opressão e jugo. Era um lugar de amarras invisíveis, onde as correntes da escravidão emocional e espiritual prendiam os corações dos habitantes como algemas de ferro. Sob o olhar implacável de Faraó, cujo reinado se assemelhava à sombra do próprio diabo, as pessoas viviam subjugadas, esmagadas sob o peso de exatores cruéis.

Nas ruas poeirentas, as sombras dos oprimidos dançavam em meio ao calor sufocante, testemunhas silenciosas da derrota e da perseguição que assombravam aquele lugar. O Egito, para muitos, tornara-se sinônimo de escravidão, um lugar onde os sonhos eram abandonados à beira do Nilo, enquanto as águas fluíam como testemunhas mudas da estagnação.

Ali, os habitantes conviviam com forças obscuras e poderes sinistros que os aprisionavam em um ciclo interminável de coisificação, onde o crescimento era uma ilusão distante e a própria existência se reduzia a uma luta diária pela sobrevivência. Medo e comodismo eram as pedras fundamentais da vida no Egito, uma terra onde as bênçãos de Deus pareciam estar além do alcance humano.

Havia sinais, sutis, mas inegáveis, que denunciavam a presença de alguém aprisionado nas garras do Egito. Um olhar vazio, a resignação no caminhar, a ausência de esperança pintada nos rostos cansados... Todos esses eram testemunhos de uma vida vivida sob o domínio da opressão.

Mas mesmo nas sombras sufocantes do Egito, uma luz tênue brilhava no horizonte. Uma promessa divina ecoava nos ventos do deserto, sussurrando palavras de libertação e redenção. Pois Deus reservava uma terra prometida para aqueles que ousassem sonhar além das areias do deserto, uma terra onde a liberdade florescia como um jardim em plena primavera.

Portanto, para aqueles que se encontravam presos no Egito, que suas mentes e corações não se desesperassem, pois sua jornada não terminava ali; o Egito não era o seu lugar, e o destino reservado por Deus aguardava ansiosamente por sua chegada, onde finalmente poderiam experimentar as verdadeiras bênçãos da vida livre da opressão.

O Egito é um lugar onde os sonhos são arrancados brutalmente, onde cada amanhecer parece trazer consigo a morte de mais uma esperança. Nas ruas empoeiradas, os rostos marcados pelo desespero são testemunhas silenciosas da carnificina perpetrada contra os sonhos. É como se a própria atmosfera estivesse impregnada com o odor da morte dos anseios mais profundos do coração humano.

Ao longo dos anos, a tirania implacável de Faraó se ergueu como uma muralha intransponível, sufocando qualquer lampejo de aspiração que ousasse florescer nos corações dos oprimidos. Sob seu jugo cruel, os sonhos eram tratados como relíquias do passado, condenados à execução sumária, como se não houvesse espaço para eles na realidade desoladora do Egito.

Faraó urdia estratégias perversas para manter seu povo mergulhado na escuridão da escravidão, impedindo-os de ter tempo para Deus, para suas famílias, para si mesmos. Cada dia era uma batalha árdua pela mera sobrevivência, uma luta contra as correntes que os aprisionavam em um ciclo interminável de opressão.

O tirano Faraó lançava fardos sobre os ombros já cansados daqueles que ousavam sonhar, pesadas cargas que sufocavam qualquer lampejo de esperança, deixando-os sem fôlego para aspirar por uma vida melhor. Os sonhos eram esmagados sob o peso avassalador da escravidão, e aqueles que ousavam alimentá-los eram tratados como rebeldes que precisavam ser silenciados.

Mas mesmo no coração sombrio do Egito, uma voz sussurrava palavras de libertação e redenção. Deus, em sua infinita misericórdia, tinha planos para tirar seu povo daquela terra de morte dos sonhos, para arrancá-los das garras do assassino implacável que era Faraó. Ele ansiava conduzi-los para fora daquele lugar de desespero, onde os sonhos eram ceifados antes mesmo de terem a chance de brotar, e levá-los para uma terra onde a esperança florescia como um jardim em plena primavera.

No labirinto de sofrimento que era o Egito, a escravidão não vinha com um aviso prévio, não havia um contrato assinado que determinasse sua entrada naquela prisão de almas. Era como se as correntes da opressão tivessem se enroscado sorrateiramente ao redor dos tornozelos daqueles que agora se viam mergulhados na escuridão. Perguntar a alguém como havia chegado àquela condição de escravidão seria como indagar sobre a origem de um pesadelo; as respostas se perdiam em um nevoeiro de confusão e desespero.

Para muitos, a vida no Egito era como uma queda vertiginosa em um abismo sem fundo, onde a solidão, as derrotas e as frustrações aguardavam ansiosamente para recebê-los em seus braços gélidos. Eles se encontravam aprisionados em uma existência sem propósito, sem controle sobre seus próprios destinos, como marionetes nas mãos de um manipulador invisível.

A cada dia, as correntes da escravidão se apertavam mais e mais, sufocando qualquer lampejo de alegria ou realização. Eles estavam presos, mas muitos sequer percebiam a extensão de sua própria prisão. Em sua cegueira voluntária, não reconheciam Faraó como o opressor que ele era, e se conformavam com a miséria imposta por aquele que personificava a tirania.

No Egito, a paz era uma ilusão distante, o tempo uma miragem inalcançável. Mas o projeto de Deus para seu povo não era de desespero e opressão; era de libertação e restauração. Ele desejava curar as feridas da alma, restaurar a identidade perdida na escuridão do Egito e conduzi-los para fora daquela terra de escravidão sem motivo.

Para aqueles que estavam perdidos nas sombras do Egito, a promessa de Deus era um farol de esperança brilhando na escuridão, apontando para uma vida de liberdade e plenitude além das areias do deserto. Ele ansiava por guiá-los para fora daquela prisão de alma, para uma terra onde a paz reinava e o tempo se desdobrava em um ritmo divino.

No reino sombrio do Egito, o tempo era uma mercadoria escassa, um recurso a ser consumido vorazmente pelas garras insaciáveis da tirania de Faraó. Cada segundo era meticulosamente controlado, cada minuto devorado pelas exigências implacáveis da opressão. Sob o jugo do tirano, não havia espaço para o crescimento pessoal, para a busca de um propósito maior; cada momento era consumido pelas demandas intermináveis do trabalho árduo e da servidão.

Era uma existência marcada pela frustração, onde mesmo após uma vida inteira de labuta incessante, as recompensas pareciam se esquivar como sombras fugidias. Os habitantes do Egito viam seus dias se esvaírem em uma rotina exaustiva, sem vislumbrar qualquer perspectiva de melhoria ou realização. Era como se estivessem presos em um ciclo interminável de esforço sem recompensa, uma existência vazia de significado e propósito.

A perda de identidade era outra ferida infligida pela cruel mão do Egito. O povo de Israel, que um dia fora pastor de ovelhas, encontrava-se agora reduzido à condição de meros amassadores de barro, escravos em uma terra estrangeira. O Egito tinha o poder não apenas de roubar-lhes a liberdade física, mas também de corroer a própria essência de quem eram, transformando-os em sombras pálidas de sua verdadeira identidade.

Mas Deus não havia esquecido seu povo no Egito. Ele havia prometido libertá-los, restaurar-lhes a dignidade e conduzi-los para fora daquela terra de escravidão e desespero. Pois o escravo não tem projeto, não sonha, não planeja construir nada na vida; ele olha para o futuro e enxerga apenas um horizonte sombrio de derrota e resignação. No entanto, o coração de Deus ansiava por vê-los crescer, prosperar e florescer em sua plenitude.

No Egito, a presença de Deus era uma ausência palpável, um vazio que ecoava nas almas daqueles que haviam sido privados de sua luz e amor. Mas a promessa de Deus permanecia inabalável, um farol de esperança brilhando na escuridão, chamando seu povo para fora daquela terra de comodismo e desesperança. Pois havia uma posição no projeto de Deus para cada um deles, uma posição de liberdade, de propósito e de plenitude, esperando para ser ocupada por aqueles que ousassem sonhar além das areias do deserto do Egito.

Na desolação do Egito, a estrutura familiar tornava-se uma vítima colateral da opressão implacável de Faraó. O escravo, privado de sua identidade e de sua liberdade, via-se também destituído da estrutura sólida que deveria sustentar sua vida: a família. A falta de uma estrutura familiar definida era apenas mais uma das cicatrizes deixadas pela tirania do Egito, uma ferida aberta na alma daqueles que haviam perdido de vista o projeto de Deus para suas vidas.

Quando as mãos afrouxavam para os valores e princípios familiares, quando o pecado encontrava brechas para entrar e a maldição se aninhava em seus lares, a destruição se insinuava sorrateiramente, minando as fundações daquilo que deveria ser um refúgio de amor e segurança.

No entanto, a libertação do Egito trazia consigo não apenas a promessa de liberdade individual, mas também a restauração das famílias de Israel. À medida que Deus os conduzia para fora da terra da escravidão, Ele os chamava a reassumir seus papéis como cabeças de família, a liderar seus lares com coragem e determinação.

Assim, a marcha rumo à liberdade não era apenas uma jornada física, mas também espiritual e familiar. Era um chamado para que as famílias se erguessem juntas, unidas em sua busca por uma vida plena e abundante além das fronteiras do Egito.

Pois Deus não apenas desejava libertar seu povo da escravidão física, mas também restaurar sua integridade, sua identidade e seus laços familiares. Na marcha para fora do Egito, Ele os convidava a marchar juntos, como uma família restaurada, em direção ao destino que Ele havia preparado para eles desde o início dos tempos.

Podemos nos encontrar em profunda necessidade se não entendermos o princípio da posse. Temos o direito às promessas de Deus, mas só as teremos de fato se as conquistarmos pela fé. A terra de Canaã estava ocupada por outros habitantes (posse), mas era deles (direito) eles tinham o desafio de possuir.

As casas já estavam construídas, as lavouras plantadas, as arvores frutíferas, as ovelhas, os gados, as riquezas já estavam acumulados para o povo de Deus.

Deus é totalmente interessado na sua saída do Egito. Hoje é um dia sobremodo oportuno de libertação do Egito. Os hebreus eram escravos e por anos e anos clamavam pela liberdade.
Deus ouviu o clamor do povo e enviou o libertador.

Após muitos sinais e maravilhas que Deus realizou através de Moisés, finalmente o povo foi totalmente liberto. Faraó não se conformou e foi atrás para trazê-lo de volta, a fim de escravizá-lo novamente para que tornassem a amassar o barro e fazer tijolos.

Deus o livrou novamente fazendo mais maravilhas: abriu o Mar Vermelho e o povo passou no meio do mar em terra seca. O mar se fechou e o povo não mais viu faraó, não houve mais ameaças, nem perseguições de faraó, enfim o medo acabou e agora...rumo a liberdade.

Deus caminhava com o povo de noite como coluna de fogo para iluminar e aquecer, de dia como nuvem para dar sombra e proteção.

Mas...o que é isto? O povo está gritando? Não há mais perseguições...faraó ficou para trás...a escravidão não existe mais...e porque o povo está gritando? Ah...ficaram com saudades da cebola e do alho do Egito.

Se revoltaram contra Moisés e querem voltar atrás. Mas ...aqui não há faraó para intimidá-los, o povo caminha para a liberdade, mas resmungam, blasfemam, querem voltar a amassar barro, fazer tijolos, porque desejam o alho e a cebola do Egito.

Adoram ídolos e não percebem que Deus está no meio deles, levando-os para a liberdade na terra prometida. Triste fim de um povo que não valorizou os sinais e maravilhas que Deus realizou para salvá-lo e morreu no deserto, sem ao menos usufruir da liberdade na terra prometida.

Faraó não podia mais alcançá-los, o Mar Vermelho os separava. O diabo também não pode mais te alcançar pois o sangue de Jesus pagou o preço do seu resgate e agora você é de Deus...não torne para o pecado, para o ódio, drogas, não aceite o medo, angústia, ameaças do diabo pois você pertence a Jesus.

Os hebreus queriam voltar por causa da cebola e do alho, sentiram saudades da escravidão. Você tem saudades da escravidão do pecado? Ama tanto o pecado que quer voltar atrás? Você quer trocar a liberdade e a proteção divina pela escravidão e domínio de satanás?
Pare e pense...hoje pela liberdade que temos em Cristo, você pode escolher, mas se seus olhos forem fechados por causa do pecado, não haverá mais a liberdade de escolha. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós.

Israel ficou cativo no Egito por 430 anos (Êx 12,40).

Israel não chegou ao Egito como mendigo, e nem pobre; chegou ao Egito, rico! Israel era a maior potência econômica da época.

Quando chegou ao Egito era cerca de setenta pessoas; o pai Jacó e onze filhos, doze, porém um já estava lá, José. Seus filhos com suas mulheres, suas mulheres com seus filhos, e segundo historiadores, setenta pessoas e cerca de quatrocentos empregados, muita prata, muito ouro. Só Rebeca em seu noivado recebeu dez camelos cheios de ouro e prata. Abraão era rico, e deixou sua riqueza para Isaque, e Isaque a Jacó, e toda a riqueza desceu para o Egito. Jacó, pai do governador do Egito(José), chegou ao Egito na carruagem de faraó, e teve cortejo ao entrar (Gn. 46,5-6). Foram morar em Gósen, condomínio dos Hebreus; só eles moravam ali; guardas o vigiavam. Quatrocentos anos depois, o muro do condomínio fora derrubado, as suas riquezas foram tomadas, prata, ouro, fazendas. Daí, são tomados como escravos, passando a amassar barro.

Aquele povo passou a conhecer a miséria, e essa humilhação só terminou quando clamaram ao Senhor. Deus está dizendo; eu vi a aflição do meu povo eu ouvi seus clamores e eu conheço. E só conhece aquele que está próximo; ou seja, Deus estava com o povo de Israel, e por quê ele demorou quatrocentos e trinta anos para tirá-los da escravidão? Porque ainda não haviam clamado.

Enquanto Israel não clamou, Deus não se manifestou. Quer deixar de amassar barro? “Clama a mim e responder-te-ei”

Deus é onisciente, onipresente, ele vê tudo. Deus viu o seu povo sendo humilhado por Faraó, viu suas riquezas sendo saqueadas, seus filhos eram partidos e jogados no rio Nilo, sendo comidos por crocodilos. Eles ficaram quatrocentos e trinta anos porque aceitaram e se acomodaram com a situação. Quando caíram na real e clamaram a Deus, Ele se levantou para libertá-los. O grande EU SOU se levantou e comprou a briga. Deus foi tão fiel, que os libertaram e os deram suas riquezas de volta (Ex. 3,22)

Faraó tipifica satanás, e este é quem está dominando este mundo; Israel tipifica a Igreja do Senhor Jesus.

Acabamos de ler que os filhos de Israel se multiplicaram, que eles eram fortes. Faraó não foi para cima deles com espada, mas arquitetou um plano, teve uma ideia diferente; vamos colocar serviços para eles.

“Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.” O Senhor liberta da olaria de Faraó!

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