A Vergonha e o Pecado
Quando pecamos, ficamos preocupados em esconder nossa vergonha, pois passamos a desconfiar da bondade de Deus, do Seu cuidado e amor, e a duvidar de Sua palavra. Nos escondemos, para tapar nossa vergonha. Isso nos leva a um sentimento de humilhação e constrangimento.
O pecado permite que passemos a ver a pequenez e a humilhação da vergonha. Passamos a nos preocupar com a nossa autoimagem, com a imagem pública, enquanto o propósito na criação é a de reproduzir a imagem de Deus e multiplicar na terra a imagem da glória de Deus. O pecado traz uma preocupação com a nossa autoimagem, com a glória pessoal.
Numa sociedade obcecada com a honra e com a esperança, os indivíduos correm para esconder seus pecados, como se a exposição da vergonha fosse o fim do mundo. Será que não seria mais libertador aceitar nossas falhas e buscar o crescimento pessoal, sem medo do olhar julgador dos outros?
E que tal a busca pela glória pessoal, pela imagem pública perfeita? Quantos sorrisos falsos escondem a realidade por trás das redes sociais? Será que não seria mais autêntico abraçar nossas imperfeições e abraçar a verdadeira essência de nossa humanidade? Quando uma pessoa comete um pecado, pode experimentar uma sensação de vergonha, que é uma emoção associada ao julgamento social negativo e à perda de julgamento. A pessoa pode ser julgada culpada por outros e enfrentar repercussões sociais, legais ou pessoais. A honra passou a ser um componente de cultura de engrandecimento da própria imagem e reputação (como os outros me vêm).
A relação entre o pecado e a exposição da vergonha está enraizada na ideia de que o pecado é algo que deve ser mantido em segredo ou oculto, pois traz consigo um senso de culpa e desaprovação.
Apesar que nessa cultura de embate entre a honra e a vergonha não há espaço para o arrependimento, o arrependimento e o perdão são portais que nos conduzem a um caminho de cura e reconciliação com o divino.
A vergonha é apenas uma mera máscara que usamos para esconder nossos próprios deslizes. A vergonha e o pecado podem fazer parte de nossa história, mas não definem quem somos.
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