Poucas mulheres tiveram o privilégio de marcar a história da humanidade como aquela que conhecemos como Débora. Débora, a Juíza Israelita que foi decisiva na vitória dos Hebreus contra os Cananeus.
Seu nome em hebraico é "Devorah" cujo significado talvez revele muito de seu caráter. Devorah significa abelha, um pequeno inseto que tem poder para causar grandes danos aos seus inimigos ao mesmo tempo que trabalha em conjunto para a união e prosperidade de toda uma colmeia. Ela, simplesmente identificada como “mulher de Lapidote”, foi única mulher das Escrituras Sagradas elevada a um alto cargo político.
Débora foi uma líder destacada em Israel. Ela liderou o povo quando a nação enfrentou uma crise de ressurgimento do poder cananeu na época dos juízes.
Era uma dona de casa quando foi escolhida para servir a sua nação. Deixou como segundo plano seus afazeres domésticos e decidiu ser “mãe de Israel” antes de se tornar juíza. O período dos juízes foi de grande dificuldade espiritual para o povo de Israel:
Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos e fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor e serviam aos baalins.
Era muito triste toda essa situação, pois Israel havia se tornado a menina dos olhos de Deus entre os povos! Deus então levantou Débora, uma mulher admirável, alguém que tinha se tornado porta-voz de Deus em meio a um povo pecador e idólatra.
A abelha é uma das criaturas mais impressionantes da terra. Sua organização social nos dá uma lição de vida. Débora era uma verdadeira “abelha- rainha” no meio do povo de Israel. Voou mais alto que os demais. Enquanto homens e mulheres israelitas mergulhavam no lamaçal do pecado, Débora mostrava com sua vida o seu compromisso com Deus.
“Naquele tempo, Débora julgava Israel” (Juízes 4:4). Ela passou a ser considerada pelo povo com juíza em Israel por causa do seu testemunho e de sua vida espiritual. Alcançou uma posição que jamais outra mulher havia obtido. Foi a escolhida e modificou sua qualidade de “mulher”. Profissional criativa e competente tinha seu “tribunal” embaixo de uma palmeira.
Débora não queria liderar uma guerra, e nem tinha um porte físico para isso. Então chamou Baraque. Porém Baraque, mesmo disposto a ir, queria a companhia de Débora. Não havia certamente um homem disposto a assumir, sozinho o comando para libertar Israel. Débora corajosa, comandante das forças da guerra da independência do povo de Israel, foi para a batalha.
Ela, juntamente com Jael (que matou estrategicamente Sísera) foram as responsáveis por esta vitória militar. A honra ficou com as mulheres e não com os homens. Débora não teve medo e mais uma vez, assim como outras mulheres corajosas aceitaram o chamado de Deus.
Ela foi uma mulher corajosa, que não se importou com rótulos: “mulher”, “dona de casa”, “esposa”. Ela ganhou mais um título, e que esse sim, rendeu vitórias para sua vida e com o seu povo “Juíza”. Débora soube como salvar o povo de Israel. Acima de tudo ela foi conselheira, e levava a palavra de Deus aos que estavam perdidos.
Quantos de nós não somos assim. Acreditamos nas coisas que achamos cabíveis, e não as que são importantes para nós. Até quando vamos continuar a fugir do que realmente é importante? Temos que aceitar o chamado de Deus, não importando quais serão as circunstâncias.
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