Muitas pessoas dizem que a primeira coisa que querem fazer quando chegarem ao céu é ver todos os seus amigos e entes queridos que já faleceram antes delas. Na eternidade, haverá tempo de sobra para ver, conhecer e estar na companhia dos nossos amigos e familiares.
Quando a pequena criança de Davi morreu, ele declarou: "Eu irei para ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12:23). Davi supôs que seria capaz de reconhecer o seu filho no Céu apesar de ele ter morrido como um bebê. Em Lucas 16:19-31, Abraão, Lázaro e o homem rico eram todos reconhecíveis após a morte. Na transfiguração, Moisés e Elias foram reconhecidos (Mateus 17:3-4). Com esses exemplos, a Bíblia parece indicar que poderemos ser reconhecidos depois da morte.
A Bíblia declara que quando chegarmos no Céu, "Seremos semelhantes a Ele; porque assim como é, o veremos" (1 João 3:2). Assim como nossos corpos terrenos eram do primeiro homem, Adão, assim também nossos corpos ressuscitados serão como o de Cristo. "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade" (1 Cor. 15:49, 53).
Um fato que nos leva a concluir que no céu seremos conhecidos é o de que Jesus, após a Sua ressurreição, foi reconhecido. Muitas pessoas reconheceram-no depois da ressurreição. Se Jesus foi reconhecido em seu corpo glorificado, também seremos reconhecidos em nossos corpos glorificados.
Sendo Cristo o “primogênito dos mortos”, ou seja, o primeiro em importância, a Sua ressurreição serve de modelo para a ressurreição de todos os cristãos. Assim como Cristo subiu para o céu com um corpo glorificado, também teremos um corpo glorificado para que possamos ter uma vida normal no paraíso, onde poderemos tocar as pessoas que amamos e até nos alimentarmos.
Em Mateus 26:29, Cristo diz aos discípulos que “Não beberia mais do fruto da videira até aquele dia em que iria beber novamente com eles no Reino de Deus”.
Vemos claramente que no céu seremos pessoas “reais”, e não “espíritos desencarnados”. Teremos corpos transformados à imagem do corpo glorioso de Jesus.
As Escrituras Sagradas nos garantem que veremos os entes queridos mortos que nos antecederam. Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão.
Até o céu; lá nos voltaremos a ver, ensinam as Escrituras Sagradas. Que grande felicidade será para nós poder encontrá-los, depois de ter chorado tanto a sua ausência! Não nos deixemos levar ao desespero quando alguém parte; somos cristãos. A morte não é o aniquilamento estúpido que pregam os materialistas sem Deus, mas o renascimento da pessoa. A vida não é tirada, mas transformada! Só o cristão valoriza a morte e é capaz de ficar de pé diante dela. Deus não nos criou para o aniquilamento estúpido, mas para a sua glória e para o seu amor. Fomos criados para participar da felicidade eterna de Deus. Lá não haverá mais pranto, nem lágrimas e nem luto.
Nós seremos transformados por Deus (nosso corpo mortal se revestirá da imortalidade), mas, nossa individualidade e personalidade serão preservadas. Para Deus não haveria graça alguma se nós não fôssemos nós mesmos. Ele nos ama do modo como somos. Você já pensou o quanto seria ruim se, ao ir para lá, você abraçasse um ente querido e seus braços “cruzassem” o “espírito” da pessoa que tanto gosta? A vida seria muito triste! Demos graças a Jesus por Seus planos para nós serem muito melhores do que aqueles apresentados pelo espiritualismo.
Mesmo antes de recebermos nossos corpos glorificados, se for o caso de morrermos antes do arrebatamento, continuaremos a ter nossa individualidade, ou seja, seremos reconhecidos como indivíduos, pessoas, com certas características. Assim, tanto o rico como Lázaro, em Lucas 16.19‑31, são reconhecidos após a morte, com a diferença de que apenas Lázaro é chamado pelo seu nome.
Em João 11, o Senhor chama Lázaro pelo nome, para que saísse do túmulo. Ora, se Lázaro tivesse perdido sua identidade após haver morrido, ele não seria mais alguém a quem o Senhor poderia se dirigir da maneira como era conhecido aqui.
Vejamos outro verso:
“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus” (Mateus 8:11).
Se iremos conhecer no céu Abraão, Isaque e Jacó, é mais do que óbvio que reconheceremos nossos entes queridos! Esses fatos (tomar suco de uva e sentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó) ensinam que no céu iremos nos alimentar – evidência clara de que seremos seres reais e não “espíritos”. Além disso, a Bíblia diz que comeremos da árvore da vida.
Embora iremos ser transformados, não perderemos nossa identidade. Receberemos, sim, um novo nome (diferente do nome que temos agora e secreto) escrito numa pedra branca, o que significa que teremos uma identidade (nome) como indivíduos. Pedra nos fala de indivíduos separadamente.
Apesar de nossa individualidade ser preservada, nosso caráter será transformado em um caráter puro. Mas isso não fará com que esqueçamos quem somos e quem são nossos familiares queridos. Não sofreremos nenhuma espécie de “lavagem cerebral”. Logo chegará o dia em que os mortos serão ressuscitados e arrebatados para o céu, onde poderemos viver de uma forma tão maravilhosa como jamais sonhamos.
Em Mateus 17, Moisés (que havia morrido) e Elias (que fora arrebatado) aparecem com o Senhor e continuam sendo Moisés e Elias, reconhecidos inclusive pelos discípulos.
Assim também, os discípulos reconhecem o Senhor depois de haver ressuscitado, exceto quando seus sentimentos ainda estavam fechados, como aconteceu com os discípulos no caminho para Emaús.
Portanto, irmão, será um grande gozo vermos o Senhor quando partirmos daqui. E será também motivo de muita alegria podermos reencontrar aqueles queridos que partiram antes de nós para a glória.
Apesar de alguns acreditarem que no céu não veremos nada além de Cristo e nem iremos querer reencontrar ou interagir com pessoas, é preciso lembrar que quando o apóstolo Paulo escreveu sobre o arrebatamento ele o fez como uma resposta ao anseio daqueles que tinham perdido seus entes queridos que morreram na fé.
A passagem fala, obviamente, do bendito encontro com Cristo, mas o motivo de Paulo para tocar no assunto foi nosso reencontro e reunião com os que morreram em Cristo.
No entanto, esse não será o nosso foco principal porque estaremos muito mais ocupados em adorar a Deus e desfrutar das maravilhas do Céu. Nossas reuniões com entes queridos provavelmente consistirão de recontar a graça e a glória de Deus em nossas vidas, o Seu maravilhoso amor e os Seus milagres. Alegraremo-nos ainda mais porque poderemos louvar e adorar o Senhor na companhia de outros cristãos, especialmente aqueles que amamos na terra. Ser capaz de ver os nossos entes queridos é um aspecto glorioso do céu, mas o céu é muito mais sobre Deus e muito menos sobre nós. Que prazer será estarmos reunidos com os nossos entes queridos e adorar a Deus com eles por toda a eternidade.
Portanto, não perca essa chance. Aceite a Jesus como seu salvador pessoal, creia na morte e ressurreição dEle e entregue o seu coração a Deus: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. Fazendo isso você estará se preparando para a eternidade.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
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