sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

I.    INTRODUÇÃO
 Quando usamos o termo “a vinda de Cristo”, estamos nos referindo à segunda aparição pessoal de Cristo. No livro de Atos, quando Jesus ascendeu ao céu, nos disse:
“Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (Atos 1.10-11).

A segunda vinda do Senhor é então, o evento ao qual nós crentes em Cristo, esperamos com grande desejo, tal como faziam Paulo e Pedro, os demais apóstolos e os crentes da igreja primitiva. Neste dia seremos ressuscitados, transformados e vivificados.
A segunda vinda de Cristo é tão certa quanto à primeira. A Bíblia fala cerca de 845 vezes sobre o retorno de Jesus à terra. No Novo Testamento temos 318 predições sobre a volta de Cristo para buscar o Seu povo.
A segunda vinda será mais gloriosa no aspecto metafísico que a primeira. Na primeira vinda Ele veio redimir a alma (Ef 1.7; Cl 1.14), na segunda Ele virá restaurar o corpo (Rm 8.23). Na primeira vinda Ele veio numa manjedoura (Lc 2.7), na segunda, virá em trono (Ap 20.11). Na primeira vinda Ele veio como criança (Is 9.6; Mt 2.8, 13), na segunda, virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Na primeira vinda Ele veio em carne (Jo 1.14; 1ª Jo 4.2), na segunda, virá em glória (Ap 19.11). Na primeira vinda Ele entrou em Jerusalém montado num jumentinho (Mt 21.7), na segunda, virá montado num cavalo branco (Ap 19.11). Na primeira vinda Ele veio instituir a Igreja (Mt 16.18), na segunda Ele virá buscar a Igreja (Jo 14.3; Ap 22.7).
Para todo o cristão convertido a Cristo o momento mais esperado de todos os dias de Sua vida, é que sem dúvida o dia do arrebatamento da Igreja, neste dia todo aquele que recebeu a Jesus Cristo como Salvador de sua alma irá encontrar-se com o Senhor nas nuvens, estando liberto para sempre de qualquer tipo de provação, dor, angústia, lágrimas, tristezas, problemas etc.
Quando voltar, o Senhor encontrará quatro grupos de pessoas na terra:
  • O primeiro grupo não sabe que Ele voltará, nunca ouviu falar de seu retorno, por isso não irá com Ele.
  • O segundo grupo sabe que Ele voltará, já ouviu falar sobre sua vinda, mas não acredita que virá e também não irá com Ele.
  • O terceiro grupo sabe que Ele virá, crê que voltará, mas não espera e de igual modo também não subirá com Ele.
  • O quarto grupo sabe que Ele virá, acredita que voltará, espera ansioso sua vinda e subirá com Ele.

II.             AS DUAS FASES DA VOLTA DE CRISTO

A segunda vinda de Jesus será em duas fases num espaço de sete anos. 
A vinda de Jesus dar-se-á em duas fases distintas:
  1. A primeira fase será invisível. Será para os cristãos ou para a Igreja (Noiva) de Jesus, que espera o seu Noivo, e será antes da grande tribulação.
  2. Segunda fase será visível. Será a manifestação de Cristo em Glória, acompanhado de seus santos (Igreja) e anjos, depois da grande tribulação.
A primeira fase chama-se arrebatamento, a segunda fase chama-se revelação. Na primeira fase Ele arrebatará a Igreja (1ª Ts 4.16-17), na segunda Ele vira com a Igreja (Ap 19.11; Zc 14.5b; 1ª Ts 3.13; Jd v.14). Na primeira fase Ele virá para a Igreja. A segunda é a volta dEle em glória; é a sua revelação pública; sua manifestação ou aparecimento visível a Israel e às demais nações. Na primeira fase Ele virá como estrela da manhã (Ap 22.16). Na segunda como sol de justiça (Ml 4.2). Na primeira fase Ele virá sobre as nuvens (1ª Ts 4.17), na segunda Ele descerá sobre o monte da Oliveiras (Zc 14.4). Na primeira fase o mundo não o verá (1ª Co 15.52). Na segunda fase todos o verão (Ap 1.7). Para Jesus vir com os Seus Santos (Jd 13; Zc 14.5) é mister que primeiro os tome para Si (Jo 14.3).
Entre o arrebatamento e a revelação de Jesus decorrerá um período de sete anos, conforme Apocalipse 11.3 e 13.5; Daniel 9.27. Estes sete anos corresponde a 70ª “semana de anos de Daniel 9.24, 27. Fazendo uma leitura mais apurada em Dn 9.24-27 veremos que o texto fala claramente sobre 70 semanas separadas para Israel, conforme o gráfica abaixo:
É a semana de anos. É bíblica a expressão “semana de anos”, segundo Gênesis 29.27 e Levítico 25.8. Que os dias podem vir a significar anos vê-se em Ezequiel 4.7.
Considerando as distintas manifestações de Jesus na sua primeira e segunda vinda, podemos dizer que:
a. Em Belém, Ele veio como o Messias Salvador do mundo.
b. Nos ares, Ele virá como o Noivo para a sua Igreja.
c. No monte das Oliveiras, Ele virá como Juiz e Rei, para julgar as nações e estabelecer o seu reino milenar.
Logo após Jesus arrebatar Sua igreja começará um período chamado de grande tribulação, esse período vai durar sete anos. Somente no final dos 7 anos é que o Senhor voltará com a Igreja para implantar o milênio e salvar os remanescente de Israel.

III.  A CONFIRMAÇÃO BÍBLICA DA VOLTA DE CRISTO

Já tivemos muitos eventos importantes na terra: a destruição dos seres humanos com o dilúvio, a destruição de duas cidades pecaminosas chamadas Sodoma e Gomorra e a redenção efetuada por Jesus no alto do Calvário. Todos esses eventos marcaram tremendamente a humanidade, porém, aguardamos agora um dos maiores eventos que irá abalar o mundo inteiro; a vinda do Senhor Jesus para buscar a Sua Igreja.
O Senhor Jesus confirmou o Arrebatamento (Jo 14.2-3; Mt 24-27; 1ª Co 15.23; Tt 2.13). O Senhor afirmou que voltaria com a Igreja para reinar no milênio (Mt 24.30; Ap 1.7; Mt 16.27). Os apóstolos afirmaram que Jesus voltaria (1ª Co 15.23; 1ª Co 1.7; 1ª Ts 4.16-18; 1ª Jo 2.28; Tg 5-7). Judas o Apóstolo também afirmou a vinda de Jesus (Judas v. 14). Os profetas do Antigo Testamento falaram da vinda do Senhor (Ml 3.1-5;Sl 24.7-10; Zc 14.4). Os anjos afirmaram que o Senhor voltaria (At 1-10-11). A ceia do Senhor é uma confirmação da volta de Cristo (1ª Co 11.23). Os sinais que ora se cumprem, segundo as profecias da Bíblia, atestam que Jesus virá (Mt 24.3).
Se as profecias da Bíblia não estivessem cumprindo-se em nossos dias, a nossa fé seria vã e sem esperança. Mas, damos graças Deus porque Ele é justo e fiel. Nada Ele faz sem primeiro comunicar aos seus servos. Porquanto temos a convicção de Sua volta e os que crêem na sua vinda e obedecem Sua Palavra não ficarão envergonhados. Amem!
IV.  PARA QUEM JESUS VIRÁ 
Jesus virá para:
·         Virá só para a Igreja (Mt 25.6).
·         Levar Sua Igreja para Si (Jo 14.31ª Ts 1.10).
·         Consumar a Salvação dos Seus (Rm 13.11).
·         Glorificar os Seus (Ef 5.27; Rm 8.17).
·         Reconhecer publicamente os Seus (1ª Co 4.5).
·         Recompensar a todos os fieis (Mt 16.27).
·         Ser glorificado nos Seus (2ª Ts 1.10a.).
·         Ser admirado pelos Seus (2ª Ts 1.10b.)
·         Revelar mistérios que ora tanto nos intrigam (1ª Co 4.5).

 V. O QUE É ARREBATAMENTO 
A palavra arrebatamento, no contexto da escatologia cristã, é procedente do verbo grego harpazõ, e significa: Arrancar, levar, tirar por força ou violência; tirar algo com rapidez e de forma inesperada, urgência que Cristo irá tirar a Sua Igreja da terra.
O arrebatamento, por conseguinte, é retirada brusca, inesperada e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada às regiões celestes, onde unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus.
O arrebatamento da Igreja marca o início do chamado “O Dia de Cristo” (1ª Co 1.8; 2ª Co 1.14; Fp 1.6; 2ª Tm 4.8). Esse “dia” é relacionado com a Igreja, e vai do arrebatamento da à revelação de Cristo em glória. Este dia tem a ver com os galardões e bênçãos a serem recebidas pela Igreja por ocasião da Sua vinda. “O Dia do Senhor” ao contrário, associa-se com o julgamento das nações. O dia do Senhor não é para a Igreja, mas para os pecadores, incrédulos e judeus e começará após o arrebatamento da Igreja.
Em 2ª Tessalonicenses 2.2, a tradução correta é “dia do Senhor” (Senhor em maiúsculas), indicando “Jeová”, conforme o estabelecido internacionalmente pelos editores da Bíblia: Senhor = Jeová; Senhor = Adonai. A expressão “dia do SENHOR” abrange o mesmo período da vinda de Jesus com relação às nações gentílicas e Israel. Tem a ver com julgamento.
A Igreja será arrebatada ao encontro do Senhor, antes da grande tribulação, que é também denominada na Bíblia de “ira futura” (conf. Mt 3.7; 1ª Ts 1.10; Ap 6.16,17).

VI. PORQUE O ARREBATAMENTO

 ·         Para fazer diferença entre o justo e o injusto (Pv 11.8).
·         Para recompensar os justos por todo trabalho feito a Deus (Ap 22.12).
·         Para premiar os vitoriosos (p 3.5).
·         Para não deixar a Igreja na grande tribulação (1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17).
·         Para vencer a morte (1ª Co 15.51-54).

VII.   A EXTENSÃO DO ARREBATAMENTO

No sentido pleno, a vinda de Jesus abrange um período de 7 anos, compreendendo os três grupos de povos em que Deus mesmo divide a raça humana: Judeus, gentios, Igreja de Deus (1ª Co 10.32).
  1. Para a Igreja. Jesus virá como o Seu noivo celestial, a fim de levá-la para Sua glória.
  2. Para Israel. Jesus virá como Seu Messias, Salvador e libertador para introduzi-la no Milênio, o reino que sempre lhe prometeu (2º Sm 7.16; Mt 25.34).
  3. Para os Gentios. Jesus virá como Juiz e Senhor dos senhores, para julgá-los. Será então a Sua poderosa manifestação como Deus Forte, da profecia de Isaías 9.6.

 VIII.    QUANDO SERÁ O ARREBATAMENTO

Só Deus é quem sabe o dia, a hora, o ano e os minutos que dar-se-á o grande dia de alegria para os salvos.
Ao transcrever o sermão profético de Nosso Senhor, o evangelista Marcos registra uma ênfase que todos deveríamos levar em consideração “Olhai, vigiai e orai”.
Por desconhecer a Palavra, muitos lideres espirituais marcaram a volta de Jesus. Hoje serve de advertência: não devemos especular com as coisas que Deus, em Sua inquestionável soberania reservou apenas para si. Jesus é claro na Sua Palavra quando diz em Mateus:
“Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, estai vós apercebidos também, por que o Filho do Homem há de vir à hora que não pensais”. (Mt 24.36, 42, 43, 44).
“Estai de sobreaviso! Vigiai e orai! Não sabeis quando será o tempo Portanto, não sabeis quando virá o Senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã cedo. Se Ele vier inesperadamente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Mc 13.35-37).
Jesus respondendo aos Seus discípulos quando estavam interrogando a respeito do futuro: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (At 1.7).
Devemos, portanto, estar cônscios em afirmar: “O dia nem a hora ninguém sabe”, mas uma coisa é certa: Jesus vem em breve!

Jesus virá antes que apareça o Anticristo.
 “E agora, vós sabeis o que detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado Porque já o mistério da injustiça opera: somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e, então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo esplendor da sua vinda” (2ª Ts 2.6-8).
Esta passagem é de difícil interpretação, e não convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente. Mas vemos nela a reiteração de que a Igreja não estará sob o domínio do anticristo. Se o mistério da injustiça opera, por que o iníquo ainda não se manifestou? O que o detém? Quem o resiste? Quem será tirado da terra, para que ele tenha total liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo? A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado da terra, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14; 1ª Ts 4.17). E, se é depois disso que será revelado o anticristo, então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja não passará pela grande tribulação!
Enquanto a Igreja do Senhor Jesus não for tirada deste mundo, o homem do pecado, o anticristo não aparecerá. O que o detém é o Espírito Santo. Ele não retira a Sua onipresença, nem sua presença na terra durante a grande tribulação, mas encerra sua tarefa de reprimir o poder da injustiça. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começará o Dia do Senhor. Satanás e o anticristo terão liberdade para levar o mundo ao caos.

IX.  COMO SERÁ A VINDA DE JESUS

1. Será uma descida do céu (Mt 24.30; At 1.11; 1ª Ts 4.16). Todos os textos afirmam que Jesus virá do céu, porque quando ressuscitou foi para o céu (Lc 24.51; Hb 4.14) e hoje está à direita do Pai (Rm 8.34) e é de lá que voltará.
2. Num abrir e fechar de olhos (1ª Co 15.52). Num momento (no gr. átomos), unidade indivisível do tempo.
3. Será repentinamente.
“Pois assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27). Embora o povo esteja prevenido e até esperando o temporal, o relâmpago, contudo vem causando um espanto, uma surpresa. Assim também a vinda de Jesus. Embora os sinais estejam falando disto, Ele virá num momento quando ninguém pensa (Mt 24.44) ou espera (Mt 24.50) ou sabe (Mt 24.42).
O relâmpago aparece com uma velocidade inexplicável. A velocidade de um relâmpago é 70 milésimos de um segundo. Assim também Jesus na Sua vinda. Vira “num abrir e fechar de olhos” (1ª Co 15.52). Jesus vem num só instante, e quer encontrar o Seu povo preparado.
4. Será o mesmo horário no planeta (Lc 17.34-36). Em alguns lugares será:
Noite: Vv. 34 “Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e o outro será deixado”.
De madrugada: Vv. 35 “Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e a outra será deixada”.
De dia: Vv. 36 “Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado”.
Se forem 14 horas no Brasil, no Japão serão 2 horas da madrugada, em São Francisco, nos EUA, serão 9 horas da manhã. Em Londres 17 horas e em Moscou serão 19 horas.
O horário profético de Deus irá assinalar a meia noite, a hora de maior escuridão e trevas sobre a terra. Quando a vida torna-se insuportável neste mundo, o pecado estiver morando diante de sua porta, os valores morais deixarem de existir, quando o mundo estiver mergulhado na falência política, econômica, social e espiritual, quando não se tiverem condições de viver mais no mundo, aí então dar-se-á o arrebatamento e o Senhor virá buscar o seu povo, vamos esperar esse dia com muita oração e vigilância.
X. COMO VIRÁ JESUS 
1. Jesus virá como ladrão. As ilustrações que a Bíblia trás a esse respeito são: como se fora um ladrão que te assalta (1ª Ts 5.2). O povo será tomado de surpresa. Acontecerá de forma e em momentos inesperados.
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti” (Ap 3.3).
A expressão ‘virei como um ladrão de noite’ (Ap 3.3.) e ‘virá como um ladrão de noite’ (2ª Pe 3.10) e as demais citações que contém esta expressão não significam que Jesus virá escondido sem que ninguém perceba. O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo Jesus não avisará a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa, porque será uma destruição total naquele dia. “Vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda”.
Umas das bem-aventuranças, do apocalipse é endereçada, justamente, àqueles que se acham vigilantes: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não vejas as suas vergonhas” (Ap 16.15).
O Senhor Jesus virá inesperadamente, e surpreenderá a muitos que, ao invés de estarem vigiando, encontrar-se-ão com os cuidados desta vida e nos prazeres deste mundo.
2. O ladrão virá sem que seja observado. Assim virá Jesus. Ele desce até as nuvens, e ali encontrará com Sua Igreja (1ª Ts 4.16-17). Quando porém, está escrito em Apocalipse 1.7: “Eis quem vem com as nuvens, e todo olho o verá...”, não há contradição alguma, pois nesta palavra refere-se ao momento quando Jesus, depois da grande aflição, vier com a Sua Igreja e porá os pés no monte das Oliveiras (Zc 14.4).
3. O ladrão sempre leva algo de valor. O ladrão não vem ver o depósito de lixo ou cesta de papéis. Não, ele vem levar os tesouros, as jóias, etc. Assim também acontecerá na vinda de Jesus. Ele levará então as coisas de maior valor da terra. Deus falou do Seus servos que O temem, que serão para Ele o “seu particular tesouro (Mt 3.16-17). Então se vê, onde estão os verdadeiros valores do mundo. O mundo verá que aqueles crentes que oravam e cantavam louvores a Jesus, foram raptados porque eram na verdade as pessoas de maior valor para Deus.
4. O ladrão leva somente o que não lhe pertence. Mas Jesus, quando vier, somente virá “como ladrão”, mas Ele não é ladrão, pois só levará os que pertence a Ele (1ª Co 15.23), os que por Ele foram comprados por um bom preço (1ª Co 6.19-20), os que resgatou com o Seu próprio sangue (At 20.28). Como é bom ter a certeza que pertencemos a Jesus (Rm 8.16).
XI. NO ARREBATAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES EVENTOS

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor (1ª Ts 4.16-17).
Na 1ª fase de Sua vinda para dar-se o arrebatamento, o Senhor virá até as nuvens em grande velocidade de forma secreta (Mt 24-27), como a velocidade do relâmpago.
De acordo com a primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses, o arrebatamento da Igreja de Cristo dar-se-á da seguinte forma:
1. O próprio Senhor Jesus Cristo. 
“Porque o mesmo Senhor… descerá do céu” (v. 16). O apostolo Paulo da ênfase ao senhorio de Jesus conquistado no Calvário quando diz: “o mesmo Senhor”. Os vivos em Cristo e os mortos salvos receberão a ordem de comando do próprio Senhor Jesus Cristo.
2. Voz do arcanjo. Ressoada a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e com voz de arcanjo (1ª Ts 4.16), Ele vem com Seu eficaz poder (Fl 3.20-21).
A tradução do texto diverge na forma, mas não anula o fato conforme está escrito: “à voz do arcanjo” ou “com voz de arcanjo” (v. 16). O texto de Daniel indica que o arcanjo Miguel participará do evento da segunda vinda de Cristo (Dn 12.1), mui especialmente da segunda fase quando Cristo, rodeado de exércitos celestiais, descerá sobre a terra, no monte das Oliveiras (Zc 14.3,4; Ap 1.6,7). Porém no evento do arrebatamento da Igreja, a participação do arcanjo será efetuada pela voz de comando e chamamento, a qual será ouvida apenas pelos remidos.
3. Os mortos em Cristo. 
Naquele dia, quando o Senhor voltar para o arrebatamento, os mortos em Cristo ouvirão a voz de chamamento da trombeta do Senhor pelo arcanjo, e “num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51-52), estarão na presença do Senhor nos ares, com corpos glorificados. A palavra “mortos” diz respeito aos santos que ressuscitarão com corpos transformados em corpo espiritual (soma pneumatikon), enquanto que, os corpos dos ímpios permanecerão em suas sepulturas ate o dia do Juízo Final (Ap 20.12). Assim como Cristo ressuscitou corporalmente, também, os crentes salvos ressuscitarão corporalmente (Lc 24.39; At 7.55,56).
4. Transformação dos vivos. 
Os que estivermos vivos seremos transformados, arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor “nos arres” (v. .17). Este poder abrange “duma extremidade a outra”. Onde estiver um crente seja no sepulcro ou vivo, até ali chegará o poder de Deus, para arrebatá-los. O Senhor Jesus que não será visto pelos habitantes da terra, estará nos ares, um espaço acima das nuvens, esperando a Sua Igreja.
5. O encontro com o Senhor nos ares. 
Nenhum escritor ou artista, por mais hábil, jamais poderá imaginar e avaliar a grandeza do cenário que envolverá o encontro da Igreja, a “noiva do Cordeiro”, Jesus Cristo nosso Salvador. A idéia do crente ser por Deus arrebatado não é nova (Ez 3.12, 14; Hb 11.15; At 8.39-40).
6. Num corpo incorruptível. A Igreja será transformada e revestidos da eternidade e arrebatados “E assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem celestial. A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus. Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Pois a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Pois convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1ª Co 15.49-53). Corpo como dos anjos (Mt 22.30). Semelhante ao do Cristo ressurreto (1ª Jo 3.26). Livres de limitações terrenas (Jo 20.19). Num corpo de glória (espiritual) não precisamos de portas para entrar, pode estar tudo fechado. Assim Jesus entrou, assim nós também seremos.
7. Será um dia como os outros. Muitos dos remidos do Senhor estarão envolvidos na Sua seara e em oração, outros trabalhando normalmente misturados com os ímpios, outros estarão nas igrejas, outros viajando, alguns andando pelas ruas, alguns dormindo por causa do fuso horário, enfim, será um dia que todos nós estaremos ocupados com alguma coisa e vai ser bem nesta hora que ninguém estiver esperando que será dada à ordem do Senhor de tocar a trombeta do arrebatamento.
Esse encontro de ressuscitados e transformados nas nuvens, será um dos mais belos e alegres eventos. Será de maneira gloriosa com muito poder e alegria, pois veremos o Senhor que tanto amamos. A partir daí, pela ordem do Senhor, todos juntos, subirão ao encontro dEle nos ares, quando tomarão o seu destino que é o céu. Acabam-se sofrimento, angústia, tristeza, choro, hipocrisias, frio, calor, perigos etc. Agora estamos plenamente seguros nas mãos de Cristo. E quem nos arrebatará das Suas santas mãos?
O evento constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger, de maneira simultaneamente, diversos fatos que ultrapassam todos os procedentes históricos do conhecimento humano.

XII.  A IGREJA NÃO SERÁ SURPREENDIDA
 1. Deus revelara que Elias seria arrebatado. O Espírito de Deus revelara a Elias (2º Rs 2.3-9), a Eliseu (2º Rs 2.3-5) e aos profetas (2º Rs 2.3-5) que Elias seria arrebatado. Podiam dizer: “eu sei”. O aviso do Espírito Santo foi muito claro, pois um acontecimento como este, não era conhecido antes, mas todos entenderam nitidamente o que estava por acontecer.
Elias sabia que seria arrebatado, mas nem para Eliseu ele podia avisar a hora exata, mas somente que ficasse na expectativa (2º Rs 2.10). Porém ele estava esperando, preparado para qualquer momento subir. Assim também será absolutamente impossível sondar ou descobrir o dia em que Jesus há de voltar nas nuvens (Mc 13.32).
Elias vivia sempre preparado e não carecia de um tempo para um especial preparo, pois para ele o serviço a Deus era a expressão de uma vida em íntima comunhão com Deus. Assim podemos nós também esperar Jesus trabalhando e cuidando dos nossos deveres. Jesus falou dos que serão levados na Sua vinda, que uns estarão no campo, outros estarão moendo e outros dormindo na cama (Lc 17.34-36). Ele disse também que devemos fazer as obras daquele que nos enviou enquanto é dia (Jo 9.4). Quando Ele ensinava através da parábola, a respeito do Senhor que dava minas para que os seus servos negociassem com elas, disse: “Negociai até que eu venha...” (Lc 19.13).
2. O arrebatamento de Elias. Enquanto Elias e Eliseu estavam “andando e falando”, veio um carro de fogo e cavalos de fogo (2º Rs 2.11) e os levou. O Senhor tem muitos carros (Sl 68.17), que são seres espirituais para arrebatarem o profeta Elias (ver também: Ez 1.1-28; 10.122).
3. Elias é um tipo da Igreja. Assim como o Espírito Santo fez Simeão chegar para o lugar onde Jesus estava, na Sua primeira vinda (Lc 2.25-29), assim também Ele nos fará subir para o encontro com Jesus na Sua segunda vinda. Seremos arrebatados (1ª Ts 4.16) para o encontro com Jesus (1ª Ts 4.17), assim como foi o profeta Elias. Teremos então alcançado o fim da nossa fé, a completude de nossa salvação (1ª Pe 1.9). Amem!
4. O arrebatamento antes da Tribulação. Paulo prescreve a igreja tessalônica dizendo: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas, não necessitais de que se vos escreva. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Mas vós, irmãos, já não estais nas trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;” (1ª Ts 5.1-2; 4-6, 8).
O dia do Senhor que Paulo refere-se aqui, é o “Dia do Senhor”, o dia da ira e do julgamento que serão derramados sobre o mundo durante a grande tribulação.
“Pois vós...” (os crentes) os filhos da luz os quais não serão surpreendidos por este dia. No evangelho segundo joão Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida” (João 8.12). Quem estiver ligado a Ele não está em trevas, ou seja, estamos com Ele na luz aguardando a sua volta  que nos livra da ira futura (1ª Ts 1.10).
5. O Espírito Santo é quem nos avisará. “É como se um homem, que, partindo para longe deixasse sua casa, desse autoridade aos seus servos, a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse” (Mc 13.34).
“... desse autoridade aos seus servos” Os servos somos nós a Igreja que servimos o nosso Senhor Jesus aqui nesta terra. O porteiro é o Espírito Santo. Ele é o sentinela que vai anunciar a chegada do Noivo: “Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro” (Mt 25.6). Esse grande personagem que diz: “Aí vem o noivo, saí ao encontro”, é o Espírito Santo de Deus, é Ele quem convence homem do pecado e do juízo, é o nosso penhor e quem adorna a Noiva para Seu Noivo.

XIII.  QUEM SERÁ LEVADO NO DIA DO ARREBATAMENTO?


Deus não está preso em dominação. A Bíblia declara que: “Ele veio purificar para si um povo especial, zeloso e de boas obras” (Tt 2.14).
1. Os que nasceram de novo. “Em verdade em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
O novo nascimento é uma transformação de vida e de mente (Rm 12.1-2). Só vai subir quem nasceu de novo, e vive uma vida de testemunho e luta pelo Reino de Deus na Terra.
Aqueles que nasceram de novo, arrependeram-se de seus pecados e esperam a volta de Cristo com certeza subiram ao encontro do Senhor Jesus.
2. Os que esperam Jesus.
 “Assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez, para levar os pecados de muitos, aparecerá a segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28). Na parábola das 10 virgens Jesus diz: “Chegou o noivo. As virgens que estavam preparadas entravam com Ele para as bodas. E fechou-se a porta” (Mt 25.10).
3. Os que ouviram a Palavra do Senhor e creram (Jo 5.24-29).
4. Os que confessaram a fé em Jesus Cristo (Rm 10.9-13).
5. Os que lavaram as vestiduras no sangue do Cordeiro (Ap 22.14).

6. Os que amaram a vinda de Cristo (2ª Tm 4.8; Ct 8.14).


XIV.  QUEM VAI FICAR NO DIA DO ARREBATAMENTO 

Os que ouviram, mas não creram (incrédulos), os infiéis, os ateus, todos os que praticaram o pecado. Aqueles que andaram segundo as paixões carnais:
“Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1ª João 2.16).
Concupiscência da carne: Qualquer pecado e desejo da carne: paixões carnais, imoralidades, glutonaria, bebedice, materialismo manifesto pelos prazeres extravagantes, pelos sentimentos, pelo endeusamento das gratificações mundanas e perversas (Gl 5.19-21; 1ª Co 6.9-10).
Concupiscência dos olhos: Cobiça, avidez, ambição desenfreada por riquezas, desejo incontido por aquilo que vê, convicto que ficará plenamente satisfeito quando tiver o objeto da sua avareza, sendo isso um engano.
Soberba da vida: Arrogância de viver, orgulho, jactância, insolência, presunção; o homem que pensa e fala muito de si mesmo e seus bens e benefícios, suas riquezas, seus feitos, sendo estes quase sempre falatórios e exageros seus; um petulante convencido e vaidoso.
No livro do Apocalipse o apóstolo João ao encerrar o livro das revelações para o fim diz: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Ap 21.8). “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e comete a mentira” (Ap 22.15).
1.      O que vai ficar no dia do arrebatamento.
As vestes materiais dos salvos (Ap 19.7-8). Bens materiais dos crentes (santos). Os templos e casas de oração, casas de moradia, carros e tudo o que a igreja precisou usar neste mundo.

X.     O QUE ACONTECERÁ NA TERRA APÓS O ARREBATAMENTO

Com o arrebatamento da Igreja, que será a qualquer momento, terminará na terra o dia da graça de Deus, quando densas trevas do mal cobrirão o mundo (Sf 1.14-17). Então iniciará a grande tribulação que será um período de sete anos, que refere-se a última semana da revelação de Daniel sobre as setenta semanas quando o profeta estava no cativeiro Babilônico.
Após o arrebatamento o mundo ficará em confusão e colapso. Entrará um grande desespero no mundo pelo fato de desaparecerem os parentes, haverá desastres dos mais terríveis, haverá aviões e automóveis descontrolados, os metrôs ficarão sem maquinistas, o colapso será de ordem mundial, o povo correrá pelas ruas como loucos arrancando os cabelos, a notícia será dada através de rádios e televisão, todos os meios de comunicação serão usados para dar a última notícia. O terror, o medo, toma conta de todos. Muitas indústrias ficarão fechadas e prejudicadas pelo fato de estarem faltando muitos de seus funcionários.
A terra entrará em pânico total com o desaparecimento dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais trazendo a falsa paz para o mundo. Apostasia total e generalizada entre os homens (2ª Ts 2.3). Retorno total dos judeus à sua terra (Is 11.11-12; Os 3.5). Reconstrução do templo de Jerusalém, o qual será destruído pelo Anticristo, durante a grande tribulação, ao ser-lhe recusada adoração pelos judeus (2ª Ts 2.4; Ml 24.15; Ap 11.1-2).
Após a Igreja ser arrebatada, começará na terra um período de sofrimento e de assolação, conhecido como GRANDE TRIBULAÇÃO.

Pr. Elias Ribas
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