Nos tempos do Antigo Testamento, as pessoas não se aproximavam de Deus diretamente. Um sacerdote agia como intermediário entre Deus e os seres humanos pecadores. Com a vitória de Cristo na cruz, tal padrão foi mudado. Agora podemos estar diretamente na presença de Deus, sem medo. (Hebreus 4:16)
E recebemos a responsabilidade de aproximar outras pessoas a Ele. (II Cor 5:18 a 21). Quando nos unimos a Cristo como membros do seu corpo, nos unimos a sua obra sacerdotal de reconciliar as pessoas com Deus. Fomos escolhidos por Deus e chamados para representá-lo as outras pessoas.
Lembre-se de que o maior privilégio do sacerdote era a intercessão e reconciliação do povo para com Deus. O livro de Êxodo nos fala como deve ser os sacerdotes.
Até a proclamação da lei, Moisés tinha sido o único meio de comunicação entre Deus e seu povo.
Como o mais manso de todos os homens (Números 12:3), Moisés demonstrou um caráter nobre.
Mas agora, com o estabelecimento e construção do tabernáculo era necessário ter um sacerdócio separado para mediar entre os pecadores e o Deus santo. (Hebreus 2:17; 5:1 a 3), para servir de elo entre o santo e o profano.
O pacto feito (Êxodo 19:5 e 6) com Israel fazia deles um “reino de sacerdotes”.
Arão e sua casa seriam oficialmente os representantes do povo. (Números 3:12; 8:17 e 18).
Só os que tivessem sido consagrados como sacerdotes podiam representar o povo, poderiam aproximar-se da sagrada presença do santuário.
O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício e estar perto de Deus pela intercessão.
Hoje, Jesus é o nosso sumo-sarcedote – Sacerdote Principal.
Através de sua morte os sacrifícios não são mais necessários.
Ele foi o maior intercessor diante de Deus, mas hoje somos a extensão de seu reino aqui na terra.
Hoje o sacerdócio fala de acesso a Deus, de levarmos outros a Deus. Fala de “Aproximai-vos”.
Quando pecamos temos o sangue de Jesus nos cobrindo e purificando.
“Se confessarmos os nossos pecados,Ele é fiel e justo.
Para nos perdoar os pecados.E nos purifica de toda injustiça!”
Podemos nos aproximar!
Temos um representante legal, um mediador e intercessor.
A vontade de Deus sempre foi que seus filhos fossem um “reino de sacerdotes” no mundo, revelando sua glória aos incrédulos.
No entanto, a fim de magnificar um Deus santo, era preciso, que seu povo fosse santo.
E foi por isso que no Velho Testamento entra em cena o sacerdócio de Arão.
Os sacerdotes (a família de Arão) e os levitas (as famílias de Coate, Gérson e Merari – filhos de Levi – Números 3 e 4), eles foram incumbidos de servir no tabernáculo e de representar o povo diante de Deus.
A função de sumo-sacerdote foi executada por Jesus, mas os sacerdotes continuam na terra.
Os sacerdotes deviam representar a Deus diante de todos ao ensinar a lei e ajuda-los a obedecer.
Levítico 10:8 a 11
Deuteronômio 33:10
Malaquias 2:7
Israel não viveu como um reino de sacerdotes.
A esperança de Deus está em sua Igreja hoje.
A liderança espiritual dos sacerdotes foi se deteriorando gradualmente, até que os sacerdotes chegaram a permitir que o povo adorasse a ídolos dentro do templo de Deus (Ezequiel 8).
O Senhor castigou seu povo ao permitir que os babilônios destruíssem Jerusalém e o templo levando milhares de Judeus para o exílio.
Por que isso aconteceu?
Por causa do pecado dos seus profetas e da maldade dos seus sacerdotes que se derramou no meio dela o sangue dos justos (Lamentações 4:13)
Hoje, Deus quer que a Igreja ministre a este mundo como um “sacerdócio santo” e um “sacerdócio real”.
Se o povo de Deus for fiel a seu ministério sacerdotal, então: proclamará as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua luz. (I Pedro 2:9)
Ao estudarmos o sacerdócio do Antigo Testamento, podemos ver paralelos significativos entre os sacerdotes israelitas do passado e o ministério do sacerdócio santo da igreja de nosso tempo.
1.Os sacerdotes são escolhidos para servir a Deus (Êxodo 28:1, 3, 41; 29:1, 44).
As palavras do Senhor *para que ministre* aparecem 5 vezes nesses dois últimos capítulos e também em Ex 30:30; 40: 13 e 15 e Levítico 7: 35.
Por certo os sacerdotes ministravam ao povo, mas seu primeiro dever era ministrar ao Senhor e agrada-lo.
Se eles se esquecessem de sua obrigação para com o Senhor não tardariam para que começassem a menosprezar suas responsabilidades para com o povo, e a Nação estaria em decadência espiritual. (Ml 1:6 e 2: 9)
Como povo de Deus nos dias de hoje devemos nos lembrar de que nosso primeiro dever é agradar e servir a Deus.
Se fizermos isso, ele trabalhará em nós e por nosso intermédio para realizar a sua obra neste mundo,
Quando Jesus restaurou Pedro a condição de discípulo, não perguntou: - Você ama seu ministério? Nem mesmo – Você ama as pessoas?
A pergunta que repetiu foi: Amas-me? (Jo 21: 17)
Todo ministério flui desse relacionamento.
Uma parte dessa incumbência de agradar a Deus era usar as vestes sacerdotais.
O sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas não podiam se vestir como bem entendesse quando ministravam no tabernáculo.
Tinham de usar as roupas que Deus havia planejado para eles.
Havia pelo menos 4 razões para Deus ter providenciado estas vestes.
1.Davam ao sacerdote dignidade e glória(Ex 28:2)
2.Distinguiam-os do resto do povo, como um uniforme identifica um soldado ou uma enfermeira.
3.Revelavam verdades espirituais relacionadas ao seu ministério e ao nosso ministério hoje em dia.
4.Se os sacerdotes não usassem suas vestes especiais correriam risco de vida (v.35 e 43)
2.Os sacerdotes são escolhidos para servir ao povo (Êx. 28:6 a 30; 39:2 a 21).
Ao servir a Deus e ao povo o sumo-sacerdote usava sete peças de roupas.
Calções( 42, 43)
Túnica branca (39; 39:27; Lev 8:6,7)
Por cima desta uma sobrepeliz azul com campainhas e romãs na orla (Ex 28:31 a 35;39:22 a 26,)
Estola sacerdotal, uma veste sem mangas, feitas de ouro, estofo azul, púrpura e carmesim e presas por ombreiras incrustadas de jóias(Ex 28:6 a 8; 39:1-5; Lev 8:7)
Um cinto (Ex 28:8)
Um peitoral com jóias, colocadas por cima do sobrepeliz com correntes de ouro presas as ombreiras (9-30; 39:8 a 21)
Um turbante de linha branca (“mitra”; Ex 28:39)com uma lamina de ouro em que estava escrito :”santidade ao Senhor”.(36)
A ESTOLA E O CINTO (28:6 a 14; 39:2 a 7)
O termo estola vem de uma palavra hebraica usado para uma veste simples de linha, sem mangas e de cumprimento até os calcanhares , normalmente anunciado ao serviço religioso(I Sam 2:18 e II Sam 6:14)
A estola do sumo sacerdote e seu cinto eram feitos de linha branca ricamente bordado com estofo azul, púrpura e fios carmesim.
A estola era composta de duas partes, a da frente e a de trás unindo a altura do ombro por ombreiras de ouro e na cintura por um belo cinto.
O aspecto mais importante desta estola não era os tecidos nem as cores, mas sim o fato de cada ombreira ter os seis nomes das tribos de Israel com sua ordem de nascimento gravado em uma pedra de ônix.
Sempre que o sumo sacerdote usava suas vestes especiais para estar perante o Senhor, levava o povo consigo sobre seus ombros.
Alem disto, essas duas pedras de ônix lembravam-no de dois fatos importantes
1º As tribos de Israel eram preciosas aos olhos de Deus.
2º Ele não estava no tabernáculo para mostrar suas belas vestes, nem para exaltar sua posição especial, mas para representar o povo diante de Deus, e leva-lo sobre seus ombros.
Ele não havia sido chamado para servir a si mesmo, mas para servir ao povo.
A fim de que a Igreja seja fiel como sacerdócio santo, os cristãos devem servir a Cristo ao servir uns aos outros e também ao mundo perdido: Jesus disse: “Pois no meio de vós eu sou como quem serve”. E é o exemplo que devemos seguir(Jo 13:12 a 17).
No ambiente de profunda espiritualidade do tabernáculo, seria fácil o sacerdote se esquecer do povo do lado de fora, sendo que muitas pessoas daquelas tinham fardos e problemas e precisavam de ajuda de Deus.
Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros (Fil 2:4).
O peitoral (28:15 – 30; 39:8 a 21).
O peitoral era um pedaço de tecido quadrado e duplo, ricamente bordado, com um palmo de cumprimento e um palmo de largura.
Ficava Sobre o peito do sacerdote, pendurado por duas correntes de ouro ligadas as ombreiras.
No peitoral havia 12 belas jóias dispostas em 4 fileiras –uma pedra preciosa para cada tribo de Israel.
É provável que as pedras se encontrassem dispostas de acordo com a ordem das tribos quando marchavam (Ex 28:21; Num 10).
Assim, o sumo sacerdote não carregava apenas o povo nos seus ombros, mas também junto á seu coração.
Se não há amor sincero em nossos corações, não teremos qualquer preocupação com as necessidades do outros e não poderemos ajudá-los.
“Filinhos, não amemos de palavras, nem de língua, mas de fato e de verdade”. (I João 3:18)
Como servos de Deus, devemos ser capazes de dizer honestamente ao povo que servimos: “Vos trago no coração”. (Fil 1:7)
A variedade de pedras no peitoral sugere a variedade de pessoas na igreja e no mundo, todas elas são preciosas para Deus.
Cada uma das tribos tinha sua própria visão de mundo e personalidade distribuída, não havia duas iguais.
Algumas estavam sempre prontas para guerrear, enquanto outras ficavam em casa (Jz 5:13 a 18),
Era fácil trabalhar com algumas delas, enquanto outras gostavam de discutir e ser importantes (Jz 8).
No entanto o Senhor amava todas elas e o sumo sacerdote ministrava a todas elas.
Dentro do peitoral dobrado ficavam o * Urim e Tumin*, *Luzes e Perfeições*, que o sacerdote usava para determinar a vontade de Deus para a Nação. (EX 28:30; Num 27: 21; I Sam 30: 7 e 8).
Não sabemos exatamente como faziam, mas cabia aos sacerdotes realizar esta tarefa (Deut. 33: 8; Ed 2: 63; Ne 7: 65).
Alguns acreditavam que se tratava de uma pequena bolsa com duas pedras, uma preta e uma branca e que a pedra que o sacertote tirasse de dentro da bolsa indicava a vontade de Deus.
Ou talvez, fossem pedras preciosas que brilhavam de modo especial para indicar a direção do Senhor.
3.Os sacerdotes devem servir no temor do Senhor (Êx. 28:31 a 43; 39:22 a 31).
4. Os sacerdotes devem ser consagrados a Deus (Êx. 29:1 a 37; 30:11 a 33).
5.Os sacerdotes devem ministrar diariamente (Êx. 29:39 a 46).
Deus quer seus sacerdotes puros (Êxodo 30:17 a 21; 38:8).
No átrio do Tabernáculo havia uma bacia onde os sacerdotes deviam parar constantemente para se lavar.
Dentro da bacia havia água limpa e ela era reabastecida ao longo do dia.
A água, nas Escrituras, para beber é uma imagem do Espírito Santo de Deus (Jô 7:37 a 39), enquanto a água para lavar é uma imagem da Palavra de Deus (Salmos 119:9; João 15:3; Efésios 5:25 a 27).
Portanto, a bacia, tipifica a Palavra de Deus que purifica a mente e o coração daqueles que a recebem e obedecem (João 17:17).
Essa bacia era feita com os espelhos de bronze das mulheres israelitas (Êxodo 38:8) e a palavra de Deus é comparado a um espelho (Tiago 1:22 a 26; II Coríntios 3:18).
A lavagem de água pela palavra nos restaura.
O lavar-se na bacia é uma necessidade. Manter-se puro é uma questão de vida ou morte. (II Coríntios 7:1).
Pra. Regina - IEQ
Nenhum comentário:
Postar um comentário