Você já imaginou se o seres humanos fossem criados como robôs? Ou que se o mundo fosse uma grande indústria e que todas as pessoas trabalhassem e não tivessem descanso? E todos recebessem apenas uma ração como alimentação?
Na palestra de hoje que têm por título: A ESCOLHA É INDIVIDUAL, veremos que Deus nos criou de maneira assombrosamente maravilhosa.
Quando Deus criou o homem, Deus o criou como um ser livre. A capacidade de escolha foi concedida à humanidade a fim de que o homem pudesse desenvolver o seu caráter.
Se não fosse assim, o homem seria como uma máquina, um robô. Possuindo porém o livre arbítrio, nossos primeiros pais tiveram a oportunidade de exercer a faculdade da escolha, quanto a aceitarem e obedecerem o plano de Deus, ou não.
Muitos pensam que a vida de Adão e Eva era ociosa no Paraíso. Mas, isto não é verdade. Diz o relato bíblico que “Deus pôs o homem no Jardim do Éden para o lavrar e guardar.” Gênesis 2:15.
Os animais também receberam nomes dados pôr Adão. Assim eles estavam envolvidos com as atividades normais da vida, e viviam felizes no seu relacionamento mútuo, bem como no seu relacionamento com Deus.
Deus deu orientações a respeito da escolha. A Bíblia nos diz: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.” Gênesis 2:16 e 17.
Esta orientação nos indica que Deus se comunicava diretamente, face a face, com Adão e Eva. Serve-nos de base também para concluir que o Senhor tomava tempo para instruir pessoalmente o santo par.
Não erramos em afirmar que Deus lhes contou a história da rebelião ocorrida no Céu e que eles não estavam livres da presença do tentador. Mas, se desejassem, poderiam seguir fiéis e leais ao Criador. Enquanto quisessem, seriam felizes e permaneceriam livres das consequências do pecado.
As Escrituras Sagradas nos trazem o triste registro de como Adão e Eva cederam as insinuações de Satanás. Está relatado no livro de Gênesis, capítulo 3, nos versos de 1 a 6.
Muitas pessoas incrédulas tem zombado da maneira como a Bíblia trata e apresenta esse assunto. Ele é muito mais abrangente do que o simples comer um fruto proibido.
Percebemos em todos os aspectos a perfeita harmonia de caráter de um Deus que é plenamente Santo e plenamente justo.
Sendo o homem livre, e existindo o pecado, era necessário que Adão e Eva, por sua própria escolha, manifestassem o desejo de serem fiéis a Deus ou não. Houvesse Deus estabelecido uma prova difícil e todos o julgariam tirano e arbitrário.
Escolhendo Deus uma única árvore, num lugar onde havia tantas outras e com tanta variedade de frutos, mostrou Sua bondade, simpatia e misericórdia para com o par inocente.
E muito mais do que ter comido um fruto, Adão e Eva, com esta atitude, revelaram acreditar mais nas palavras da serpente, que até então não havia falado, do que nas palavras de Deus.
O problema central da queda do homem foi a desconfiança, a falta de fé nas orientações de Deus. A serpente, que foi usada como médium por Satanás, apresentou-lhes uma outra versão dos resultados de se comer daquele fruto.
E entre crer nas palavras do Criador, e crer nas palavras da serpente, Adão e Eva escolheram as palavras da serpente. Que tragédia!
Deus disse que haveriam de morrer. Satanás afirmou que não morreriam. Adão e Eva não morreram imediatamente. Mas tão logo pecaram iniciou-se um processo de morte na natureza humana e em toda a criação.
O pecado trouxe separação entre Deus e o homem. O profeta Isaías menciona que são os nossos pecados que fazem separação entre nós e nosso Deus. Isaías 59:2.
Sendo o homem criado perfeito, puro, santo, sem nenhuma inclinação para o mal, esta natureza foi manchada e corrompida. Após o pecado, o homem passou a ter uma natureza dividida entre o bem e o mal.
Perdeu a capacidade natural de fazer o bem e obedecer a Deus embora tenha restado algo em si da imagem de Deus com que foi criado. A natureza do homem tornou-se má, egoísta, sem capacidade de resistir ao mal por si só. Sua vontade e desejos tornaram-se pecaminosos.
Quando Deus criou o homem, deu-lhe amplo domínio sobre toda a natureza. Gênesis 1:26. Após o pecado, o homem perdeu esse domínio.
Satanás levando o homem ao pecado, usurpou-lhe esse direito. Em II Coríntios 4:4, lemos que Satanás é chamado o deus deste século.
Na própria natureza vemos a realidade da existência do bem e do mal. Nela vemos simetria, beleza, encantamentos mil. Mas vemos também a destruição que o pecado impôs à perfeição criada por Deus.
O apóstolo Paulo define este assunto muito bem, na carta aos Romanos 8:22 - “Porque sabemos que toda criação geme e está com dores de parto até agora.”
Mas a pior de todas as consequências do pecado é a morte. Disse Deus: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste formado, porquanto és pó, e em pó te tornarás.” Gênesis 3:19
O apóstolo Paulo confirmou esta sentença quando afirmou - “O salário do pecado é a morte” Romanos 6:23. Deus é o autor e o doador da vida. Pelo poder que emana de Deus todos os seres vivos são conservados com vida. Quando o homem pecou, automaticamente ficou separado de Deus e naquele mesmo momento começou a morrer.
Todos nós nos tornamos pecadores também. Muitas pessoas pensam que pecadores são aqueles que praticam pecados ou más ações. Isto está certo, mas não revela a outra face do assunto.
Paulo na mesma carta aos Romanos diz o seguinte: “Portanto, assim como por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.” Romanos 5:12
Deus em seu infinito amor arquitetou um plano maravilhoso. Certamente que o salário do pecado é a morte. Mas, Jesus o dom da vida, veio ao mundo para que pudéssemos ter novamente a vida que Deus planejou para cada ser humano.
O sacrifício de Cristo na cruz do Calvário possibilitou nossa entrada para a eternidade. Ainda que venhamos a morrer nesta vida, temos a promessa da ressurreição. Basta simplesmente aceitar a Jesus como Salvador. E um dia, longe de todo mal, viveremos eternamente ao lado de nosso Criador.
Pr. Neumoel Stina
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