O nome grego do último livro da Bíblia significa “Revelação” e, por isso, está relacionado com esperança e não como calamidades, como é passado pelos veículos de comunicação sensacionalistas. Não é um livro de tragédias ou mesmo “lacrado”, mas a revelação de Deus de que há esperança para o nosso mundo.
Há motivo para temer um livro tão belo e importante para nossos dias? Claro que não! Mesmo porque a “bendita esperança” (Tt. 2:13) que possibilitará o cumprimento dessas promessas (essa bendita esperança é também a mensagem principal do livro) é o retorno de Cristo a esse mundo! Não é por acaso que o apóstolo João finaliza o livro radiante de alegria e cheio de esperança: “Aquele que dá testemunho destas coisas [Jesus Cristo] diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” Ap. 22:20.
Há uma grande preocupação sobre o fim do mundo por causa do filme de Roland Emmerich, que coloca o tempo do fim em 21 de dezembro de “2012” (nome do filme). A data é sugerida por um Calendário da civilização Maia (cultura mesoamericana pré-colombiana). A mídia tem aumentado a curiosidade pela ficção ao afirmar que um planeta de nome fictício (Nibiru) “entrará em choque com a Terra”. Basta você acessar o Google, digitar “2012” e encontrará uma enxurrada de “informações” sobre a “nova moda apocalíptica”. Para não cairmos nessa onda de euforia, é importante termos em mente que:
O Calendário Maia não é o Calendário de Deus; ou seja, os Maias não são representantes de Deus na Terra, pelo contrário, vemos na história, um povo pagão, cheio de rituais, sacrifícios humanos, deuses do submundo, algo totalmente diferente de Deus. Então, o calendário de Deus é totalmente diferente dos Maias, Gregoriano, etc. Deus tem seu próprio tempo. Não devemos negar a dedicação dos Maias nos estudos, especialmente da astronomia. Todavia, o tempo de Deus não é o tempo do ser humano. O “Calendário Divino” que aponta os sinais da volta de Cristo são: MT. 24, Lc.21 e Ap.6, entre outros. O Calendário de Deus não é numérico, mas, profético. O “tempo do fim” na Bíblia é o fim do pecado e das consequências trágicas trazidas à humanidade (a principal, a morte, Rm. 6:23). O “fim” ocorrerá por ocasião da volta gloriosa de Jesus (Ap. 1:17; Mt. 24:30, 31; II Pe. 3:10-13).
Portanto, o que os Maias dizem a respeito do fim do mundo deve ser desconsiderado por todo aquele que acredita na Bíblia e que ao menos tem bom senso.
Um filme que se propõe a ter sucesso de bilheteria por uns bons anos JAMAIS passará DE VERDADE a idéia que o mundo acabará em menos de três anos.
Deus tem a História em Suas mãos. Dn. 2 e Gl. 4:4 mostram que os acontecimentos históricos estão nas mãos do Criador. De que maneira? Dn. 2 apresentam com milênios de antecedência o surgimento dos quatro grandes impérios mundiais (Babilônia, Medo-persa, Grécia e Roma) e dos países da Europa. Esses reinos e países são representados pelas diversas partes da estátua com a qual o rei de Babilônia sonhou. A grande estátua foi a forma didática de Deus comunicar a Daniel e a nós, que só o Criador sabe o futuro e que Ele o tem sob Seu domínio.
Já Gl. 4:4 nos ensina que Jesus veio pela primeira vez a esse mundo na “plenitude do tempo…” Portanto, se a primeira vinda de Cristo não foi “de qualquer jeito”, sem um plano Divino, a segunda vinda (Tt. 2:13) também não será! Deus é organizado (1 Cor. 14:34, 40) e sabe o tempo certo para cumprir Suas profecias que estão intimamente relacionadas com a nossa felicidade.
Para o autor do filme “2012”, o mundo não acabará nesse período. “Emmerich anunciou que vai fazer uma continuação para a TV de 2012, e mostrar o que aconteceu após a grande catástrofe. O título: 2013” Vejam que nem mesmo o autor quer que o mundo acabe em 2012, pois, ele deseja escrever outro roteiro, para mais um filme. Portanto, julgar a criatividade de um profissional como sendo “a Palavra de Deus” e permitir que qualquer alarme vindo de extremistas nos assuste, é imaturidade espiritual e desconhecimento das Escrituras, que afirmam que “o dia e a hora [da volta de Jesus] ninguém sabe…” (Mt. 24:36).
A falta de estudo da Bíblia e a disposição do ser humano em acreditar em qualquer coisa são fatores decisivos para criar esse tipo de medo desnecessário.
Em todos os momentos de nossa vida, quando “uma revelação nova” é exposta diante de nós, precisamos ser cristãos maduros na fé “Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” Ef. 4:14.
Leandro Quadros - adaptado
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