terça-feira, 26 de junho de 2018

Oh! Se Fendesses os Céus e Descesses...


Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da tua face. (Is. 64,10).

Com a vitória dos persas sobre os babilônicos em 539 a.C., mudam as condições de vida tanto dos exilados como dos remanescentes. Aos exilados é permitido regressar à sua pátria. Começa a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém. Implora por uma epifania, pelo advento do Deus Eterno. Com a vinda do Senhor, as dores reinantes serão superadas e a dor e o lamento deixarão de existir. O “rasgar os céus” é uma imagem única no Antigo Testamento. Ela representa o ato de Deus atravessar as nuvens para descer. É provável que esteja inspirada na tradição do Sinai coberto de nuvens (Êx 19.9; 18.20; 24.15b-18a).

Uma nova súplica pela intervenção de Deus. Essa intervenção é imaginada como uma teofania, ou seja, uma manifestação de Deus ligada a fenômenos extraordinários e temíveis da natureza. Rasgar os céus, fazer estremecer os montes, fogo, “coisas terríveis”. Se Deus tivesse se mostrado na história recente como naquelas terríveis teofanias, fazendo coisas maravilhosas, nem sequer esperadas nem sabidas de antemão, teria sido diferente a situação nesse momento.

Hoje há um exército de cristãos frios, apáticos, sem entusiasmo, sem calor. Empolgam-se com futebol, com política, com cinema, com negócios, com trabalho, com dinheiro, mas não com Jesus. São cristãos, mas mentem. São cristãos, mas são desonestos. São cristãos, mas são amigos do mundo. São cristãos, mas não batizados com fogo. Avivamento não é emocionalismo. Não é fuga. Não é novidade. Não é desvio. Avivamento é volta para Deus. É santidade. É oração fervorosa. É amor à Palavra. É evangelização regada por lágrimas. É fogo do céu. Quando o fogo de Deus cai sobre o altar, os pecadores caem de joelho. Quando a igreja perde o fogo de Deus, os pecadores perecem no fogo do inferno.

O profeta Isaías, num profundo clamor pela intervenção sobrenatural de Deus na vida do seu povo, clamou: “Oh! Se fendesses os céus e descesses! . Isaías está sedento pela presença manifesta de Deus. Isaías estava plenamente consciente de que nenhum poder da terra e nenhum recurso dos homens poderia trazer alento para o seu povo a não ser a presença de Deus. Essa é também a necessidade da igreja hoje. Somente a presença de Deus pode encher-nos de entusiasmo espiritual. 

Precisamos desesperadamente de uma visitação extraordinária de Deus em nossa vida, em nossa família, em nossa igreja. O avivamento acontece quando a igreja anseia por Deus como um sedento clama por água e como a terra seca anseia pelas chuvas torrenciais. O avivamento é uma vindicação pela glória de Deus. Quando Deus fende os céus e desce para inflamar a igreja, a glória de Deus se manifesta entre as nações e os inimigos de Deus temem o seu glorioso nome. Quando a igreja perde seu vigor espiritual, quando seus cultos se tornam apáticos e cheios de formalidade; quando as brasas vivas se cobrem de cinzas e os crentes se tornam indiferentes, abandonando o seu primeiro amor, o mundo se insurge contra Deus para zombar de seu santo nome. 

Ah! É tempo de clamar pela visitação extraordinária de Deus, para que ele fenda os céus e desça a fim de que os inimigos de Deus temam o seu santo nome. O avivamento acontece na igreja, mas transborda para o mundo. Quando Deus inflama o seu povo, o mundo reconhece que o nosso Deus é o único Senhor e teme o seu nome. 

... Oh se fendesses os céus! Oh se descesses à Terra! Maranata, eu te espero!

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