segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O Trabalho e a Preguiça


Assim sobrevirá a tua pobreza com um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado. PV. 24,34.

Estamos impressionados com a quantidade de e-mails que recebemos de pessoas contando seus problemas financeiros, em busca de uma solução, e se possível, imediata, para suas dívidas. Temos respondido, orado e enviado algumas sugestões sobre como equacionar os orçamentos de forma equilibrada. Menos de 5% voltam a dar retorno sobre os conselhos recebidos, se foram eficazes ou não, pensamos que muitos ao serem aconselhados a anotar suas despesas e evitar assumir novas dívidas, ficam desanimados. Certamente esperam uma solução que não precisem mudar em nada seus procedimentos, e foram estes mesmos procedimentos que os colocaram na falência.

Ao abrirmos o jornal no primeiro dia deste ano deparamos com esta frase de Camões: Se praticares os mesmos erros do ano passado obterás os mesmos frutos, ou seja, se não houver uma mudança na prática nas finanças, continuarão endividados. Queremos enfocar neste artigo o aspecto do trabalho e suas influências em nosso desequilíbrio financeiro.

Temos em nossas palestras declarado que muitas de nossas dificuldades orçamentárias são devidas a gastos supérfluos, e, quase nunca por necessidades básicas. Um fator que contribui para a pobreza é a forma que trabalhamos, se há diligência no trabalho colheremos bons frutos, porém, se há preguiça ou falta de empenho nas funções, com certeza, a escassez baterá firmemente em nossa porta. Prestem atenção neste texto da santa palavra de Deus: Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco de sono, um pouco de cochilos, um pouco encruzando as mãos, para estar deitado, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado. Que situação de folga, que vida boa, só descanso e mordomia, porém, a pobreza está observando tudo e virá como um ladrão sem ninguém esperar e a falta de sustento será grande, e os problemas financeiros serão imensos.

Um detalhe que é ignorado pelo preguiçoso é que sempre ele se acha esforçado e merecedor de prosperidade, se ilude, fazendo de conta que é um primor de empregado, porém, a realidade é que uma plantação gera colheita, se plantamos desanimo colhemos escassez. Sempre são irados contra os chefes: Como vinagre para os dentes, como fumo para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. Há sempre desconforto com os chefes e muitas vezes não é declarado, mas é realidade nos comentários à distancia geralmente se denominando injustiçado e perseguido. Como prosperar tendo posturas que sempre chocam com as metas designadas pela empresa?

Outro fator preponderante de quem age preguiçosamente é sempre levar em conta os direitos e relegar os deveres. Paulo bateu forte neste tipo de espertalhão ordenando o seguinte aos tessalonicenses em II Tes 3:10-12: Porque, quando ainda estávamos convosco, isto vos mandamos: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando; antes, intrometendo-se na vida alheia; a esses tais, porém, ordenamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que, trabalhando sossegadamente comam do seu próprio pão. Que dura hein! Além de não trabalhar se metia na vida dos outros e queria comer nas custas dos irmãos. Na nossa igreja sempre aparece algum agindo assim, querendo levar vantagem sobre a irmandade.

Em um recente artigo Charles R. Swindoll escreveu isto sobre o trabalho do cristão como forma de testemunho: Mostre-me um crente irritante e preguiçoso em seu serviço e eu lhe mostrarei um escritório, loja ou consumidor que não está interessado em sua mensagem. Quer você goste disso ou não, o mundo nos examina minuciosamente, como gaivota observa o peixe nas águas transparentes. O crente está sob constante vigilância no trabalho. Esse é o nosso maior risco em nossos serviços. E quando falamos de nosso Salvador e da vida que Ele oferece, tudo o que dizemos é filtrado pelo que os outros observam em nós. Em nossa igreja temos um conhecido contador e responsável pela cadeira de contábeis de uma de nossas universidades que afirmou categoricamente sua posição de não contratar crentes, pois, sabem de cor seus direitos e ignoram totalmente os seus deveres.

Como querer ser abençoado financeiramente usando de enganação e emperrando o progresso da empresa pela qual trabalha, e certamente Deus em seu amor concedeu que as portas do emprego fossem abertas para você? Somos exortados a sermos fiéis aos nossos patrões como ao Senhor, observe este texto de Efésios 6:5 a 8 : - Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar os homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo do bem que fizer, seja servo, seja livre. Podemos pensar em servo como o empregado e o senhor como o patrão. A palavra de Deus nos exorta a trabalhar de coração, ou seja, trabalhar com dedicação, com alegria, fazendo tudo como se fosse para o Senhor e não para o patrão, fazendo o melhor que podemos. Pergunto: como anda sua disposição de trabalhar para o Senhor? Conhecemos um jovem que precisava de emprego e oramos por ele. No dia que o Pai permitiu que ele entrasse em um bom serviço, veio orar em agradecimento pela benção. Chamei-o e lhe disse que Deus tinha permitido que entrasse naquele serviço para ser luz. Passados algum tempo ele abandonou a namorada e engravidou uma companheira do trabalho, e há muito tempo não temos notícias dele.

O desequilíbrio financeiro tem várias razões, porém, analise se a sua postura no seu trabalho tem ajudado no entrave de sua vida financeira. Caso a resposta seja sim, entre pela porta da misericórdia reconhecendo sua incapacidade e seja liberto em Cristo.
Graça a todos.


Débora Del Vecchio

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