A igreja jamais deve afrouxar a sua vigilância, como não deve esperar uma vida de segurança e paz “terrena”. A Igreja somente baixará a sua guarda quando estiver nos braços do Pai, na eternidade. Saibamos que tudo o que é bom nesta terra, se torna alvo para tudo que é mal.
O que é bom só permanece assim pela constante vigilância. Sem ouvirmos a Deus, sem nos mantermos em comunhão com Ele e Sua palavra, nós como igreja, corremos o risco de não percebermos que algo que julgamos bom ou certo, pode ser um grande mal.
A igreja de Laodicéia serve para nos advertir, com relação ao que estamos meditando. Repare que nessa igreja não existe nenhuma citação a doutrinas estranhas, líderes falsos e uma ação clara de Satanás. No entanto, Jesus disse: Mas, porque são apenas mornos (i.e. indiferentes), nem frios nem quentes, vou logo vomitá-los da minha boca. (v.16) O que Jesus está dizendo é que estavam complacentes e não havia mais ardor ou amor à vontade de Deus.
Nós entendemos a mensagem de Jesus às igrejas no livro do Apocalipse, como níveis de espiritualidade, compromisso e serviço do povo de Deus, ao longo dos séculos da sua existência sobre a Terra. O período que antecedeu ao de Laodicéia, foi a época dos grandes avivamentos que é representado pela igreja de Filadélfia. (cf. Ap.3:7-13)
No período dos grandes avivamentos, muitas pessoas se converteram a Jesus integrando-se à Igreja. Esta, por sua vez, se tornou em instrumento Divino para transformar o que era mau em bom. Com o número crescente de pessoas se integrando à Igreja, as ofertas financeiras aumentaram, pois a causa era boa e o dinheiro era bom para o sustento de ministros, como para a propagação do Evangelho. Entretanto a Bíblia diz que (...) o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. (1 Tm.6:10 NTLH)
O período de Laodicéia surge após o de Filadélfia, ou seja, após a era dos grandes avivamentos. Eu creio que nós estamos vivendo em um período, que é representado pela igreja de Laodicéia no livro do Apocalipse. O que percebemos nas igrejas atuais, não é se Deus está ativo ou não, mas se estamos tendo mais recursos financeiros. Em toda parte, o que ouvimos é uma mensagem acerca de “prosperidade financeira”. A riqueza tem se tornado mais importante do que ter Deus experimentalmente, tanto para os líderes como para os que “frequentam” as igrejas.
Jesus disse assim: O que adianta alguém ‘ganhar’ o mundo inteiro, mas ‘perder’ a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá ‘pagar’ para ter de volta essa vida. (Mt.16:26 NTLH) Nós ganhamos do grande período dos avivamentos, princípios de compromisso espirituais, de adoração e serviço; mas, preferimos em nossa época a quantidade numérica para fins de riqueza. Nós estamos perdendo a ação da “vida verdadeira” e a riqueza não pode comprá-la! (cf. Ap.3:17,18) Portanto, o que deveria ser bom, se tornou um grande mal devido à ganância.
O homem mais sadio tem dentro de si bactérias letais suficiente para matá-lo, exceto por uma coisa – a capacidade do organismo humano para resistir a essas bactérias. Essa luta se estende pelo dia e noite contra seus “inimigos internos”. Faço uso do princípio contido nas palavras de Jesus: (...) os inimigos do homem serão os da sua própria casa. (Mt.10:36 RA)
Há coisas dentro de nós e da Igreja que não nos parece representar um grande perigo e só na presença de Jesus que elas são reveladas e com a força que Ele dá é que podem ser resistidas. O corpo humano pode combater os seus inimigos mesmo durante o sono, mas a Igreja não! Nós como Igreja, precisamos estar bem despertos e decididos para sermos vencedores nesta vida. Paulo diz: ‘Desperta’, ó tu que dormes, ‘levanta-te’ dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti. (Ef.5:14 NVI)
Como poderemos nos levantar dos mortos, se estamos quase separados de Deus pelo pecado da indiferença? (cf. Ap.3:16) Nós só conseguimos isso, pelo poder Daquele que morreu, ressuscitou e que pode levantar o que está caído ou afastado de Deus. (cf. Ap.3:20) Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono. (Ap.3:21 NVI)
Pr. Walter de Lima Filho
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