3. Seria desejado que, aqueles que empregam muito do seu tempo e dores, em estabelecer outras fundações; fundamentando religião, na aptidão eterna das coisas, na excelência intrínseca da virtude, na beleza das ações fluindo disso; nas razões, como eles as denominam, de bem e mal, e as relações da existência de um para com o outro, fossem familiarizados com essa fé. Mesmo se, esses relatos das fundamentações do dever cristão, coincidem com as Escrituras, ou não. Se for assim, por que os homens, bem intencionados, estão perplexos, extraindo dos assuntos, de maior peso, da lei, através de uma nuvem de termos, por meio da qual, as verdades mais fáceis são explicadas na obscuridade? Se não for assim, então, seria melhor a eles considerarem quem é o autor dessa nova doutrina; se ele é, igualmente, um anjo dos céus, que prega um outro evangelho do que o de Jesus Cristo; Embora que, se ele fosse, Deus, e não nós que teria pronunciado essa sentença: "Deixe-no ser amaldiçoado!".
4. Nosso evangelho, como ele não conhece algum outro alicerce das boas obras, do que a fé, ou da fé, do que Cristo, então, ele, claramente, nos informa que nós não seremos seus discípulos, enquanto negarmos que ele é o Autor, ou seu Espírito é o Inspirador e Aperfeiçoador de ambas, nossa fé e obras. "Se algum homem não tem o espírito de Cristo, ele não é nada dele". Ele sozinho pode vivificar aqueles que estão mortos para Deus; pode soprar neles o sopro da vida cristã, e assim, prevenir, acompanhar, e os seguir com a sua graça, para trazer os desejos bons deles, para os efeitos bons. E, assim, como muitos são, dessa forma, conduzidos pelo Espírito de Deus, eles são filhos de Deus. Esse é o relato breve e claro de Deus da religião e virtude verdadeiras; e "outro alicerce, nenhum homem poderá estabelecer".
(5) Daquilo que foi dito, nós podemos, em Terceiro lugar, concluir que ninguém é verdadeiramente "conduzido pelo Espírito", a menos que "o Espírito dê testemunho com seu espírito, que ele é filho de Deus"; a menos que ele veja o prêmio e a coroa, diante dele, e "regozije-se na esperança da glória de Deus". De maneira que, erraram, grandemente, todos os que ensinaram que, servindo a Deus, nós não devemos ter uma visão, para nossa própria felicidade. Não; mas nós somos, freqüentemente e expressamente, ensinados, por Deus, a ter "apreço pela recompensa do galardão"; equilibrando a luta, com a "alegria, colocada diante de nós"; essas "aflições claras", com aqueles "pesos excessivos da glória". Sim, nós somos "estranhos à aliança da promessa", nós estamos "sem Deus no mundo", até que Deus, "da sua misericórdia abundante, tenha nos recriado, na esperança viva da herança, incorruptível, inviolada, e que não esmorece".
(6) Mas, se essas coisas são assim, é muito tempo, para essas pessoas lidarem, fielmente, com suas próprias almas, que estão, tão longe, de encontrarem, em si mesmas, essa garantia alegre de que, cumprindo os termos, obterão as promessas, daquela aliança, a respeito da disputa com a própria aliança, e blasfemam das condições dela; para reclamarem que elas são muito severas; e que nenhum homem viveu ou deverá viver para cumpri-las. O que é isso, senão reprovar a Deus, como se ele fosse um Mestre severo, requerendo de seus servos, mais do que eles são capazes de realizar? – Como se ele tivesse escarnecido das obras impotentes de suas mãos, vinculando-os às impossibilidades; ordenando-os a superar, onde, nem suas próprias forças, nem a graça foram suficientes para eles?
(7) Esses blasfemadores poderiam quase persuadir (ao imaginarem a si mesmos, inocentes) aqueles que, no extremo oposto, esperam cumprir os mandamentos de Deus, sem carregarem qualquer dor, afinal.Tola esperança! Esse filho de Adão esperar, alguma vez, ver o reino de Cristo e Deus, sem se esforçar; sem agonizar, primeiro, "para entrar no portão estreito". Que ele, que "foi concebido e nascido no pecado", e cujas "partes interiores são muito perversas", pudesse, alguma vez, hospedar um pensamento de ser "puro como seu Senhor", a menos que "cortasse fora sua mão direta", "arrancasse o olho direito, e o atirasse longe dele". Que ele pudesse, alguma vez, sonhar em abalar suas velhas opiniões, paixões, temperamentos, de ser "santificado, no espirilo, alma e corpo, completamente", sem um curso de abnegação geral, constante e continuada.
(8) O que, menos do que isso, nós podemos, possivelmente, deduzir das palavras acima citadas de Paulo, que vivendo "enfermidades terríveis, nas reprimendas, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias", pela causa de Cristo; que, estando cheio de "sinais, e maravilhas e prodígios"; que, tendo sido "pego no terceiro céu"; ainda assim, (como um recente autor, fortemente, expressou), não tivesse ele essa constante abnegação, todas as suas virtudes seriam consideradas incertas, e mesmo sua salvação considerada em perigo? "Assim, corro eu", diz ele, "não, de modo incerto"; então, "luto eu, não, como alguém que dá socos no ar". O que ele, plenamente, nos ensina, é que ele que assim não corre, e que assim não nega a si mesmo, todos os dias, corre, de modo incerto, e luta, para tão pequeno propósito, como aquele que "dá socos no ar".
(9) Para quão pequeno propósito ele fala de "lutar a luta da fé"; quão, vaidosamente, espera obter a coroa da idoneidade, (como nós podemos, por fim, inferir das observações precedentes) aquele cujo coração não é circuncidado pelo amor? Amor, removendo a luxúria da carne, a lascívia do olho, e o orgulho da vida, -- comprometendo o homem, completamente, corpo, alma e espírito, na busca ardorosa desse objetivo único, -- é tão essencial para um filho de Deus, que, sem ele, quem quer que viva é tido como morto diante dele. "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e anjos e não tivesse amor; seria como metal que soa, ou como o sino que tine. Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria". Não, "ainda que eu desse toda a minha fortuna, para o sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo, para ser queimado; e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria".
(10) Aqui, então, está a soma da lei perfeita; essa é a verdadeira circuncisão do coração. Deixe o espírito retornar para Deus que o deu, com toda a série de afeições. Deixe os rios fluírem novamente, para o lugar de onde todos vieram. Outros sacrifícios de nós ele não iria querer; mas o sacrifício vivo do coração que ele tem escolhido. Deixe-no ser, continuamente, oferecido a Deus, através de Cristo, em flamas de amor santo. E não permita que alguma criatura compartilhe com ele. Porque ele é um Deus zeloso. Seu trono ele não irá dividir com algum outro: Ele irá reinar, sem rival. Que nenhum desígnio, nenhum desejo seja admitido lá, mas o que ele tem por seu objetivo último. Esse é o caminho, onde, aqueles filhos de Deus caminharam, aqueles que, estando mortos, ainda falam a nós: "Deseje não viver, mas louvar seu nome: Deixe todos os seus pensamentos palavras, e obras, tenderem para sua glória. Coloque seu coração firme nele, e, em outras coisas, apenas, se elas estão Nele, ou são Dele. Deixe seu coração ser preenchido, inteiramente, com o amor Dele, que você não amará coisa alguma, a não ser por causa Dele. Tenha uma pura intenção de coração, uma consideração firme para com sua glória, em todas as suas ações. Fixe seus olhos, na esperança abençoada do seu chamado, e faça todas as coisas do mundo servirem a ele". Para que, então, e não até que, então, "seja aquela mente em nós, a qual também estava em Jesus Cristo"; quando, "em todo mover do nosso coração, em toda palavra de nossa língua, em toda obra de nossas mãos", nós "não possuamos nada, a não ser, em relação a ele, e em subordinação ao seu prazer"; quando nós, também, não pensamos, falamos ou agimos para cumprir nossa "própria vontade, mas a vontade dele que nos enviou", quando, o que quer que comamos ou bebamos, o que quer que façamos, for tudo feito para a glória de Deus".
John Wesley
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